A minha filhinha tem cinco anos e começou a estudar em 2010. Nos primeiros dias de aula, ela não queria ficar na escola. Minha esposa teve que ter paciência para contornar a situação. Após cinco anos convivendo diariamente conosco, foi dificil "cortar" o forte laço que se estabeleceu entre nós. Sempre conversamos muito sobre o dia em que ela iria para a escola. Imagino que seja difícil para uma criança de apenas 5 anos ficar sem a presença dos pais por algumas horas.
Dentro de poucos dias, minha filha estava adaptada a sua nova realidade.
Vou buscá-la todos os dias na escola. Ao bater o sinal de saída, fico bem perto do portão para que a minha princesinha me veja e tranquilize-se. A cada dia, sou informado das novidades. É um novo mundo que está sendo descoberto. Fico feliz ao saber que novos amiguinhos estão surgindo.
Ontem a tarde, fiquei observando várias crianças brincando na quadra da escola. Dentre elas estava a minha filha. Para não inibila com a minha presença, fiquei atrás de uma coluna de concreto. Fiquei comovido ao vê-la conversando animadamente com outras crianças.
Talvez você esteja pensando, só de olhar a filha ele fica emocionado? Tenho algumas razões para agir dessa forma.
Quando decidimos ter um filho, após cinco anos de casados, eu e a minha esposa fomos surpreendidos pela notícia de que teríamos sérios problemas para realizar o nosso sonho de ser pais. O médico afirmou que precisaríamos fazer vários exames, além disso, minha esposa tinha que se sujeitar a um tratamento especializado. Fizemos todo o procedimento recomendado, mas infelizmente, sem sucesso.
O médico disse que a minha esposa precisaria tomar várias injeções para tentar engravidar. O problema é que o tratamento custava muito caro. Não tínhamos nenhuma condição de arcar com os custos.
Tomamos uma decisão, parar o tratamento e colocar o nosso sonho nas mãos de Deus. Ao avisar o médico sobre a nossa decisão, o mesmo disse que sem as injeções era praticamente impossível que a minha esposa engravidasse. Foi então que ela disse: "Confiamos em Deus, Ele vai me abençoar com um filho, quando estiver grávida, venho fazer o pré-natal com o senhor". O médico deu um sorriso de incredulidade. Se vocês querem assim, tudo bem-disse.
Depois de três meses, minha esposa começou a ficar enjoada. Levei-a um médico. Foi solicitado um exame para verificar a possibilidade dela estar grávida.
Fiquei com a tarefa de ir buscar o resultado do exame. Antes de chegar em casa, não pude me conter e abrí o envelope do laboratório Laboclínica. Tive uma grande surpresa ao ler que o teste de gravidez deu positivo. Eu seria o mais novo pai da cidade. Fiquei emocionado. Ao chegar em casa e contar a novidade para minha esposa, choramos juntos e agradecemos a Deus por esse verdadeiro milagre.
Advinhe onde fomos fazer o pré-natal? O médico não entendeu o que tinha acontecido. Ao ver o resultado do exame, ficou pasmado. A minha amada esposa lhe disse: "Eu não falei que o meu Deus me abençoaria com um filho? Bastar ter fé que Ele nos atende".
Fui a todos os exames de ultrassonografia. Durante toda a gestação, conversamos muito sobre a melhor forma de criar o nosso bebê. Lemos vários livros e revistas a respeito de como cuidar de uma criança. Quando a Letícia nasceu no dia 12/03/2004, numa sexta-feira a tarde, nós sentimos no coração que estavámos preparados para a difícil tarefa.
Quando vejo a minha filha crescendo saudável, fico emocionado. Se fossemos acreditar unicamente na capacidade humana, não teríamos conseguido. Sei que a cada dia que se passa, ela fica mais independente, dentro de alguns anos, irá embora de casa para ter a sua própria vida. Sou imensamente grato a Deus por ter me dado algo tão precioso. A minha filha é muito especial pra mim.
As crianças são uma grande benção nas nossas vidas. Tê-las por perto é maravihoso. O lar fica mais alegre e divertido.
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