segunda-feira, 26 de abril de 2010

Carteiros na mídia

O boletim interno dos Correios no estado de Mato Grosso do Sul(Informe MS) do dia 26-04, na seção: Pessoas/ ASCOM trouxe uma matéria especial sobre dois colaboradores(carteiros) da empresa que se destacaram na mídia. Fico feliz pelo meu nome ter sido citado. Quero aproveitar a oportunidade para parabenizar o meu colega Alúzio pelo seu sucesso como atleta.
Transcrevo abaixo a matéria na íntegra.

COLABORADORES SE DESTACAM E "VIRAM NOTÍCIA" .



O sucesso de alguns colaboradores dos Correios em suas atividades fora da Empresa foram parar na mídia. Recentemente, o carteiro Alúzio Moraes dos Santos, de Coronel Sapucaia, conquistou duas medalhas em competições no exterior. Seu desempenho foi tema de matéria do jornal local A Gazeta, que relatou as conquistas na corrida de Palmarode Niht, em Assunção( Paraguai) e na XVII Corrida Rústica Internacional, em Missiones(Argentina).
Assim como Alúzio, outro colaborador da Empresa que virou notícia foi o carteiro Alci Massaranduba. Autor do livro "Minha Vida de Carteiro", Alci foi tema de reportagem do Jornal Regional, Jornal de Notícias e da rádio local. Publicado no dia 10 de abril, o jornal fala da visita de Alci ao Presidente da Câmara Municipal, Daniel Valdez Puka, e sobre o livro publicado.

Além desses, outros colaboradores dos Correios fazem sucesso pelas suas atuações esportivas, culturais e sociais anonimamente. Parabéns a todos!

domingo, 25 de abril de 2010

Cliente indignado

É inquestionável que o atendimento ao cliente é um dos grandes diferenciais competitivos de qualquer empresa. Toda empresa precisa ter em seu quadro de funcionários pessoas muito bem preparadas, capaz de recepcionar com cordialidade e prestatividade. Uma empresa só sobrevive no mercado, cada vez mais competitivo, se oferecer qualidade, preço e ótimo atendimento. Se não houver ninguém interessado em comprar os produtos e serviços oferecidos, a falência não tardará a chegar. Ao montar uma empresa, o empresário quer que a mesma se mantenha em atividade, além de conquistar uma fatia maior do mercado explorado por ela. Ninguém monta uma empresa pensando no seu fracasso comercial. Todos querem o sucesso, ou seja, lucros cada vez maiores.
Diante do que foi exposto, quero deixar registrado aqui o meu espanto diante do aconteceu comigo em determinada empresa (Gráfica Canaã) na minha cidade.
Eu queria confeccionar algumas canetas personalizadas. Fui a gráfica canaã para contratar os seus serviços. Ao chegar ao balcão, fui atendido por um homem- acho que o proprietário do estabelecimento. Após escolher o modelo de caneta que seria usado e de combinar o preço fui avisado de que teria que dar uma entrada ( 50% do total). Como não tinha nenhuma quantia comigo fui ao banco sacar o valor, voltei e paguei o que me foi solicitado.
O prazo para a entrega seria de dois dias. Na data prevista fui ao estabelecimento buscar o material. Para minha surpresa, ainda não estava pronto. Voltei dois dias depois. O rapaz que me atendeu me disse para esperar um pouco. O homem que tinha me atendido pediu que eu entrasse numa sala. Disse a ele: Não me diga que as canetas não estão prontas. A resposta que recebi foi à seguinte: "A caneta que você escolheu acabou, não temos mais aquele modelo. Estou esperando para ver se você vai querer fazer nesse outro modelo". Qual era a minha opção? Já tinha pagado metade do valor. O homem me disse que demoraria uns vinte minutos. O problema era que eu tinha um compromisso e não podia me atrasar. O jeito foi sentar num banco e esperar.
No balcão da loja havia uma moça e um rapaz colando alguns impressos, ao lado deles, uma mulher. Fiz um comentário com ela. Disse-lhe que aquela espera estava me atrapalhando muito, pois o serviço deveria ter sido entregue há dois dias. A reação da mulher foi instantânea.
A mulher pediu desculpas, o que é muito nobre da sua parte. Tudo parecia estar ocorrendo na maior tranqüilidade, mas foi só impressão minha. Fui informado de que, no dia anterior tinha faltado luz elétrica no estabelecimento, mas isso não justificava o atraso na entrega das canetas, pois, elas não foram feitas por falta de material e não por causa da falta de energia. Expliquei a mulher de que ao vender um produto ao cliente é preciso que seja verificado se o mesmo tem no estoque a quantia certa. Ela não gostou nenhum um pouco do meu comentário. Faz quase sete anos que estudo administração de empresas, sei que antes de vender qualquer coisa no mostruário é preciso verificar a quantidade disponível no estoque. Ousadamente, a mulher disse algumas palavras pouco amigáveis: "Enquanto o senhor estava dormindo ontem à noite eu estava trabalhando". É incrível que um empresário diga tamanho absurdo a um cliente. Infelizmente, ela continuou dizendo: "Todo mundo erra, só o senhor é perfeito? Quem é você para falar que somos incompetentes?
Não sei como, mas a mulher sabia que eu sou funcionário dos Correios. Os ataques continuaram. A mulher chegou a me dizer que já tinha tido problema comigo na entrega de correspondências. O fato é que eu nunca tinha visto essa mulher na minha vida. Perguntei a ela o endereço da sua residência e afirmei que nunca trabalhei na região do seu comércio. Mesmo afirmando que não a conhecia, a mulher disse que tinha conversado comigo na agência dos Correios. A única coisa que respondi foi que, ela estava enganada, tinha me confundido com algum outro carteiro.
Pedi para que fosse feito uma nota fiscal. Impacientemente, a mulher pediu o meu CPF e a minha identidade. Ao receber as benditas canetas e a nota fiscal fui saindo do local quando ouvi mais um absurdo: "Espero que você não erre nunca senhor perfeito". Que ironia! Achei o comentário tão infeliz que disse para mim mesmo: É brincadeira uma coisa dessas! A mulher não perdeu a chance e disse: É brincadeira mesmo!
O pior é que não estamos falando de um empregado totalmente despreparado para atender as pessoas, mas sim, de uma empresária da cidade. Como essa senhora quer ter sucesso nos negócios se age dessa forma. Eu não preciso dizer ao leitor de que nunca mais contratarei os serviços da Gráfica Canaã. Jamais tratarei dessa forma a nenhuma pessoa. Tudo o que foi combinado, cumpri a risca, mas a recíproca não foi à mesma.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Fábula moderna

Uma galinha achou alguns grãos de trigo e disse a seus vizinhos:“Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer. Alguém quer me ajudar a plantá-lo?”“Eu não”, disse a vaca.“Nem eu”, emendou o pato.“Eu também não”, falou o porco.“Eu muito menos”, completou o bode.“Então eu mesma planto”, disse a galinha.E assim o fez. O trigo cresceu alto e amadureceu em grãos dourados.
“Quem vai me ajudar a colher o trigo?”, quis saber a galinha.“Eu não”, disse o pato.“Não faz parte de minhas funções”, disse o porco.“Não depois de tantos anos de serviço”, exclamou a vaca.“Eu me arriscaria a perder o seguro-desemprego”, disse o bode.“Então eu mesma colho”, falou a galinha, e colheu o trigo ela mesma.
Finalmente, chegou a hora de preparar o pão.“Quem vai me ajudar a assar o pão?” indagou a galinha.“Só se me pagarem hora extra”, falou a vaca.“Eu não posso por em risco meu auxílio-doença”, emendou o pato.“Eu fugi da escola e nunca aprendi a fazer pão”, disse o porco.“Caso só eu ajude, é discriminação”, resmungou o bode.“Então eu mesma faço”, exclamou a pequena galinha. Ela assou cinco pães, e pôs todos numa cesta para que os vizinhos pudessem ver.
De repente, todo mundo queria pão, e exigiu um pedaço.Mas a galinha simplesmente disse:“Não! Eu vou comer os cinco pães sozinha”.“Lucros excessivos!”, gritou a vaca.“Sanguessuga capitalista!”, exclamou o pato.“Eu exijo direitos iguais!”, bradou o bode.O porco, esse só grunhiu.
Eles pintaram faixas e cartazes dizendo “Injustiça” e marcharam em protesto contra a galinha, gritando obscenidades.Quando um agente do governo chegou, disse à galinhazinha:“Você não pode ser assim egoísta.”“Mas eu ganhei esse pão com meu próprio suor”, defendeu-se a galinha.“Exatamente”, disse o funcionário do governo, “essa é a beleza da livre empresa. Qualquer um aqui na fazenda pode ganhar o quanto quiser. Mas sob nossas modernas regulamentações governamentais, os trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto de seu trabalho com os que não fazem nada”.
E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha, que sorriu e cacarejou: “eu estou grata”, “eu estou grata”.Mas os vizinhos sempre se perguntavam por que a galinha nunca mais fez um pão.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Dia do Índio

Dia 19-04 comemorou-se o Dia do Índio. Tive a honra de visitar uma aldeia indígena. O pessoal da minha igreja desenvolve um trabalho social na aldeia Lima Campos. O cacique fez uma apresentação de dança, juntamente com outras pessoas. Achei muito interessante. Ao lado de algumas casas, notei que tinha algo escrito numa placa. Os índios têm mais sabedoria do que pensamos. O texto foi escrito com algum tipo de corante natural vermelho. A maioria do índios não fala a nossa língua, apenas a língua Guarani. Achei a mensagem escrita por eles muito bonita. Eu não entendo nada da língua Guarani, só entendi o que estava escrito por que usaram a língua portuguesa. O chamado "homem branco" tem muito que aprender com os seus dizeres. A frase dizia o seguinte: "Dizem que somos donos da terra, mas não somos os donos, apenas usamos a terra com permissão do dono". O respeito que eles têm pela natureza é algo admirável. Se todos tivessem essa consciência, o mundo seria um lugar bem melhor de se viver. O video abaixo foi feito por mim durante a apresentação do cacique da aldeia.



domingo, 18 de abril de 2010

Visita especial

Ontem a tarde fui visitar juntamente com outras pessoas da igreja a qual faço parte o asilo da minha cidade. As crianças foram cantar para os velhinhos. Levamos frutas e muito carinho. Ao constatar a fragilidade física de muitos dos internos, fiquei refletindo sobre a vida. Quem poderia saber o passado de cada um deles? Como eles viveram? Tinham familia? Quais as escolhas que fizeram durante a jornada da vida? Alguns estão lá por vontade própria, já para outros, não houve outra opção. É triste constatar que alguns filhos os abandonaram a viver na solidão, sem carinho, sem um gesto de amor.
Ao contemplar o semblante de cada um deles, tentei imaginar o que se passava nas suas mentes. Alguns tinham um sorriso farto estampado na face, outros estavam com um semblante sério, um olhar triste, como se tivessem perdido algo importante.
Quando envelhecermos, se é que viveremos até lá, qual vai ser o nosso destino? Passaremos os últimos dias de vida ao lado dos nosso familiares ou viveremos com outros idosos num asilo? Teremos ainda condições de falar, andar, pensar ou mesmo comer sozinhos? Seremos pessoas alegres ou carrancudas? A vida ainda será uma dádiva divina para nós? Teremos alegria por estar perto dos filhos e netos?A forma como vivemos hoje irá responder a muitas dessas perguntas. Que tenhamos sabedoria para desfrutar da vida presente nos preparando para os anos futuros. Apesar do futuro ser totalmente incerto para nós e de não sabermos o que irá nos acontecer, temos a oportunidade de fazer boas escolhas no presente, ou seja, no dia chamado hoje . As nossas escolhas irão repercutir no nosso futuro.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Uma visão sobre o trabalho

O caricaturista Scott Adams tornou-se famoso por suas tiras ''Dilbert". Também escreveu um livro nos anos 90 chamado O Princípio Dilbert. Ele zomba da tecnologia, das modas sobre as teorias de lideranças, e de gerentes incompetentes. Muitos caem na risada ao perceber as conexões do livro com o seu próprio dia-a-dia no trabalho.

A respeito da preguiça e da falsidade dos funcionários, o autor escreve: "Quando se trata de evitar o trabalho, é justo dizer que estudei com os mestres. Depois de nove anos... aprendi quase tudo o que há para se saber sobre parecer ocupado sem realmente estar.''

O pensamento geral das pessoas é fazer o mínimo possivel no seu trabalho. A preocupação maior é não sofrer punições, por isso, é preciso que o chefe acredite que estão empenhadas nas suas funções. Infelizmente, a simples menção da palavra ''chefe" afeta negativamente a muitos. No ambiente de trabalho podemos perceber que há duas visões distintas- de um lado o empregador, do outro o empregado. O empregador quer o máximo de empenho pagando o mínimo possivel. O empregado quer fazer o mínimo de esforço com a maior remuneração possivel.

Quando uma pessoa faz além do mínimo esperado no seu trabalho fatalmente será rotulada de "puxa saco" pelos outros. Há uma norma não declarada que precisa ser respeitada quando se entra numa organização, mas que norma é essa? Logo nos primeiros meses na nova função percebemos que se quisermos se dar bem com todos será preciso se adequar a forma como o trabalho é realizado. As pessoas já tem entre elas uma forma toda especial de avaliar o nosso desempenho. Se começarmos a agir de forma diferente podemos trazer problemas a elas. Não quero ser taxativo, mas me parece que o "chefe" deve ser evitado ao máximo, como se ele fosse um inimigo sempre pronto a nos prejudicar. É preciso mudar essa visão distorcida. Se todos fizessem o seu trabalho com dedicação não haveria a necessidade da figura do "chefe". Ele só existe porque ainda não aprendemos a trabalhar sozinhos. Quando ficamos sozinhos sem supervisão começamos a criar meios para aparentar que estamos trabalhando quando estamos apenas encobrindo a realidade. Quem vive só de aparência fatalmente será descoberto. As empresas precisam de funcionários que façam e não daqueles que aparentam fazer.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Matéria em jornais

Nos últimos dias tive a alegria de ter saido em duas matérias em jornais da região. Estou em plena campanha de divulgação do meu livro "Minha Vida de Carteiro".


Um carteiro na Câmara Municipal

No dia 10-04-2010 saiu uma matéria a meu respeito no Jornal Regional. Segue abaixo o texto na íntegra.
O presidente da Câmara Municipal Daniel Valdez Puka(DEM), recebeu a visita em seu gabinete do carteiro Alci Massaranduba, que conta a trajetória da sua profissão na fronteira. Com o título "Minha Vida de Carteiro", o autor descreve em cinco capítulos e 92 páginas histórias interessantes e as dificuldades em trabalhar como carteiro numa cidade como Ponta Porã.

Durante a conversa que manteve no gabinete da presidência, Puka colocou-se à disposição em colaborar com a divulgação do livro, o primeiro a ser escrito por um carteiro em nossa região.

"Gostaria de dizer da satisfação em receber uma pessoa como o Alci, um profissional batalhador e que nem mesmo com chuva deixa de realizar o seu trabalho em favor de toda a comunidade. Estou lendo o livro, é muito interessante, e quero colocar o nosso plenário à sua disposição para realizar uma noite de autógrafos para registrar na nossa história um momento tão importante como esse", afirmou Puka.

Alci Massaranduba é formado em administração de empresas com ênfase em Comércio Exterior pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Ele disse que chegou em Ponta Porã no ano de 1995. Alci discorre no seu livro sobre situações inusitadas, dificuldades em localizar alguns endereços e também fala sobre os problemas de saúde que lhe afastaram por cinco meses da função. A edição foi feita pela Editora Ixtlan com os custos cobertos pelo próprio autor.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Péssima notícia

Algumas cenas ficam gravadas eternamente na nossa memória. O dia mais difícil para nossa família foi o dia em que minha mãe foi chamada ao posto telefônico no município de Coronel Sapucaia-MS. A notícia não poderia ser pior. O meu irmão que morava na cidade de Dourados acabara de falecer num acidente horrível. Ele era motorista de uma transportadora de bebidas. Trafegando por uma das rodovias da região, o caminhão em que ele estava perdeu o controle. O seu companheiro de viagem resolveu pular do veiculo em movimento. O rapaz escolheu pular pela janela no lado do passageiro. Meu irmão optou pelo oposto. Ao pular do caminhão em movimento, o mesmo tombou e caiu por cima dele. Seu corpo foi todo perfurado por cacos de vidro das garrafas. Morte instantânea.
Quando minha mãe percebeu o tinha acontecido, entrou em total desespero. Consigo visualizar na minha mente toda a cena. Desesperada, ela gritava sem parar pelas ruas da cidade de Coronel Sapucaia- Meu filho morreu ai meu Deus! O choque foi tremendo. A partir daquele momento a vida da minha mãe nunca mais foi à mesma.
O velório e enterro seriam na cidade de Dourados. Como erramos crianças, meus pais não quiseram nos levar. Fomos deixados na casa de uma vizinha. O nome do meu irmão falecido é Francisco. Morreu muito jovem, deixou dois filhos pequenos. A sua alegria sempre foi contagiante. Sempre foi muito querido pelo seu bom humor. Deixou a vida muito cedo. O que me entristece é o fato de não ter muitas lembranças da sua pessoa. Faz mais de 20 anos que morreu, mas ainda hoje, desperta fortes emoções na minha mãe. A minha mente infantil assimilou muito bem a perda, pois não consegui captar a realidade.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Carteiro "Matrix"

Um dos desafios enfrentados pelos carteiros é o risco real de acidentes de trânsito. Trabalho há onze anos como carteiro motorizado no município de Ponta Porã-MS. Certa vez, eu havia terminado de realizar a entrega da parte da manhã e estava indo almoçar. Para chegar à minha casa, sempre vinha pela Rua Batista de Azevedo. Em frente da escola municipal do bairro da Granja há um quebra-molas. Muitas crianças estudam no local. É preciso passar por ali com muito cuidado, pois as crianças são imprevisíveis. Naquela manhã, as aulas tinham acabado de se encerrar. Todos os alunos já havia indo embora. Passei pelo quebra-molas bem devagar, logo a minha frente estava um carro com placa do Paraguai. A motorista do veículo fez de repente uma conversão proibida. O carro atravessou a rua bem na minha frente. A moto estava bem perto do carro, não houve tempo de desviar. O choque foi inevitável. Bati bem na lanterna dianteira. Com o impacto da batida perdi a direção da moto, a mesma cruzou a pista indo parar no outro lado da rua. Voei por sobre o carro e cai em pé no asfalto.
O barulho foi tão intenso que pessoas saíram de suas casas a mais de quatro quadras do local do acidente. Muitos curiosos vieram para ver o que tinha acontecido. A motorista do carro estava grávida e muito nervosa. Pensei que ela fosse passar mal ali mesmo.
Algumas pessoas não acreditaram que eu não havia me machucado. Uma amiga da minha esposa chegou e disse pra mim- Alci! Tem certeza de que está tudo bem? Veja os seus braços... Onde está o sangue? Eu disse que estava bem. A moça ficou muito impressionada. No outro lado da rua, um homem gritava:
- Eu estava dormindo em casa quando ouvi o barulho da batida, quando vi que era a moto do carteiro, pensei que você tivesse morrido. Acho que foi Deus que te salvou! Que coisa, heim?
Liguei para o meu chefe e contei o que tinha acontecido, depois liguei para a polícia. Dentro de poucos minutos o policial chegou ao local. Fomos conversar com a motorista do carro. A mulher reconheceu que estava errada, pediu mil desculpas e assumiu a responsabilidade pelo acidente.
Fui levado para o hospital para averiguar se não havia nenhum trauma no corpo. O médico que me atendeu perguntou sobre o acidente. Depois de contar a minha história, ele olhou bem nos meus olhos e disse:
-Filho, como você conseguiu cair em pé no asfalto? Acho que você é o próprio “matrix”. Rimos juntos por alguns instantes. Quando o enfermeiro chegou para medir a minha pressão arterial, o médico foi logo dizendo- Leve o “matrix” aqui para ver se está tudo bem com ele. Fiquei conhecido no hospital como o “Neo” de Ponta Porã. Ao comentar com os colegas as observações do médico, todos caíram na gargalhada.

domingo, 4 de abril de 2010

Você é uma águia!

Há alguns anos um médico falido e frustrado chegou para seu filho que era muito feio e disse a ele as seguintes palavras:
-Filho, eu vejo em você uma grande águia. Você é um gênio filho. A sua comunicação é fantástica. Você ainda será um homem extraordinário.
O filho ouviu tudo aquilo, mas nem mesmo ele conseguia acreditar naquilo, pois sentia exatamente o oposto daquilo que o pai dizia que era. Pequeno, raquítico, com problemas sérios de dicção, ele acreditava em tudo, menos nele mesmo.

Naquele tempo eram comuns os concursos de oratória. Nestes encontros discursavam as mentes mais brilhantes daquele lugar. O filho do médico subia em algumas caixas dos caixeiros viajantes e discursava para aquela multidão que fazia daquilo motivo de riso e chacota.
No meio de toda aquela multidão, somente o pai acreditava nele. Enquanto o filho discursava o pai dizia:
-Muito bem filho! Você é uma águia! Fantástico filho! Parabéns.
O pai dizia estas palavras não como palavras de efeito, não apenas para agradar o filho. O pai, na verdade, acreditava do fundo de sua alma naquilo que dizia e o filho, por sua vez, podia enxergar isto nos olhos do pai.
A partir das expectativas do pai, o filho começou a acreditar que poderia ser de fato esta águia que o pai dizia. Começou então a estudar Quiseu, Pompeu, Crenofontes, Sócrates, Platão, os Sofistas, Demóstenes, Cícero e sermões do Padre Vieira.
Os anos se passaram. O pai do garoto ( não mais garoto, agora já era um homem), havia falecido. Um certo dia, este homem foi convidado para representar o seu país em uma grande conferência em Haia, na Holanda.
Quando terminou de discursar, aquele que antes era apenas um garoto feio e motivo de chacotas, com problemas de dicção, que não acreditava em si mesmo, viu o sonho do pai realizar-se nele. Pelo belíssimo e extraordinário discurso apresentado em Haia, ele recebeu o título de Águia de Haia. Sim, finalmente ele era uma águia. Este menino, agora feito homem, era Rui Barbosa, uma das mentes mais brilhantes que este país já pode produzir.
Veja que a expectativa do pai de Rui Barbosa, mesmo diante de todas as possibilidades negativas que haviam, interferiu diretamente no comportamento do seu filho.
Devemos acreditar que somos águias. Além de crer no nosso potencial é preciso levar outros a ter o mesmo pensamento. Você é uma águia, tenha a certeza disso!

sábado, 3 de abril de 2010

Novelas: péssimo alimento para a mente

"A liberdade de expressão passa por desvios escabrosos no mundo moderno. Enquanto em países como a Venezuela se lacram canais de televisão, aqui entre nós a disputa de audiência coloca no ar uma libertinagem que agride a família brasileira. A devassidão está escancarada nas novelas, que são apresentadas em horário nobre e penetram nos lares para espanto de pais, esposas e crianças, em todo o país. E nelas, o que se vê? Famílias desconstituídas e a banalidade dos encontros fortuitos, as traições como hábito comum dos casais. A fidelidade morreu. A mulher se transformou em objeto. Aqui, em cena de café da manhã, a filha sai do quarto com o namorado e se assenta à mesa, na mais absoluta naturalidade. Ali, na outra cena, amigas planejam outro lance de traição e torpeza. A rigor, todos os personagens são levianos, ninguém trabalha, e é isso que destoa da realidade brasileira. O Brasil não é isso. Essa não é a verdade do nosso povo e da nossa civilização. Nisso, a novela presta um desserviço à nacionalidade, até porque, sendo bem feita como é, a peça vai correr mundo e mostrar uma imagem deformada da mulher brasileira que, na verdade, é uma trabalhadora voraz, competente, dedicada, que cresce a olhos vistos no campo da produção e, à noite, volta para casa, para conduzir com dignidade o lar, que é seu esteio e seu templo de repouso. Não se trata, como pode parecer, de rasurar, na sua essência, a liberdade de expressão. Nada disso. É uma questão de cidadania. É uma questão de civilização. É uma questão da televisão brasileira".
Fonte: Rádio Jovem Pan

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Riso e cura

Norman Cousins, autor do livro chamado Anatomia de uma Enfermidade, foi editor de uma revista popular nos Estados Unidos por cerca de trinta anos. Em 1964, ele foi abatido por uma doença que afetava seu colágeno, o tecido conjuntivo do corpo. Ele sofria muita dor, tinha dificuldades para mover os dedos, os membros, até mesmo a mandíbula. Ele achava difícil até virar-se na cama.
Enquanto isso, começaram também a se formar protuberâncias por todo o seu corpo. Quando foi feito o diagnóstico, os médicos prescreveram todos os tipos de medicamentos e sedativos para a dor, como aspirina, codeína e outras drogas, inclusive muitos diferentes comprimidos para dormir. A certa altura, o corpo de Cousins começou a ter uma reação aos medicamentos, e sua pele ficou cheia de urticárias ainda mais dolorosas que a própria doença. As coisas pareciam ruins para Norman, especialmente porque só um entre aproximadamente quinhentos pacientes se recupera dessa doença.

Finalmente, já intoxicado por todos esses medicamentos e seus efeitos colaterais, ele começou a assistir a alguns filmes engraçados de um show de TV chamado Câmera Indiscreta. Na cama, ele ria e ria das palhaçadas. Quase imediatamente, ele notou uma mudança. Quanto mais ele ria, mais bem ele se sentia. Às vezes, a enfermeira lia histórias humorísticas que o faziam berrar de divertimento. Com o passar do tempo, os testes mostraram que ele estava melhorando. Em pouco tempo, as protuberâncias de seu corpo começaram a diminuir, e ele voltou ao seu emprego. Em seguida, o homem que achava difícil até se virar na cama estava jogando tênis, golfe, montando cavalo e tocando piano!

Embora ninguém esteja dizendo que o riso é a solução para todos os nosso problemas médicos, não existe dúvida de que uma boa atitude pode ter impacto positivo sobre a saúde. Pense nisso!