quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A melhor idade

O meu pai sempre foi um homem muito forte fisicamente. Desde a minha infância pude perceber o seu espírito aventureiro. Sem maiores explicações, nós nos mudávamos constantemente. Creio que ele gostava de conhecer novas cidades. Eu particularmente, não aceitava bem a idéia de perder os amiguinhos de escola. Devido ao excesso de timidez, não era fácil para eu fazer novas amizades. Sempre fiquei impressionado com o seu vigor físico.
Os anos se passaram, hoje ele está com a idade avançada. Sofre com vários problemas de saúde. O aventureiro não existe mais. Qual não foi a minha surpresa ao ouvir da sua boca, a seguinte frase: “O que mais quero é morar no mesmo lugar, chega de ficar me mudando”. Jamais pensei em ouvir isso da sua boca.
Com o passar dos anos, a nossa forma de ver a vida muda consideravelmente. Enquanto somos jovens, encaramos qualquer desafio. Enfrentamos os perigos com ousadia.
Paulatinamente, vamos alterando a nossa forma de pensar, muitas vezes, sem ao menos perceber. É uma pena que, quando adquirimos a sabedoria, a vida já esteja perto do seu final.
Felizes são aqueles que desfrutam de muitos anos de vida.
Tenho a plena certeza de que devo ouvir os conselhos dos mais velhos com atenção, pois sei que podem me auxiliar na difícil tarefa de tomar decisões. Eles já erraram muito mais do que eu, por isso, sabem analisar melhor as mais diversas situações.


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