Nikita Khrutchev, primeiro-ministro da extinta União Soviética, fez um importante discurso na sessão dos assuntos soviéticos, ante o Supremo Soviético, em Moscou. O discurso explorou terrenos novos ao tocar no assunto dos excessos selvagens que aconteceram na era de Stalin. Enquanto Khrutchev falava, alguém, na platéia, enviou-lhe um bilhete embaraçoso. "Premier Khrutchev, o que o senhor estava fazendo quando Stalin cometeu todas essas atrocidades?"
Irado, Khrutchev falou: "Quem mandou este bilhete?" Ninguém se manisfestou. "Darei um minuto para que esta pessoa se levante",declarou Khrutchev.
Os segundos passavam, lentos. Ninguém se mexeu.
''Está bem, vou dizer-lhes o que eu estava fazendo'', disse Khrutchev. "Eu estava fazendo exatamente o que o autor deste bilhete estava fazendo- nada! Eu tinha medo de ficar marcado."
O medo "de ficar marcado" tem levado muitas pessoas a compactuarem com o erro. Mesmo com a convicção de que certas atitudes são erradas, muitos preferem agir com indiferença, mesmo diante das maiores barbaridades.
A possibilidade de sofrer qualquer tipo de punição, ou mesmo a possibilidade de obter lucro, tem feito com que muitos homens e mulheres "vejam" o mal sem se posicionar ao lado do que é correto, do que é justo. A desculpa utilizada é a seguinte: Não quero me intrometer na vida de ninguém, ou, cada um cuida da sua vida. O amor ao próximo sempre exige compromisso. Defender a justiça e auxiliar aos oprimidos, é isso que revela a verdadeira grandeza de uma pessoa.
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