A
guerra já foi declarada e o inimigo é traiçoeiro, para piorar a situação ele
ainda conta com os benefícios de ser uma figura carismática e, além do mais, é
querido pelo povo. Como derrotar um inimigo tão poderoso? A pergunta é difícil
e desafiadora.
É
preciso deixar claro que nessa guerra não há armas, mas a vida de muitas
pessoas está em risco. O assunto é tão sério que poderíamos dizer que uma
classe de pessoas, diariamente, corre o perigo até de perder a vida. Você
precisa conhecer os personagens para poder escolher de que lado ficar no campo
de batalha.
A
batalha está espalhada por todo o país, mas vamos focar num local específico
para podermos entender a gravidade da situação. A cidade escolhida, no momento,
vive o conflito intensamente sem que ao menos a maioria da sua população tenha
consciência do que está realmente acontecendo.
Na
fronteira do Brasil com o Paraguai está localizado o município de Ponta Porã.
Na medida em aumenta a população cresce também a quantidade de inimigos. Como
assim? Vamos explicar melhor. Com o crescimento do número de construções há
também um aumento considerável no número de animais de estimação nas casas. Na
periferia da cidade muitos imóveis não possuem um muro ou cerca e aí é que mora
o maior perigo. Você deve estar se perguntando: Perigo para quem?
Diariamente,
os carteiros percorrem todas as ruas, becos e avenidas da cidade com uma tarefa
muito especial. Eles enfrentam enormes desafios para entregar nas casas as
correspondências e encomendas tão esperadas. Talvez alguém possa pensar que o
maior inimigo do carteiro é o trânsito, a chuva, o calor intenso, as baixas
temperaturas em determinada época do ano, nada disso! O maior desafio para um
carteiro é ter que enfrentar, todos os dias, o ataque de cães. Infelizmente, há
pessoas que ainda não se conscientizaram de que o seu animal de estimação pode
se tornar numa arma mortal. Obviamente que nem todos os cães são ferozes, mas
como é que o carteiro vai saber quais as reais intenções do animal quando corre
atrás dele?
Ninguém
em sã consciência deixa um cão solto com o propósito de que ele machuque as
pessoas, mas, muitas vezes, por descuido um portão fica aberto ou o cão fica
solto nas ruas e quem mais sofre com isso é justamente o carteiro.
Nos
últimos meses uma série de ataque de cães deixou cinco carteiros feridos em
Ponta Porã. A mordida de um cão é muito dolorida, além disso, dependendo da
gravidade dos ferimentos o profissional precisa ficar afastado por diversos
dias do seu trabalho e isso acaba afetando a entrega das correspondências. O
mais prejudicado é o carteiro que além de ter que conviver com a dor ainda
precisa arcas com o custo dos medicamentos.
Quando
o carteiro pede para que o morador não deixe solto o cão nas ruas, muitas vezes
a resposta que ele ouve é totalmente absurda:
“Se
o cachorro te morder o problema é seu”.
“Está
achando ruim, então pegue o cachorro e leve pra você”.
“Não
estou nem aí”.
A
triste experiência de um carteiro merece ser comentada. Ao efetuar a entrega em
determinado bairro da cidade, um cão muito feroz estava solto na rua e o
atacou, para se defender ele pegou uma pedra e acertou o animal, quando o dono
viu a cena imediatamente partiu para a agressão física contra o carteiro.
Julgue você mesmo quem é a vitima é quem é o agressor.
Deixamos
uma dica para que o poder legislativo municipal crie uma lei com multa para
quem deixar cachorro solto nas ruas. Não são somente os carteiros que estão em
perigo, mas também crianças, jovens, adultos e idosos. Antes que uma tragédia
aconteça que as devidas providências sejam tomadas.