terça-feira, 27 de novembro de 2012

Armadura divina


Na batalha contra o mal
Somos seres indefesos
Nossa força é fraqueza
Nessa luta, nunca ilesos

Chegou uma boa noticia
Todos precisam saber
Um presente foi dado
Ninguém mais a perecer!

Jesus revelou ao mundo
Como é a divindade
Vidas são transformadas
Pelo seu poder e autoridade

O criador de toda vida
Viveu como um mortal
Morreu numa rude cruz
Mas ressuscitou ao final

Como entender tal amor
A razão não pode explicar
Só o que resta a fazer
É tão grande amor aceitar

Jesus venceu a morte
O inimigo foi humilhado
Precisamos somente crer
No filho de Deus exaltado

Antes de viver derrotado
Você precisa conhecer
O Deus que da a todos
As armas para vencer

Revestir-nos de toda a armadura
Aconselha o grande Deus
As armas que Ele oferece
É proteção aos filhos seus

Cingindo-nos com a verdade
Vestindo-nos com a justiça
Calçando os pés do Evangelho
É o antídoto contra a injustiça

Com o uso do escudo da fé
Os dardos dos inimigos
Não atinge os santos
Pois eles estão protegidos

Ao tomar o capacete da salvação
Com a espada do espírito afiada
É completa a armadura de Deus
E a corrente do mal é quebrada

Oremos em todo o tempo
Vigiando com perseverança
Suplicando por todos os santos
É o que pede a nova aliança



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O enterro do relógio

A história aconteceu na estação mais quente do ano. Na noite daquele sábado o calor estava acima do normal para a época. O jovem Roberto foi dormir mais tarde do que estava habituado. O som do despertador do aparelho celular acabou com o silêncio do quarto. Ainda sonolento o rapaz acordou meio atordoado. A ansiedade atrapalhou o seu merecido descanso. O tão esperado dia enfim tinha chegado após meses de muita preparação e sacrifícios. Sentia-se muito bem preparado para fazer à prova do concurso público do Banco do Brasil.

Os primeiros raios de sol anunciavam que aquele dia de domingo seria escaldante. Para não correr o risco de chegar atrasado saiu bem cedo de casa. No percurso até a escola Joaquim Murtinho recapitulou mentalmente toda a sua vida. Era impossível ficar tranquilo diante da importância do que estava em jogo. O desejo de ter condições financeiras para deixar a casa dos pais e ir morar sozinho o motivara a estudar como nunca.

O portão da escola foi aberto com trinta minutos de antecedência. Ele entrou na sala mais sério do que de costume, sem olhar para os lados sentou-se pacientemente e aguardou as instruções.

Após dar as boas vindas o fiscal começa a passar as orientações de praxe, tudo dentro do esperado, exceto pelo último aviso. Em alto e bom som o homem afirmou que quem estivesse portando algum tipo de relógio contendo a função calculadora deveria tirá-lo. Se fosse encontrado alguém portando esse tipo de objeto, o candidato seria desclassificado imediatamente.

O jovem Roberto ficou desesperado, pois ele estava usando um relógio exatamente como essa característica. O que fazer diante de tal situação? Obviamente que a atitude a ser tomada era simples. Qualquer pessoa em sã consciência tiraria o relógio do pulso e o entregaria ao fiscal de sala até o término da prova, mas o desfecho da história foi no mínimo inusitado.

Antes que o fiscal pudesse terminar a sua fala uma mão foi levantada chamando a atenção de todos. Aparentando estar muito nervoso Roberto pediu para ir ao banheiro. Ao receber a permissão para deixar o local, saiu correndo pelo corredor. Os outros candidatos riram da cena. Alguém gritou do fundo da sala: “Corre se não vai molhar as calças”. Os minutos passaram e nada do Roberto voltar. O fiscal começou a ficar preocupado e os demais candidatos impacientes. Finalmente ele aparece à porta. O espanto foi geral. A pessoa que voltou parecia ser outra. Os cabelos estavam despenteados, a roupa toda amarrotada, os dedos das mãos completamente sujos. Ofegante pediu para entrar. O fiscal perguntou se estava tudo bem e Roberto balançou a cabeça positivamente. Todos os olhares estavam sobre ele. Envergonhado, entrou cabisbaixo e sentou-se na cadeira silenciosamente.

O que teria acontecido? Era o que todos queriam saber. Um mistério que só um deles viria a desvendar.

A prova começa. Todos concentrados. Roberto foi o último a entregar o cartão com a as respostas. Saiu da sala com uma fisionomia de desânimo. De alguma maneira sentiu que o incidente com o relógio prejudicou o seu desempenho. Ao passar pelo portão de entrada alguém o segurou pelo braço. A curiosidade não deixou que um colega de sala fosse embora sem antes saber o que havia acontecido naquele banheiro.

O colega se apresenta e vai logo perguntando sobre o incidente no banheiro. Ao ser questionado Roberto desconversa e tenta ir embora, mas o ser presionado acaba cedendo e concorda em contar todos os detalhes. Sentaram num banco em frente à escola e a verdade foi enfim revelada.

-O que aconteceu com você no banheiro? Foi assaltado? Passou mal? Bateram em você? Pelo amor de Deus me fale cara! Disse Douglas.

-É... Eu... Bem...

- Vamos!Desembucha!

-Está bem, eu vou contar, mas ninguém pode ficar sabendo. Só te conto se você prometer pra mim que ninguém irá saber. Ao sussurrar tais palavras Roberto olha desconfiado ao seu redor para ter certeza de que ninguém o observa.

-Está bem. Eu prometo.

- Quando o fiscal falou que ninguém poderia usar um relógio com calculadora só pensei em escondê-lo o mais rápido possível. Sai correndo no desespero para tentar achar um esconderijo. Atrás dos banheiros tem uma árvore, notei que o solo estava úmido, não pensei duas vezes, com as mãos comecei a cavar um buraco para enterrar o relógio. Coloquei o relógio dentro do buraco e joguei terra por cima. Sem querer acabei me sujando todo. Por causa da pressa nem tive tempo de entrar no banheiro para me limpar. Corri para a sala assim mesmo. E se eu fosse desclassificado por causa do relógio?

- Por que você não tirou o relógio do pulso e colocou no envelope que o fiscal deu para que todos pudessem colocar os objetos pessoais? Quando você saiu correndo da sala ele estava falando sobre isso. Você não percebeu que na frente da sala havia uma mesa com vários envelopes lacrados contendo as nossas coisas?

-Quando entrei na sala não percebi nada. Só olhei para baixo e não vi mais nada na minha frente.

-Nunca ouvi uma história como essa. É inacreditável! Sem conseguir conter o riso o rapaz começa a rir chamando a atenção das pessoas que passavam pelo local. Roberto vai embora chateado com a reação do colega.

Passaram-se cinco anos e o que aconteceu naquele dia parecia fadado ao esquecimento, mas o destino não quis que aquela história fosse esquecida para sempre.

Numa certa manhã fria de terça-feira Douglas chega apressado a uma agência do Banco do Brasil no município de Dourados. Ele passa pela porta giratória retira uma senha e espera na fila para poder sacar certa quantia em dinheiro. Enquanto espera um senhor que também estava na fila pergunta a uma estagiária do banco se há alguma calculadora disponível que ele possa usar. Quando Douglas ouve a palavra calculadora imediatamente vem a sua mente a história do enterro do relógio e então ele começa a rir sem conseguir se controlar. O seu comportamento acaba chamando a atenção de todos. Outra estagiária o aborda perguntando se ele está bem. Antes de dar uma resposta, Douglas coça a cabeça e pensa que se contar a verdade para ela o Roberto nunca iria descobrir, pois ele o havia visto uma única vez e nem ao menos sabia do seu paradeiro. Tinha guardado fielmente o segredo por cinco anos, já era hora de alguém saber, além do mais, pensou que não foi culpa sua ter ouvido a palavra calculadora e muito menos o fato de ser questionado sobre o motivo da sua risada.

A moça ouve atentamente toda a história. No final, não se aguenta e começa a rir também. Para não chamar muito a atenção pede licença para o Douglas e sai com a mão na boca tentando disfarçar. A estagiária contou para um colega que contou para outra pessoa e assim, no final do expediente bancário todos os funcionários ficaram sabendo. O gerente foi um dos que mais se divertiu. Riu tanto que teve que ir lavar o rosto no banheiro.

Uma semana depois um funcionário do banco volta de férias e a primeira coisa que fica sabendo é sobre o tão falado enterro do relógio. Surpreendentemente, ele não acha graça nenhuma e ainda fica muito irritado com os colegas. Por que ele não gostou? Por que o nome dele era Roberto.

Enfrente a ventania!

No momento, a nossa vida pode estar tranquila e estável, mas repentinamente tudo pode mudar mais rápido do que gostaríamos. A brisa suave de hoje pode sumir de repente e no seu lugar pode surgir uma temível ventania. Como seria bom se os ventos que sopram na nossa vida fossem sempre tranquilos e refrescantes, infelizmente nem sempre isso acontece. A boa noticia e que muitas tempestades podem ser previstas e os danos causados por elas também. Para algumas pessoas o estrago causado por uma fase tumultuada e maior do que para outras. Apesar de não podermos controlar a força dos ventos há algo que podemos fazer. Na verdade, o que diferencia o sucesso do fracasso e a atitude de cada um diante de forças que estão muito alem da compreensão humana. O segredo e se preparar bem para os dias de tormenta e desfrutar com euforia dos dias de calmaria.

Obviamente que não há uma resposta pronta para todas as situações. Cada fase da vida trás as suas próprias particularidades. O que não podemos fazer e viver na apatia, esperando que algum milagre aconteça sem que tenhamos que fazer absolutamente nada.

Os mais fortes enfrentam os ventos com coragem e muita perseverança já os mais fracos desistem com facilidade por não terem forças suficientes para continuar lutando. Tanto os mais fortes como os mais frágeis precisam pensar num conjunto de ações caso as coisas saiam do controle. Manter a tranquilidade em meio ao vendaval não e tarefa das mais fáceis, mas também não e impossível. Se muitas pessoas conseguem então e algo possível de se conseguir.

Conta-se que, alguns anos atrás, um fazendeiro possuía terras ao longo do litoral do Atlântico. Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados. A maioria das pessoas estava pouco disposta a trabalhar em fazendas ao longo do Atlântico. Temiam as horrorosas tempestades que variam aquela região, fazendo estragos nas construções e nas plantações.

Procurando por novos empregados, ele recebia muitas recusas. Finalmente, um homem baixo e magro, de meia-idade, se aproximou do fazendeiro.

- Você e um bom lavrador – perguntou o fazendeiro.

-Bem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram – respondeu o pequeno homem.

Embora confuso com a resposta, o fazendeiro- desesperado por ajuda- o empregou. O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer ate o anoitecer, e o fazendeiro estava satisfeito com o trabalho do homem.

Então, uma noite, o vento uivou ruidosamente. O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu ate o alojamento dos empregados sacudiu o pequeno homem e gritou.

-Levanta! Uma tempestade esta chegando! Amarre as coisas antes que sejam arrastadas!

O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente.

-Não senhor. Eu lhe falei, eu posso dormir enquanto os ventos sopram.

Enfurecido pela resposta, o fazendeiro foi tentado a despedi-lo imediatamente. Todavia, em vez disso, ele saiu rapidamente e foi preparar o terreno para a tempestade; do empregado, trataria depois. Mas, para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo. As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos nos viveiros, e todas as portas muito bem travadas; as janelas estavam bem fechadas e seguras. Tudo foi amarrado. Nada poderia ser arrastado. O fazendeiro então entendeu que o seu empregado quis dizer: ele sabia se preparar para os desafios que os ventos representavam. Tranquilo retornou para sua cama para também dormir enquanto o vento soprava.

Podemos ser como o fazendeiro, ou seja, despreparados, temerosos e tentando resolver todos os problemas na ultima hora, ou podemos ser como o empregado da fazenda que cuidou de tudo antecipadamente. As dificuldades chegaram, mas ele estava seguro de que no final tudo daria certo. O empregado foi capaz de dormir em meio ao barulho do vento. E um caso em que o mais fraco materialmente foi o mais forte em sabedoria.

Se a sua vida atualmente esta envolta por uma tempestade não se desespere, a fase ruim vai passar e com ela o medo e o desespero. Não seja você mesmo o agente causador da tempestade através de algumas escolhas ruins. Prepare-se e durma tranquilo mesmo diante das adversidades!

O contador de histórias

Uma das tarefas mais difíceis para um homem é a de ser pai. Qualquer um pode ter um filho, mas nem todos desenvolvem a habilidade de ser pai. Atualmente, filhos são concebidos de forma totalmente irresponsável. Quantos bebês nascem como fruto de uma noite de balada repleta de bebidas e drogas? Quantas mulheres engravidam sem ao menos saber o nome do pai do seu futuro filho? Quantos filhos vivem na tristeza de não ter alguém para chamar de pai? Não é de se estranhar o resultado de tamanha irresponsabilidade. A cada dia cresce o numero de crianças abandonadas à própria sorte. E o que falar do adultério e das suas terríveis consequências para o desenvolvimento saudável de uma criança? As necessidades dos pequenos são deixadas em último plano, tudo por causa de uma simples aventura amorosa.


A família tradicional composta por pai, mãe e filhos vivendo todos num mesmo lar já não é mais o sonho de muitas pessoas. Apesar dessa triste realidade nem tudo está perdido. Há ainda muitos pais que dedicam a vida para amar as suas famílias. O amor pelos filhos ainda é a principal motivação para muitos homens.

Como não se emocionar diante de um rostinho angelical dizendo que nos ama? Como ficar indiferente diante de uma criança pedindo colo e carinho?

Aquele que é pai, no sentido pleno da palavra, sempre estará disposto a se sacrificar para suprir as necessidades físicas e emocionais dos seus filhos. As crianças precisam ser protegidas dos inúmeros perigos que as cercam. Obviamente que o que elas mais querem é de um pouco de atenção. Nenhum presente, por mais caro que seja, conseguirá substituir a presença paterna. Se você é pai com certeza já ouviu a seguintes perguntas: Brinca um pouco comigo? Conta pra mim uma história?

Nenhum pai deveria dizer para os seus filhos: Agora não! Não vê que estou ocupado! Não me aborreça!

A desculpa da falta de tempo só revela que as prioridades precisam ser urgentemente revistas. Os filhos crescem mais rápido do que gostaríamos. O dia se aproxima no qual você vai querer estar mais perto deles e eles vão ter outras prioridades. Pode ser que a sua companhia já não importe mais e só lhe restará um arrependimento tardio. Hoje é o dia de rever a sua atitude em relação aos seus filhos. Ainda a tempo de concertar muitas coisas no relacionamento familiar. Se for necessário, haja como um homem de verdade e peça perdão pelos seus erros. Ao agir dessa forma você estará demostrando força e não fraqueza de caráter.

Se os seus filhos ainda são pequenos experimente contar lhes histórias infantis. Eles irão adorar. A cada noite conte uma diferente. Dependendo da sua criatividade esse momento pode ser o mais legal do dia para a criança. Agora, se o seu filho já for maior a dica é passar um tempo juntos fazendo as coisas que ele mais aprecia. Independentemente da idade o filho aprecia muito a atenção dada pelo pai. Não se preocupe em dar um sermão, apenas se preocupe em estar ao lado dele.

O pai é um exímio contador de histórias. A sua experiência de vida é rica em ensinamentos. Conforme a necessidade de aprendizado do filho o pai tem sempre na lembrança uma história apropriada para contar.

Tenha a plena certeza de que você é plenamente capaz de fazer a diferença na vida dos seus filhos, talvez o que esteja faltando é a vontade de agir de forma diferente do que a habitual. Ainda bem que hoje você tem uma nova chance de recomeçar. Pense nisso!