Um dos desafios enfrentados pelos carteiros é o risco real de acidentes de trânsito. Trabalho há onze anos como carteiro motorizado no município de Ponta Porã-MS. Certa vez, eu havia terminado de realizar a entrega da parte da manhã e estava indo almoçar. Para chegar à minha casa, sempre vinha pela Rua Batista de Azevedo. Em frente da escola municipal do bairro da Granja há um quebra-molas. Muitas crianças estudam no local. É preciso passar por ali com muito cuidado, pois as crianças são imprevisíveis. Naquela manhã, as aulas tinham acabado de se encerrar. Todos os alunos já havia indo embora. Passei pelo quebra-molas bem devagar, logo a minha frente estava um carro com placa do Paraguai. A motorista do veículo fez de repente uma conversão proibida. O carro atravessou a rua bem na minha frente. A moto estava bem perto do carro, não houve tempo de desviar. O choque foi inevitável. Bati bem na lanterna dianteira. Com o impacto da batida perdi a direção da moto, a mesma cruzou a pista indo parar no outro lado da rua. Voei por sobre o carro e cai em pé no asfalto.
O barulho foi tão intenso que pessoas saíram de suas casas a mais de quatro quadras do local do acidente. Muitos curiosos vieram para ver o que tinha acontecido. A motorista do carro estava grávida e muito nervosa. Pensei que ela fosse passar mal ali mesmo.
Algumas pessoas não acreditaram que eu não havia me machucado. Uma amiga da minha esposa chegou e disse pra mim- Alci! Tem certeza de que está tudo bem? Veja os seus braços... Onde está o sangue? Eu disse que estava bem. A moça ficou muito impressionada. No outro lado da rua, um homem gritava:
- Eu estava dormindo em casa quando ouvi o barulho da batida, quando vi que era a moto do carteiro, pensei que você tivesse morrido. Acho que foi Deus que te salvou! Que coisa, heim?
Liguei para o meu chefe e contei o que tinha acontecido, depois liguei para a polícia. Dentro de poucos minutos o policial chegou ao local. Fomos conversar com a motorista do carro. A mulher reconheceu que estava errada, pediu mil desculpas e assumiu a responsabilidade pelo acidente.
Fui levado para o hospital para averiguar se não havia nenhum trauma no corpo. O médico que me atendeu perguntou sobre o acidente. Depois de contar a minha história, ele olhou bem nos meus olhos e disse:
-Filho, como você conseguiu cair em pé no asfalto? Acho que você é o próprio “matrix”. Rimos juntos por alguns instantes. Quando o enfermeiro chegou para medir a minha pressão arterial, o médico foi logo dizendo- Leve o “matrix” aqui para ver se está tudo bem com ele. Fiquei conhecido no hospital como o “Neo” de Ponta Porã. Ao comentar com os colegas as observações do médico, todos caíram na gargalhada.
O barulho foi tão intenso que pessoas saíram de suas casas a mais de quatro quadras do local do acidente. Muitos curiosos vieram para ver o que tinha acontecido. A motorista do carro estava grávida e muito nervosa. Pensei que ela fosse passar mal ali mesmo.
Algumas pessoas não acreditaram que eu não havia me machucado. Uma amiga da minha esposa chegou e disse pra mim- Alci! Tem certeza de que está tudo bem? Veja os seus braços... Onde está o sangue? Eu disse que estava bem. A moça ficou muito impressionada. No outro lado da rua, um homem gritava:
- Eu estava dormindo em casa quando ouvi o barulho da batida, quando vi que era a moto do carteiro, pensei que você tivesse morrido. Acho que foi Deus que te salvou! Que coisa, heim?
Liguei para o meu chefe e contei o que tinha acontecido, depois liguei para a polícia. Dentro de poucos minutos o policial chegou ao local. Fomos conversar com a motorista do carro. A mulher reconheceu que estava errada, pediu mil desculpas e assumiu a responsabilidade pelo acidente.
Fui levado para o hospital para averiguar se não havia nenhum trauma no corpo. O médico que me atendeu perguntou sobre o acidente. Depois de contar a minha história, ele olhou bem nos meus olhos e disse:
-Filho, como você conseguiu cair em pé no asfalto? Acho que você é o próprio “matrix”. Rimos juntos por alguns instantes. Quando o enfermeiro chegou para medir a minha pressão arterial, o médico foi logo dizendo- Leve o “matrix” aqui para ver se está tudo bem com ele. Fiquei conhecido no hospital como o “Neo” de Ponta Porã. Ao comentar com os colegas as observações do médico, todos caíram na gargalhada.
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