domingo, 31 de julho de 2011

Morte anunciada

Na música “Rehab”, que tornou Amy Winehouse mundialmente famosa, a cantora já se declarava uma drogada por opção ao cantar que “tentaram levá-la para reabilitação, mas ela disse não, não e não”. Foi uma escolha que a levou a mais completa degradação. Cada escolha trás consigo as suas próprias consequências, infelizmente, ela optou por um caminho doloroso e fatídico.
Nas suas canções ela alertava sobre os seus problemas pessoais. A cada aparição na mídia, a jovem de 27 anos revelava diante do mundo inteiro a sua falta de domínio próprio. O vicio das drogas e álcool é uma desgraça que assola toda a sociedade. Inicialmente tão sedutor, mas depois destrutivo como sempre. A artista passou a figurar na triste estatística de jovens que se perdem em decorrência do consumo desenfreado de drogas.
As causas da morte ainda estão sendo investigadas, mas todos que acompanharam os seus passos perceberam claramente que o final da sua história seria trágica, o que acabou se confirmando no dia 23 de julho, data em que foi encontrada sem vida em sua casa londrina.
O seu talento e a voz invejável encantou a crítica musical. No começo da carreira, a sua aparência era muito diferente da que se viu nos últimos dias. Chegou a ganhar cinco prêmios Grammys- o Oscar da música. Separou-se do marido e, partir daí, deixou de ser a mesma. Era o início da sua decadência física. Seria a sua separação o motivo principal que a levou a se afundar no vicio do álcool e das drogas ilícitas? Nunca saberemos ao certo. Só restam as conjecturas, o que é sempre perigoso. O fato é que o vicio a venceu.
Presa por agressão a um fã, duas idas a reabilitações, em menos de quatro anos, shows deploráveis onde não se lembrava da letra de suas próprias canções – inclusive nos ocorridos no Brasil – Amy foi se tornando uma sombra do que fora um dia, quando a música ainda era o seu maior valor. Para os seus fãs foi triste assistir a um vídeo onde ela dormia na rua bêbada e inconsciente. Os aplausos nos shows foram transformando-se em vaias.
Impressionante é o relato de sua mãe ao jornal “Sunday Mirror”. Janis, mãe de Amy, afirmou que ao vê-la pela última vez, na sexta-feira que antecedeu sua morte, acreditava que a tragédia era “apenas uma questão de tempo”. Ao ser internada este ano, médicos da clínica de reabilitação, onde ela se tratou, afirmaram que ou ela deixava de beber, ou morreria.
Se há uma coisa que os jovens podem aprender com a vida de Amy Winehouse é que não devem seguir os seus passos. No seu comportamento e na sua aparência estava revelado de forma transparente quão maléfico é o vicio. Ele não respeita nada, nem classe social, sexo ou nacionalidade. As suas vítimas crescem assustadoramente. É triste ver diante dos nossos olhos uma jovem com um futuro tão brilhante desperdiçar a sua vida de forma tão absurda. Se você gosta do seu estilo musical, aprecie a sua música, mas não imite o seu estilo de vida. A vida não pode se resumir a festas e bebedeiras.
O autor Mario Puzo escreveu algo para refletir: “Viva sua vida não para ser um herói, mas sim para permanecer vivo”.

sábado, 23 de julho de 2011

Abraço da discórdia

Algo terrível está acontecendo com a sociedade brasileira. Como tornar-se numa nação desenvolvida se as pessoas que compõem essa mesma sociedade nem ao menos se respeita? O uso da força física para ameaçar, ferir e destruir vidas inocentes é mais comum do que gostaríamos. A violência tomou tamanha proporção que até um simples abraço virou desculpa para a mais covarde agressão. Aonde vamos parar se as coisas continuarem como estão? A cada dia fica mais evidente que certas pessoas perderam totalmente o controle de si mesmas.
A vida humana é cada vez mais desvalorizada. O amor ao próximo como a si mesmo está desaparecendo aos poucos Ninguém está a salvo. Se você está vestido com uma camiseta de algum time de futebol e encontra certos torcedores rivais, o melhor a se fazer é fugir o mais rápido possível, pois, uma simples camiseta estampada é motivo para espancamentos e até mesmo assassinatos. O cúmulo do absurdo é saber que pessoas são ofendidas apenas por ser naturais de alguns estados da federação. A cor da pele e outras bobagens são usadas como justificativa por certas pessoas que praticam atos criminosos.
Com as mudanças vividas pela sociedade nos últimos anos, muitas coisas foram drasticamente alteradas. Você pode e tem o direito de não concordar com o estilo de vida de certas pessoas, mas não tem o direito de fazer uso da violência física ou verbal para tentar mudá-las ou humilhá-las. Cada pessoa merece ser respeita na sua individualidade. Ninguém pode estabelecer as suas próprias regras e obrigar os outros a segui-las cegamente.
Quem poderia imaginar que um simples abraço fraterno entre pai e filho fosse desencadear uma reação tão covarde? Ainda chocado com a agressão sofrida na madrugada de sexta-feira, em uma festa agropecuária em São João da Boa Vista (SP), um autônomo de 42 anos que teve parte da orelha decepada por uma dentada contou detalhes do momento em que ele e o filho de 18 anos, abraçados, foram confundidos com um casal homossexual. "Antes da pancadaria, eles provocaram muito e pediram para a gente se beijar na boca", lembrou. "'É meu filho, é meu filho', eu respondi e desmaiei com um soco no queixo. Quando acordei, tinha sangue na cabeça e alguém falou: 'cortaram a orelha dele'". "Será que um pai não pode abraçar um filho?", perguntou.
"É difícil sair na rua. Meu filho ficou tão envergonhado... Voltou bem depressa para São Bernardo do Campo", disse, acrescentando que o jovem cursa Educação Física. "A gente se abraçava, para matar a saudade. Ele estuda fora, fica longe de casa muito tempo. É pai e filho com saudade um do outro", disse o autônomo, que é pai de outros três filhos.
Por questões pessoais, não sou a favor do homossexualismo, mas defendo o direito das pessoas de viverem as suas vidas da forma que acharem melhor. A pessoa tem o livre arbítrio para escolher a sua opção sexual. Um heterossexual e um homossexual precisam se respeitar com reciprocidade. A busca da paz deve ser o centro das nossas atenções. O uso da violência não é o melhor caminho para resolver os conflitos. O diálogo sempre trás bons resultados.
Mesmo que os dois homens fossem homossexuais- o que não era o caso, nada justifica um ato de violência tão gratuita.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Aniversário de Ponta Porã


Parabéns Ponta Porã

No ano de 1912, no dia 18 de julho, foi criado o Município de Ponta Porã. Em 1913, foi instalado o Município de Ponta Porã e toma posse seu primeiro Prefeito, o senhor Ponciano de Matos Pereira. Desde então, muita coisa mudou. A cidade se desenvolveu e atualmente conta com uma população de aproximadamente 78 mil habitantes, conforme dados do último censo do IBGE. A Princesinha dos Ervais merece a minha singela homenagem, pois foi aqui que construí a minha vida. Trago viva na memória parte da infância vivida no município da fronteira.
Não sei bem as razões que levaram os meus pais a se mudarem para Ponta Porã. O fato é que no ano de 1981 cheguei pela primeira vez a esta terra querida. Ainda consigo me lembrar com detalhes da nossa chegada ao bairro Jardim Aeroporto. Fomos morar na Rua Aeroporto Internacional. O caminhão descarregou a mudança e junto com ela os sonhos de uma vida melhor. A rua da minha nova casa era dividida por um enorme buraco. É claro que adorei a geografia do local, pois naquele buraco pude brincar muito com os novos amiguinhos que fiz. A casa era muito simples, assim como a nossa vida. Apesar das sérias dificuldades financeiras da família, me divertia muito. Mesmo sem ter brinquedos, assim como outras crianças da rua, usávamos toda a nossa criatividade para descobrir novas formas de se divertir. A casa onde morei ainda existe, ela está exatamente igual ao que era no passado. Toda vez que a vejo é como se um filme antigo passasse diante dos meus olhos.
O meu pai transportava trabalhadores da antiga Fazenda Itamaraty para fazer compras em Ponta Porã. Fizemos muitas viagens cheias de aventuras pelas ruas empoeiradas da região de fronteira. Num belo dia, meu pai me chamou e disse que iríamos passear. O carro velho da família estava quebrado, por isso, pensei que fossemos ir de ônibus. Fiquei surpreso e eufórico ao saber que faria a minha primeira viagem de trem. Ao chegar à estação ferroviária fiquei absolutamente encantado com o “monstro de ferro” que se aproximava. Foi a melhor viagem que fiz na vida. O som barulhento do trem soava como música para um menino que amava novas aventuras.
Por causa de um problema de saúde do meu irmão, tivemos que nos mudar para São Paulo. Quando deixei a cidade aos 11 anos de idade fui de trem. O trem saiu de Ponta Porã com destino a Santo André-SP. Faz 25 anos, mas ainda me alegro ao lembrar-me daquela inesquecível viagem. Foram três longos dias dentro daquele saudoso trem. No local da antiga estação ferroviária, atualmente está instalada a FUNCESPP- Fundação de Esporte e Cultura de Ponta Porã. Mesmo sem saber, eu estava fazendo parte da história da cidade. Ao contar para as pessoas que viajei de trem para São Paulo elas se surpreendem ao saber que no passado o nosso solo já recebeu os trilhos que tanto desenvolvimento trouxe para a região.
O meu programa favorito aos domingos era ir assistir televisão na praçinha da Prefeitura Municipal. Havia até uma espécie de arquibancada onde nos sentávamos para apreciar as imagens que saiam daquela fantástica caixa. A pracinha ficava lotada de gente. Era um encanto apreciar toda aquela beleza, inclusive as piscinas cheias de uma água transparente que fazia tão bem aos olhos. A minha vontade era de mergulhar naquelas águas tão convidativas, mas os meus pais diziam que era proibido se refrescar ali. As ruas da região central eram pouco movimentadas. O movimento maior era no comércio no centro. As pessoas usavam muito a bicicleta como meio de transporte.
Após alguns anos morando em São Paulo, uma série de circunstâncias me levou a voltar. Posso afirmar com convicção que Ponta Porã é um lugar tranquilo para se viver, desde que não nos envolvemos com a criminalidade. A esmagadora maioria da população é honesta e trabalhadora. A cidade não merece a fama tão negativa que tem no resto do país, pois há muitas coisas boas para se apreciar. Logicamente que temos muitos problemas, mas qual cidade não tem? O crescimento da cidade trouxe novos desafios para o poder público. Apesar dos problemas existentes, a imagem que tenho da minha querida Ponta Porã é a melhor possível. Aqui fiz muitos amigos, constitui família e, quem diria, acabei me tornando escritor.
A cidade passou por grandes mudanças. O desenvolvimento econômico é uma realidade cada vez mais presente. Ainda me surpreendo ao ver tantos veículos transitando pela cidade. Em alguns horários é praticamente impossível encontrar vaga para estacionar. Os turistas estão por toda parte. Novas obras estão em construção e com elas mais qualidade de vida para os moradores. O setor imobiliário cresce vertiginosamente. A cidade está cada vez mais bela e aconchegante.
Parabéns Ponta Porã por mais um aniversário. Que Deus continue abençoando ricamente o nosso amado povo bem como os seus governantes.



sábado, 9 de julho de 2011

Vergonha nacional

Os supostos motivos que levam alguém a praticar um ato de tamanha desumanidade são os mais variados; poderia ser o liberalismo sexual tão em moda na atualidade, talvez a irresponsabilidade da juventude moderna, quem sabe o medo do segredo ser revelado, a dependência química, a depressão, a pobreza, a reação dos pais ou o mais completo desespero. Na pior das hipóteses poderia ser simplesmente o desejo de alguém em se livrar de algo que considera um problema a ser resolvido imediatamente. O fato é que mesmo tentando encontrar as reais causas, a verdade aterradora permanece inalterada. O ser humano é capaz de fazer coisas absolutamente terríveis.
É cada vez mais comum a mídia divulgar a noticia que leva pesar e comoção aos lares do povo brasileiro. Diante do que é mostrado nos jornais e outros meios de comunicação, só há um sentimento- a indignação. Uma pergunta soa no ar sem que ninguém consiga respondê-la satisfatoriamente. Por quê?
O abandono de bebês é uma vergonha nacional. Não há nada mais indefeso do que um recém-nascido. Sem ter nenhuma condição de se manter sozinho, dependendo totalmente de cuidados e atenção, o bebê é um símbolo da total dependência, tanto física quanto emocional. Ele se enquadra perfeitamente na descrição de incapaz. Incapaz é toda pessoa que por algum motivo de saúde física ou mental, ou ainda pela idade, não pode se manter por si só.
O artigo 134 do Código Penal Brasileiro diz que: É crime expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria (vergonha de ter engravidado). Para este crime a pena é de detenção de 6 meses a 2 anos. Se o recém-nascido sofrer alguma lesão corporal de natureza grave a pena é detenção de 1 a 3 anos, se resulta a morte a detenção é de 2 a 6 anos. A legislação ainda prevê que qualquer gestante que queira entregar o filho para adoção deve procurar a vara da infância do município, sem qualquer responsabilização legal. Se a mãe pode entregar o filho para adoção sem qualquer punição da lei por que não o faz? Por que o abandona a própria sorte com sérios riscos a sua própria integridade física? Será que falta a informação correta ou mais campanhas nacionais de conscientização? Apesar de a lei declarar que abandono de incapaz é crime, é cada vez mais comum o abandono de recém-nascido no nosso país.
A estudante Érica Machado de Oliveira, de 25 anos, passeava com a cadela de estimação da família. O animal parou perto de uma sacola de supermercado em frente ao número 1336 na Rua Itaqueri, no bairro da Mooca, Zona Leste da capital paulista. Ao abrir a sacola, a mulher encontrou uma criança recém-nascida que havia sido abandonada na rua. Ela prestou os primeiros cuidados à criança até a chegada dos policiais, acionados por ela pelo telefone 190.
Se você ouvisse um choro de criança vindo da direção onde se encontra o lixo ou de qualquer outro lugar inadequado, qual seria a sua reação? O choro, a revolta, a negligencia ou simplesmente o desejo de ajudar um ser indefeso? É claro que o amor falaria mais alto e você ficaria comovido e prontamente ajudaria, mas infelizmente, algumas poucas pessoas passariam por ali como se nada de anormal estivesse acontecendo e ainda se justificariam alegando que o problema não era seu.
Como o povo brasileiro, na sua maioria, professa a fé cristã, é triste ter que constatar que estamos muito longe de viver os ensinamentos de Jesus Cristo. Mesmo as demais religiões reconhecem e o respeitam como um exemplo a ser seguido. O mestre sabiamente nos ensinou que devemos amar as crianças e protegê-las. Os pequeninos foram usados como exemplo de uma fé pura e verdadeira.
As crianças deveriam receber toda atenção e carinho, mas a cada dia sofrem com todo tipo de abuso. Não é só o abandono, infelizmente, há muitas outras coisas terríveis acontecendo com elas. Se você tem a informação de que alguma criança está sofrendo devido aos maus tratos, você tem a obrigação moral de denunciar os agressores às autoridades competentes. Não se pode permitir em hipótese alguma que seres tão indefesos e carentes de afeto fique a mercê de pessoas totalmente incapazes de cuidar delas.

sábado, 2 de julho de 2011

Homenagem ao Dia do Bombeiro

Heróis da vida real

Alguém que você não viu
Que nunca o abordou
Pode ser o socorro
Que você tanto esperou

Apenas uma farda
E um cinturão vermelho
O difere do demais
O nosso herói bombeiro

Se alguém pede socorro
Nada o impede de chegar
A sua árdua missão
É muitas vidas salvar

Sem ostentar louros
E muito menos vaidades
O bombeiro é o herói
De todas as cidades

Mesmo com risco de morte
O socorro é oferecido
Para ele o que importa
É não abandonar o ferido

De dia ou de noite
No frio ou no calor
Sem nunca desistir
Servindo com amor

O que mais impressiona
Nesse homem destemido
É que ele nem pensa
Em ser reconhecido

Não é por medalhas de ouro
Que ele vai trabalhar
Foi Deus que deu a ele
A nobre missão de salvar

Do alto uma linda voz
Fala-lhe ao coração
Dizendo amado filho
Ajude-me na salvação!

Que o dia 2 de julho
Seja muito especial
É o Dia do Bombeiro
Esse amado profissional

Alci Massaranduba