terça-feira, 31 de agosto de 2010

O informativo Informe MS é uma publicação semanal da Diretoria Regional dos Correios no Mato Grosso do Sul. Na edição 035, nas páginas 2 e 3 a ASCOM(Assessoria de Comunicação) postou uma nota com o seguinte título:CARTEIRO BRASILEIRO ESTÁ ENTRE OS MAIS CONFIÁVEIS DO MUNDO

A profissão do carteiro é a segunda mais confiável do Brasil, atrás apenas dos bombeiros, segundo pesquisa mundial. Os levantamentos mostraram ainda que o brasileiro está entre os que mais confiam nos carteiros, com 92% de confiança, bem acima da média mundial de 82%. Veja abaixo matéria publicada na imprensa sobre o assunto e uma homenagem do carteiro Alci Massaranduba, da AC Ponta Porã, aos colegas de profissão.

Pesquisa revela quais os profissionais mais confiáveis do mundo

Com o perdão do trocadilho, quase todo mundo bota a mão no fogo mesmo é pelos bombeiros. No exterior o índice de confiabilidade deles é de 94% e no Brasil chega a impressionantes 98%.

Logo em seguida vem os carteiros, também nos dois casos. E o fato dos Correios brasileiros estarem entre os mais elogiados do mundo parece fazer sentido: 92% dos entrevistados por aqui confiam nessa categoria, enquanto lá fora chegam a 82%.

Esses números fazem parte de uma pesquisa realizada pela empresa GFK, que coletou opiniões de brasileiros, indianos, colombianos, norte-americanos e moradores de 15 países da Europa. E, de um modo geral, percebe-se que os brasileiros são bem mais confiantes, porque os índices daqui são maiores em quase todas as categorias.
Fonte: http://virgula.uol.com.br

Maravilhosa profissão

Quero expressar nesses versos

a minha admiração

a todos os carteiros

e sua dedicação



Em todos os recantos desse imenso país

nas ruas, nas casas, nas praças

eles lá estão

são muito queridos por toda a população



O inimigo é sempre o cachorro

a relação é tumultuada

mas isso não impede

da casa ser visitada



A chuva, o calor e o frio

tras muita dificuldade

mas o cliente espera

sempre a pontualidade



O fim da nossa missão

é entregar as correspondências

com ética e perfeição



Parabéns a todos os carteiros

da nossa querida nação

vocês merecem os aplausos

de todo cidadão


Autor: Alci Massaranduba

Veja artigo na íntegra na IntranetMS.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Artigo publicado

Artigo publicado no Jornal Regional, edição do dia 30/08/10

domingo, 29 de agosto de 2010

A vítima voluntária

A escritora Julia Cameron no seu livro "Criatividade a mina de ouro" nas páginas 246-247 comenta que:
"Uma das maiores mentiras que dizemos para nós mesmos é que as coisas ruins de nossa vida são culpa de outra pessoa. Se ao menos eles... então nós...
Quase sempre, se remoemos um profundo ressentimento, estamos paralisados. Sabemos o que gostaríamos de fazer e do que precisamos para isso e, ainda assim, não estamos prontos para fazê-lo. Então culpamos outra pessoa por nossos sentimentos ou nosso mal-estar. Nossa sensação de que precisamos ir em frente é diminuída pelo nosso desejo de permanecer seguros e infelizes. O saco de pancadas nesse diálogo interior se torna nosso amigo, nosso chefe- qualquer pessoa que possa representar o nosso eu trêmulo, equilibrando-se sobre a prancha divina, mas ainda não pronto para pular.
Frequentemente, a raiva e a culpa são sintomas de mudança iminente. A mudança é assustadora para muitos de nós grande parte do tempo. Resistimos a ela, e o modo como o fazemos é culpando outra pessoa pelo estado em que estamos( zangados e frustados). Dessa forma, não temos de fazer coisa alguma que poderia nos tornar menos zangados e frustados. A culpa e o ressentimento nos mantêm na posição de vítimas. Criam antolhos que tornam difícil enxergar as nossas opções. Se "temos de esperar um telefonema" de um amigo desatencioso que nos deixa esperando, não precisamos mudar nossas roupas e nosso hábitos e sair para assistir à nova peça para a qual temos dois ingressos grátis, não é?
A raiva cria adrenalina. A adrenalina faz com que nos sintamos fortes. É assim que queremos nos sentir- não vulneráveis, assustados, abertos a novos eventos, pessoas, lugares e experiências. Fortes, porém paralisados: essa é uma posição boa e segura!
O que estamos tentando evitar é não errar, e então frequentemente o evitamos não fazendo coisa alguma, culpando outra pessoa e ficando com raiva dela. Bombeamos para os nossos sistemas adrenalina e raiva ou medo, até ficarmos intoxicados comm a quimíca de nossos próprios corpos".

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vote em mim!

A vida em sociedade pressupõe organização. O ser humano não tem em sua natureza o viver isolado. A vida social é uma necessidade que decorre do próprio instinto de sobrevivência. Os grupos humanos são chamados de sociedades. Estas, por sua vez, são compostas e organizadas por meio de normas e regras que condicionam os comportamentos individuais de todos os seus componentes.
O princípio democrático é aquele que requer a participação de todos os componentes de um dado grupo social para a escolha da vontade da maioria. Quando se fala em todos os componentes, quer-se dizer todos os componentes que reúnam condições legais de votar. Especificamente no Brasil, os indivíduos maiores de 16 anos podem votar, os maiores de 18 anos devem votar, e por fim, os maiores de 70 anos podem optar por continuar a exercer o direito do voto, mesmo não sendo mais obrigados a fazê-lo.
A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão é regulamentada pela Lei 9.504/97 (artigos 44 a 57).
Em época de eleição, assistir aos programas dos partidos políticos na TV é uma ótima diversão. Cada candidato procura chamar a atenção dos eleitores de uma forma toda particular. Diante de centenas de concorrentes, a criatividade do brasileiro mostra-se ser insuperável. Algumas pérolas de alguns candidatos a cargos políticos:
Candidata cujo apelido é Nega Diaba. "Não vote em branco, vote NEGA DIABA!” Guilherme Bouças, com o slogan: "Chega de malas, vote em Bouças."
Grito de guerra do candidato Lingüiça, de Cotia (SP). "Linguiça* Neles!” *Agora sem trema!
Em Descalvado (AL) a candidata chamada Dinha cujo slogan é: "Tudo Pela Dinha."
Em Carmo do Rio Claro (MG) o candidato chamado Gê. “Não vote em A, nem em B, nem em C; na hora H, vote em Gê."
Em Hidrolândia (GO) o candidato chamado Pé. "Não vote sentado, vote em Pé.” E Mogi das Cruzes (SP). Lá tinha um candidato chamado Defunto, com um slogan que apesar de bizarro caiu na graça do povo. "Vote em Defunto, porque político bom é político morto!"
O candidato apelidado de “De Leon” com o seguinte slogan: O vereador Lost. Sua proposta principal é capturar e amarrar os candidatos corruptos, acabando com a raça deles.
O difícil é escolher entre tantas opções. Em época de eleição, o melhor do ser humano é relevado, pois não há nenhum candidato desonesto, todos afirmam que irão lutar por justiça social, mais emprego, saúde e educação. O eleitor fica em dúvida em quem votar, é difícil tomar uma decisão diante de tantas opções. De acordo com o discurso, não há problema algum em escolher o candidato A ou B, pois independente de quem for eleito, os problemas sociais serão resolvidos.
O Instituto Irônicus revelou que a maioria da população acredita piamente em tudo o que os candidatos prometem. Ninguém fica decepcionado após as eleições. Todas as promessas de campanha são cumpridas nos mínimos detalhes. Cada candidato eleito presta contas a população das promessas feitas durante a campanha eleitoral. É o Brasil sendo exemplo no mundo inteiro do que é viver numa sociedade democrática, justa e igualitária. Bom, pelo menos é assim que deveria ser, mas...
O povo brasileiro precisa urgentemente não só ouvir discursos bonitos é preciso também começar a investigar a vida dos candidatos para verificar se tudo aquilo que dizem está de acordo com o que são na vida real. Nenhuma promessa de campanha deve ser esquecida, pois é direito do eleitor cobrar por aquilo que foi prometido e não foi cumprido. Se o cargo político representa a vontade do povo, cabe ao próprio povo fiscalizar os seus representantes. Viva a democracia!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Autoconfiança

É conhecido na história, que um dia Alexandre o grande, que vinha de uma série de batalhas vitoriosas, aportou a sua esquadra de navios de guerra para invadir mais um país. Os soldados foram perfilados lado a lado esperando a ordem para a invasão. Estavam bastante confiantes e encorajados depois do sucesso das outras campanhas. Nisto apareceu um mensageiro em terra dizendo que o inimigo em terra era superior a eles em numero de soldados e armas.
A notícia intranqüilizou o exército de Alexandre, que percebendo a insegurança dos soldados, chamou o seu general e mandou atear fogo em todos os 500 navios da sua esquadra. O general, mesmo estranhando tal ordem, ordenou que fosse ateado fogo nos navios diante dos olhos estupefatos dos presentes.
Quando o último navio ardeu, o general questionou Alexandre - Senhor estamos na casa do inimigo, e eles são superiores a nós em número de armas e soldados. E se perdermos a batalha, como é que iremos fugir? Alexandre respondeu:É mesmo, se perdermos não teremos como fugir. Então cada homem empunhe a sua arma e lute como nunca lutou em sua vida. Lute pela nossa causa e lute pela sua vida, porque se perdemos não teremos como fugir.
E aconteceu que cada soldado, lutou como nunca havia lutado antes, com a garra e a convicção não somente de quem quer vencer, mas de quem precisa vencer a qualquer custo e ganharam a batalha mesmo em desvantagem.
A muleta, ou as condições favoráveis impedem que possamos dar o melhor de nós em qualquer empreitada. Sem ela somos obrigados a transcender em esforços e determinação para vencer o desafio pela frente. E fatalmente conseguiremos. Isto é autoconfiança.A sua autoconfiança diária na vida, nos desafios, nos relacionamentos determinará o seu fracasso ou sucesso. Você escolhe. Você decide.
HOJE EU PENSAREI COM AUTOCONFIANÇA.
HOJE EU FALAREI COM AUTOCONFIANÇA
HOJE EU SENTIREI AUTOCONFIANÇA
HOJE EU AGIREI COM AUTOCONFIANÇA
HOJE EU SEREI A PRÓPRIA AUTOCONFIANÇA

domingo, 22 de agosto de 2010

artigo publicado em site

No dia 20/08/10 foi publicado no site de notícias Portal do MS(http://www.portaldoms.com.br/) o artigo "Maravilhosa profissão". Os internautas das mais diversas regiões do estado terão a oportunidade de ler o meu texto. Escrever é algo prazeroso pra mim.

sábado, 21 de agosto de 2010

Argumentar, Convencer e Persuadir

O livro "A Arte de Argumentar" de Antônio Suárez Abreu é uma leitura prazerosa. Destaco um trecho da obra. Nas páginas 25-26 o autor afirma que: "Argumentar é a arte de convencer e persuadir. Convencer é saber gerenciar informação, é falar à razão do outro, demonstrando, provando. Etimologicamente, significa VENCER JUNTO COM O OUTRO(com + vencer) e não CONTRA o outro. Persuadir é saber gerenciar relação, é falar à emoção do outro. Mas em que convencer se diferencia de Persuadir? Convencer é construir algo no campo das ideias. Quando convencemos alguém, esse alguém passa a pensar como nós. Persuadir é construir no terreno da ação: quando persuadimos alguém, esse alguém realiza algo que desejamos que ele realize.
Muitas vezes, conseguimos convencer as pessoas, mas não conseguimos persuadi-las. Podemos convencer um filho de que o estudo é importante e, apesar disso, ele continuar neglicenciando suas tarefas escolares.
Podemos convencer um fumante de que o cigarro faz mal à saúde, e apesar disso, ele continuar fumando. Algumas vezes, uma pessoa já está persuadida a fazer alguma coisa e precisa apenas ser convencida. Precisa de um empurrãozinho racional de sua própria consciência ou da de outra pessoa, para fazer o que deseja.
É o caso de um amigo que quer comprar um carro de luxo, tem dinheiro para isso, mas hesita em fazê-lo, por achar mera vaidade. Precisamos apenas dar-lhe uma "boa razão" para que ele faça o negócio. Às vezes, uma pessoa pode ser persuadida a fazer alguma coisa, sem estar convencida. É o caso de alguém que consulta uma cartomante ou vai a um curandeiro, apesar de, racionalmente, não acreditar em nada disso.
ARGUMENTAR É, POIS, EM ÚLTIMA ANÁLISE, A ARTE DE, GERENCIANDO INFORMAÇÃO, CONVENCER O OUTRO DE ALGUMA COISA NO PLANO DAS IDEIAS E DE, GERENCIANDO RELAÇÃO, PERSUADI-LO, NO PLANO DAS EMOÇÕES, A FAZER ALGUMA COISA QUE NÓS DESEJAMOS QUE ELE FAÇA."

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Maravilhosa profissão

Há certas profissões que são muito admiradas pela sociedade pela sua importância para o desenvolvimento do país e para a sociedade em geral. Dentre os vários profissionais que prestam um serviço tão importante a nação destaca-se a figura simpática do carteiro. Talvez você não saiba, mas um carteiro em especial teve um importante papel na história do Brasil. Na história postal brasileira temos um carteiro que se notabilizou: Paulo Bregaro, que levou para o príncipe D. Pedro as notícias de Portugal que ensejaram a Independência do Brasil. As palavras proferidas pelo Conselheiro José Bonifácio de Andrada e Silva, ao recomendar pressa na entrega das correspondências, ainda hoje sintetizam a mística do trabalho responsável do carteiro: "Arrebente e estafe quantos cavalos necessários, mas entregue a carta com toda a urgência". Por seu feito, Paulo Bregaro é o patrono dos Correios.
Foi somente no ano de 1835 que o Correio da Corte (como era chamado) passou a fazer a entrega de correspondência a domicílio. Até então, só tinham direito a essa concessão, pelo Regulamento de 1829, as casas comerciais e os particulares que pagassem uma contribuição anual (de 10 a 20 mil réis). Em 1852, o telégrafo foi introduzido no Brasil e as pessoas que faziam a entrega de telegramas eram chamadas de mensageiros. Carteiro era a designação privativa dos serviços dos Correios. Hoje, a palavra carteiro é utilizada, indistintamente, para a entrega de cartas e de telegramas.
Em qualquer estação do ano; primavera, verão, outono ou inverno, você vai encontrar um dos milhares de carteiros espalhados pelo país. Faça chuva ou faça sol, eles estão nas ruas realizando o seu trabalho. O carteiro é o responsável pela entrega de objetos postais como cartas, telegramas, malotes e encomendas expressas. É interessante destacar que foi somente na promulgação da Constituição de 1988 que as mulheres passaram a ter acesso ao cargo de carteiro, antes restrito aos homens.
Para que o leitor tenha uma visão mais próxima do cotidiano do trabalho de um carteiro, é relevante relatar com detalhes todo o processo de ordenação e entrega de correspondências.
O trabalho do carteiro começa bem cedo. A maioria das pessoas pensa que ao chegar ao local de trabalho todas as correspondências já estão todas arrumadas, que é só pegar a bolsa e sair para a entrega, mas a realidade não é bem essa. A primeira etapa é contar todas as correspondências, depois se separa toda a carga entre os DP (Distritos Postais), cada DP é de responsabilidade de um carteiro. De acordo com o tamanho da cidade é estipulado o número de carteiros necessários para atender a população. A separação é feita em um móvel chamado escaninho.
Após essa separação, cada carteiro passa com uma caixa vazia pegando as correspondências do seu DP. Após esse processo, cada carteiro começa uma triagem separando as suas correspondências de forma que o processo seguinte seja simplificado. Em seguida é feito o chamado “colecionamento”; que é a ordenação das correspondências (uma a uma) na sequência em que serão entregues. A próxima etapa é lançar as correspondências registradas na lista de registro impressas pelo setor de expedição de objetos. Por fim, é preciso pesar o volume de correspondências, contar o número de objetos registrados e lançar no sistema SGDO. É somente depois de ter cumprido todos esses itens que o carteiro efetivamente sai para a entrega externa. Após deixar a UD (Unidade de Distribuição) ou o CDD(Centro de Distribuição Domiciliar) de carro, moto, bicicleta ou a pé é que a jornada começa pra valer.
Ao voltar da rua, o carteiro precisa dar baixa no sistema SGDO, registrando o seu retorno das atividades externas. O passo seguinte é devolver as correspondências que serão devolvidas ao remetente. Anota-se o motivo da devolução, carimbando, assinando e encaminhando os objetos postais para o endereço do remetente. As correspondências são devolvidas por vários motivos, dentre os quais: Endereço insuficiente, mudou-se, não existe o número indicado, desconhecido, falecido, recusado entre outros. Há ainda que carimbar os ARs (Aviso de Recebimento) das correspondências registradas. Logo após, é preciso entregar a lista de registro (LOEC) com todos os objetos que não puderam ser entregues, bem como todos os ARs para que o supervisor possa fazer a conferência final. Os carteiros motorizados precisam fazer o roteiro do veículo (carro ou moto) diariamente, anotando em formulário específico a quilometragem inicial ao sair para a entrega e a quilometragem final ao retornar. Depois de ter terminado todas essas etapas é que o carteiro está livre das suas obrigações diárias. A jornada diária é longa e cansativa. Essa é a rotina do trabalho de qualquer carteiro.
Cada região do país tem o seu próprio horário de expediente, adaptado a realidade local, por isso, o começo e término da jornada de trabalho não é igual em todos os municípios. O carteiro é considerado empregado público federal. Para trabalhar como carteiro é preciso ser aprovado em concurso público.
A entrega diária de correspondências e encomendas é um grande desafio para o carteiro. Pode-se afirmar com segurança que é uma verdadeira corrida contra o tempo. Há inúmeros perigos diariamente. Exemplificando: Recentemente, um colega carteiro estava efetuando a entrega em determinado bairro da cidade de bicicleta quando foi atacado por um cão muito feroz, o portão da casa estava aberto e o animal ao avistar o carteiro não pensou duas vezes e o atacou. Sem ter tempo para reagir ao ataque o carteiro foi mordido gravemente no tornozelo. Ao questionar a moradora da casa sobre o porquê do portão estar aberto a mulher afirmou que o cachorro não era seu, mas o cão entrou na sua casa tranquilamente. Para piorar a situação, a mulher não soube informar se o cachorro era vacinado. O carteiro teve que ir ao hospital fazer os curativos e ainda tomar algumas injeções, tudo isso por que um morador foi negligente no cuidado do seu animal de estimação. O chamado melhor amigo do homem é inimigo número um do carteiro.
Noutra ocasião, outro carteiro estava efetuando a entrega quando foi atacado na rua por um cachorro da raça pitbull. Sem ter como fugir, a única solução encontrada foi pegar algumas pedras e jogar no cão. O dono do animal não gostou do que o carteiro fez, saindo de casa muito nervoso. Por mais absurdo que possa parecer, o homem agrediu o carteiro fisicamente com tapas, tentou desferir socos e ainda empurrou o carteiro que caiu no chão.
Faço um apelo a você! Por favor, nunca deixe o seu cachorro solto na rua, pois o risco dele morder o carteiro é enorme. Se o carteiro for mordido por seu descuido, você será responsabilizado por isso. Nenhum carteiro tem prazer em jogar pedras ou mesmo chutar nenhum animal, mas em algumas situações na há alternativa a não ser se defender do seu ataque. Deixar o cachorro preso é um sinal de respeito pelo nosso trabalho. Um animal feroz solto nas ruas pode prejudicar a entrega em determinado local. Pense nisso!
No inverno o trabalho é mais difícil, pois o frio é intenso no estado do Mato Grosso do Sul. Andar a pé, de bicicleta e principalmente de moto não é tarefa das mais fáceis. Às vezes parece que os dedos das mãos irão congelar de tanto frio, mas nem isso faz com que desistamos de realizar a entrega de correspondências. No verão o sol nos castiga impiedosamente. Até na chuva continuamos com a nossa missão. A entrega só deixa de ser feita quando a chuva é muito forte e há o risco de danificar as correspondências, quando isso acontece, temos que trabalhar dobrado no outro dia para não atrasar a entrega. As pessoas elogiam o nosso comprometimento com o trabalho. Tenha a certeza de que todos os esforços são feitos para que os objetos postais cheguem até você com segurança e dentro do prazo de vencimento.
O risco de se envolver em acidentes de trânsito é enorme, muitos carteiros já se afastaram das suas atividades por se envolver em acidentes graves. Destaca-se também o fato de que as intempéries climáticas afeta diretamente na saúde do carteiro.
O carteiro efetua a entrega através do endereço do destinatário, por isso, é imprescindível que você tome certos cuidados, tais como: colocar o número correto da sua casa de forma visível, ter caixa de correspondência em local de fácil acesso entre outros.
O carteiro pode ser chamado de mensageiro da esperança, pois interliga as pessoas das mais diversas regiões do país separadas pela distância geográfica. Mesmo na era da internet, existe ainda milhões de pessoas que usam a carta para poder se comunicarem com parentes, amigos e pessoas queridas. A profissão de carteiro proporciona momentos emocionantes e muito divertidos. O carinho e a confiança das pessoas no nosso trabalho é algo realmente marcante.
A carta é um meio de comunicação barato e seguro. Muitas pessoas mais velhas não conhecem: Orkut, MSN e muito menos e-mail.
Certa vez, ao chegar a uma determinada residência, apertei a buzina da moto e esperei o morador sair. Uma senhora idosa saiu correndo da casa em minha direção. Ela estava chorando. No momento fiquei sem saber o que fazer. A senhora, com lágrimas nos olhos, disse-me:
-Carteiro! Não me diga... É uma carta do meu filho desaparecido? Espero por uma carta dele há muito tempo. Faz vários anos que não tenho noticias dele.
Fiquei emocionado com o depoimento daquela mulher. Perguntei-lhe:
- O nome de seu filho é Paulo?
Ela acenou positivamente com a cabeça. Entreguei a carta tão esperada. A mulher agradeceu muito. Eu havia trazido a melhor notícia da sua vida. Algumas lágrimas teimavam em descer pelos meus olhos. Foi um momento maravilhoso. Em que trabalho eu teria a oportunidade de proporcionar tamanha alegria a alguém?
Ao encontrar com o seu amigo carteiro pela manhã dê a ele um cordial bom dia. Quando estiver muito calor ofereça-lhe um copo d’água, gestos como esses são muito bem vindos e tornam o seu dia mais alegre e menos estressante. Um colega certa vez me disse que: “só paramos quando a entrega termina”. Essa frase expressa a mais pura realidade.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

artigo no Jornal Regional

O artigo "Valorize o que é mais importante" de minha autoria foi publicado no Jornal Regional, edição do dia 16/08/10.

Lembro-me que na minha infância, os dias pareciam ser intermináveis. Depois de voltar da escola, sobrava muito tempo para fazer a tarefa escolar e ainda brincar. Os anos passavam lentamente. Bons tempos aqueles. Hoje, o que vemos é uma correria desenfreada. Até as crianças já não são mais as mesmas. As antigas brincadeiras infantis estão literalmente em extinção. Os jogos eletrônicos são os preferidos. É incrível, quanto mais violento for os jogos de vídeo game, mais vidrada fica a criança, é como se ela estivesse hipnotizada pelas imagens projetadas pelo aparelho de TV. O prazer das antigas brincadeiras infantis desapareceu da maioria delas. O que vemos são crianças que não sabem o que é conviver amigavelmente com os colegas e muito menos com os próprios pais. Deixe-me explicar, mesmo que ela convide alguém para jogar; o silêncio impera, pois ninguém quer ser atrapalhado em alguma cena do jogo. Não há diálogo, a diversão é distribuir chutes e pontapés virtuais. Os palavrões são comuns no meio deles. Você ficará chocado ao os ouvir conversando em LAN houses ou mesmo com os amigos, o palavreado utilizado é deprimente. O seu maior prazer é destruir o seu adversário no jogo, quanto mais cruel for a sua morte, mais contente ela fica. É realmente assustador. Até a sua inocência está sendo perdida. Os pais estão passivos, observando tudo sem ter como interferir.
Talvez você ache que estou sendo muito radical, que eu deveria acompanhar o pensamento moderno- deixe a criança fazer o quiser- mas infelizmente, a realidade nos mostra que o liberalismo só trouxe problemas para a juventude. Apesar de o lema ser “É proibido proibir”, acho que os pais deveriam ser mais presentes na educação dos seus filhos.
Deixar uma criança sem supervisão em frente a uma tela de televisão ou de um computador por várias horas é perigoso e põe em risco o desenvolvimento da personalidade da criança. Os valores que são passados por “esses educadores” estão normalmente em choque com os valores que os pais querem ensinar aos seus filhos.
Vivemos num mundo materialista onde o que importa é a busca constante por adquirir bens materiais. É preciso trabalhar cada vez mais, com isso, o tempo para dedicar-se aos filhos é mínimo. Os pais pensam que ao dar boa alimentação, roupas caras, brinquedos sofisticados, estão cumprindo com as suas responsabilidades de formar cidadãos de bem. É um equivoco pensar que sem a nossa orientação, os nossos filhos saberão agir com base em princípios éticos e morais.
Imploro para que os pais façam o que for preciso para estarem mais perto dos seus filhos, mesmo que para isso seja preciso abrir mão de certas coisas. Enquanto os filhos são pequenos, temos muita influência sobre eles. A responsabilidade de formar pessoas com caráter ilibado é nossa, não há como delegar essa função para outro. A TV, a internet, os jogos de vídeo-game e nem mesmo a escola pode ocupar o nosso papel como educadores.
Todas essas coisas têm a sua importância se utilizadas com certos critérios, elas não são ruins se usadas com equilíbrio e bom senso. Ainda a tempo de modificar a sua postura diante do que foi exposto aqui.
Conta-se que certo menino ouvia do seu pai a mesma frase todos os dias-Eu tem amo filho. Quando a criança pedia para brincar com o pai a desculpa era sempre a mesma- Eu não tenho tempo agora. Estou muito ocupado.
Um dia o pai ao sair para o trabalho disse a mesma frase para o seu filho- Eu te amo filho. A criança então respondeu instantaneamente- Eu não quero que o senhor me ame, só quero que brinque comigo. Que você possa dedicar mais tempo para o que é realmente importante- os seus filhos. O seu amor será demonstrado na prática se você tirar um tempo para estar com eles. Não há nada mais valioso para uma criança do que a presença e a atenção recebida dos seus pais.


domingo, 15 de agosto de 2010

O especialista

Algumas coisas acontecem nas nossas vidas que nos deixam sem nenhuma reação. Gostamos de ter tudo sob controle. Tudo aquilo que foge a nossa capacidade de atuação nos deixa inseguros. A vida é totalmente imprevisível. Nem tudo pode ser controlado. Mesmo as pessoas calmas têm o seu limite. Se certas circunstâncias forem desencadeadas, a paciência ficará comprometida, praticamente de todas as pessoas.
Ninguém gosta de admitir as suas limitações. A imagem que passamos para as pessoas nem sempre condiz com a realidade particular de cada um. Os corajosos têm o seu momento de medo; os pacientes têm o seu momento de descontrole emocional; os extrovertidos têm o seu momento de timidez; os sábios têm o seu momento de insensatez. Ninguém está em condições de bater no peito e afirmar categoricamente que tem tudo sob controle, ou mesmo que tem todas as respostas para todos os tipos de problemas. Surge dessa problemática, o surgimento dos estudiosos do comportamento.
O século em que vivemos é marcado pela falsa impressão de que a humanidade encontrou todas as respostas para todos os tipos de situações. Os feitos do homem são exaltados e algumas pessoas afirmam que há um pouco da divindade em cada ser humano. Tudo o que acontece ao nosso redor pode ser explicado pelos chamados especialistas no comportamento humano. Exemplificando: Se você está com problemas na educação dos seus filhos é só chamar a Supernany e tudo será resolvido. No programa de TV, dentro de poucos dias, crianças desobedientes e mimadas se tornam obedientes e educadas. É um verdadeiro milagre, só não se esqueça de que é só um programa de televisão, se a cena não ficou de acordo com o roteiro do programa é só gravar novamente e pronto. Se for necessário, gravam-se várias vezes a mesma cena até a criança agir conforme o esperado. Será que na vida real as coisas acontecem tão facilmente assim?
Os economistas estão sempre dando conselhos sobre como solucionar os problemas financeiros da população. A dica parece, num primeiro momento, infalível, é só guardar 10% da renda numa caderneta de poupança ou numa outra aplicação. O que eles se esquecem de explicar é a mágica que deve ser feita pelo pai de família que ganha um salário mínimo e tem que sustentar uma casa. Como guardar algum dinheiro nestas circunstâncias? Ainda não surgiu nenhum especialista com a resposta para esse questionamento. Afirmar que no nosso país há acentuada desigualdade social é “chover no molhado”, mas milhões de cidadãos estão limitados por alguns fatores que limitam a sua esfera de ação. Dar um conselho quando se tem dinheiro suficiente para sobreviver com certo conforto é fácil, o difícil é aconselhar quando há escassez de recursos. Pare para pensar por um instante, quando é que você viu nos meios de comunicação alguém muito humilde dando um conselho sofre como administrar as finanças pessoais. É claro que alguém sem recursos financeiros não pode ser considerado um especialista na área, pelo menos é isso o que a maioria das pessoas pensa. Os verdadeiros especialistas em economia são aqueles que conseguem sobreviver com apenas um salário mínimo e apesar disso não perder a alegria e nem a esperança em dias melhores.
O sucesso é medido pela posição social do individuo. Quando se fala em especialista em alguma área, estamos falando de um personagem que tenha conhecimento, reconhecimento público e títulos acadêmicos, mas há inúmeros outros especialistas espalhados pelo país, são pessoas comuns, sem nenhum grande talento aparente, eles andam pelas ruas e não são reconhecidos, não dão entrevistas em programas de TV, nunca escreveram nenhum livro, não recebem prêmios em reconhecimento aos seus talentos, mas dia após dia demonstram através das suas atitudes que são grandes especialistas na arte de viver. Por incrível que pareça, alguns são analfabetos, outros não dominam nem mesmo a língua materna. Pode-se encontrá-los em todos os lugares, até mesmo nos mais improváveis tais como: nas favelas, nas ruas, nas praças, nos parques, enfim, em qualquer lugar. Talvez você não os reconheça ao vê-los pela primeira vez, pois nem sempre estão vestidos “adequadamente”, alguns transitam pelas sem nenhum meio de locomoção além das suas próprias pernas. Para poder desfrutar dos seus vastos conhecimentos é preciso abandonar o preconceito. Somente depois de você se libertar de algumas barreiras é que será possível ouvi-los sem nenhum impedimento. Logicamente que não se podem descartar os ditos especialistas, eles estudaram muito e podem ajudar muito na melhoria da qualidade de vida de qualquer pessoa. O grande problema é que muitos outros especialistas nem sequer são ouvidos, pois não se enquadram no perfil de especialista.
O belo, o imponente, o popular, o mais chamativo, sempre está no centro das atenções, já aquilo que é simples, sem muitos atrativos e nem popularidade fica entregue ao esquecimento, na maioria das vezes. Você deve continuar ouvindo os chamados especialistas, mas com um olhar mais crítico, nem todos os conselhos dados são realmente úteis para a sua vida. Alguns especialistas possuem um currículo impressionante, mas dão conselhos totalmente absurdos. Se não fosse pela credibilidade e admiração que possuem ninguém prestaria atenção no que dizem.
Há pouco tempo passou na TV uma propaganda idealizada por alguns especialistas. A propaganda em questão dizia abertamente: Faça sexo a vontade, só não se esqueça de usar a camisinha. Ninguém explicou no comercial as conseqüências nefastas de se viver na promiscuidade. Uma famosa revista voltada para o público feminino aconselhou: A mulher para ser totalmente realizada na vida precisa fazer sexo pelo menos uma vez na vida com dois homens ao mesmo tempo. Que conselho absurdo! Você não pode em hipótese alguma acatar tal pensamento.
Ouvir conselhos e orientações é muito saudável, mas há um grande perigo se a fonte não for fidedigna, pois em vez de ajudá-lo nas suas dificuldades, os especialistas podem tornar a sua vida ainda mais difícil.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O ataque

Sempre que estou nas ruas trabalhando como carteiro fico atento com os cães, eles são imprevisíveis e sempre estão me espreitando. Apesar de todos os cuidados, nem sempre é possível me proteger do seu ataque. Alguns cães são traiçoeiros, atacam sorrateiramente. Encontrei um desses cães quando trabalhava no bairro Inês Andreazza. Entrei no bairro por volta das 13h, logo após o horário de almoço. O clima estava muito bom naquela tarde, sol e temperatura amena, ideal para o trabalho do carteiro.
Logo na primeira rua do bairro, tive um encontro com o melhor amigo do homem. Lembro-me bem que eu estava na quinta casa da rua, havia uma carta para ser entregue, coloquei a carta na caixa de correspondência e senti uma dor muito forte no calcanhar.Ao olhar para trás foi que percebi a causa daquela dor; um cão havia me mordido. O animal deu a mordida e fugiu para a sua casa que ficava no outro lado da rua. Os seus dentes furaram o meu calcanhar. Não havia ninguém na rua naquele momento. Atravessei a rua e fui até a casa do dono do cão, bati palmas, saiu uma senhora para me atender, expliquei que o cão tinha me mordido. A mulher rapidamente foi prender o animal. Após pedir muitas desculpas, ela trouxe a carteira de vacinação do cachorro para mostrar-me que o cão era vacinado. Aceitei as desculpas, mas disse:
- A senhora não pode deixar esse cachorro solto, não há nem cerca na sua casa. Por favor, prenda-o.
Acho que devido ao susto que ela tomou, nunca mais tive problemas com aquele cachorro. Sempre que eu chegava naquela casa para efetuar a entrega, o animal ficava descontrolado. Ainda bem que ele estava amarrado, tenho certeza de que não seria mais o meu calcanhar que ele queria morder. A única coisa boa nessa história é que a mulher foi consciente e prendeu o animal, isso é raro de acontecer. Normalmente as pessoas pouco se importam e os animais vivem soltos dificultando o trabalho do carteiro e pondo em risco a sua integridade física.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Artigo "Oportunidades"

Foi publicado na edição do dia 09/08/10 um artigo( Oportunidades) de minha autoria no Jornal Regional.

Oportunidades
O pensamento geral é o de que a vida poderia nos proporcionar mais oportunidades. A falta de oportunidade nos limitaria a viver na mesmice. Almejamos conseguir muitas coisas. Vivemos na expectativa de que algo especial aconteça. Pensamos que se conseguíssemos atingir os nossos objetivos, seriamos pessoas mais felizes e confiantes. Lamentamos profundamente a escassez de oportunidades. A impressão que temos é que elas nunca surgirão, pelo menos para nós. Será mesmo que estamos presos a falta de oportunidades na vida? Estamos aproveitando ao máximo as chances que surgem? Essas são perguntas muito oportunas. Gostaria de ilustrar o meu pensamento com a seguinte história.
No livro Sapos Fervidos ou Ossos Dançantes, Braga conta a história do homem que não tinha sorte. Diz que por isto ele vivia se lamentando na cidade em que morava ao ponto de as pessoas cortarem volta para não esbarrar com ele. Certo dia saiu pelo mundo à procura de um sábio de quem ouviu falar que tinha a solução para todos os problemas. Passando por uma floresta, encontrou um lobo muito desanimado, fraco, sem muita vontade para nada, que lhe respondeu não saber o porquê de estar assim e logo lhe pediu que expusesse ao sábio seu problema para ver se teria a resposta. Deixando o lobo, o homem deparou-se com uma árvore muito grande, porém murcha, quase sem folhas, meio ressecada, na beira de um lago. A sua pergunta, a árvore respondeu que não sabia por que estava assim, mas que contasse seu problema ao sábio para ver se teria a solução. Mais adiante, numa casa maravilhosa em meio a um campo florido, o homem encontrou a mulher mais linda que já vira, mas ela não parecia bem, com um olhar melancólico. À pergunta do homem que não tinha sorte do porque de estar assim, a mulher respondeu que não sabia, mas também lhe pediu que expusesse seu caso ao sábio e esperaria por uma solução.
Após estar com o sábio, o homem que não tinha sorte retornava feliz por causa da solução que encontrara. Passando na casa da mulher, ela indagou-lhe sobre o que o sábio tinha dito para solucionar o seu problema. Ele respondeu que sua melancolia se tratava de solidão, mas o sábio lhe indicara que encontrasse um homem e se casasse. Satisfeita, ela sugeriu que se casassem, mas ele recusou, dizendo que o sábio lhe dissera que devia aprender a agarrar as oportunidades e ele precisava correr para sua cidade para fazer justamente isto. Ao passar pela árvore, ele contou-lhe que seu problema era um grande tesouro enterrado em sua raiz, impedindo-a de abastecer-se da água do lago. Bastava que pedisse a algum homem para retirar o tesouro e ela ficaria saudável e viçosa. Satisfeita, a árvore pediu-lhe que fizesse isso, mas ele recusou-se, dizendo que não podia, pois precisava correr para agarrar as oportunidades. Ao encontrar o lobo, disse-lhe que o sábio falara que seu mal era fome, recomendando que tomasse mão do primeiro idiota e o comesse, recuperando a força. E antes que o homem pudesse escapar, o lobo tomou toda força que lhe restava, agarrou-o e devorou.Perceba que, muitas vezes não é a falta de oportunidade que nos limita, elas aparecem constantemente nas nossas vidas, às vezes o que nos falta é uma visão mais abrangente da realidade. Numa das suas famosas frases, William Shakespeare afirmou: “Aprendi que as oportunidades nunca
são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu”. Quantas vezes desperdiçamos grandes oportunidades pelo simples fato de não valorizarmos as pequenas coisas. Esperamos algo grandioso. Em muitos casos, a simplicidade se sobrepõe a grandiosidade. É preciso aproveitar todas as chances que a vida nos oferecer. Se novas oportunidades estão demorando a aparecer, explore com criatividade as suas próprias ideias e crie as suas próprias oportunidades. O pensador Francis Bacon foi muito sábio ao escrever: “O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las”. Pare de se lamentar. Tenha a humildade para aceitar que você precisa mudar de atitude. Faça isso e aproveite ao máximo as oportunidades que surgirem naturalmente ou mesmo aquelas que forem criadas por você.

domingo, 8 de agosto de 2010

Esposa dos amigos

Um do livros de que mais gostei foi "A Batalha de Todo Homem "de Stephen Arterburn & Fred Stoeker. Nas páginas 198-199 os autores aconselham:
"Muito está em jogo para que você seja descuidado com suas defesas em relação a qualquer mulher, e isso inclui as esposas de seus amigos. Se seu melhor amigo lhe desse todos os seus bens e lhe dissesse para tomar conta deles, você provavelmente investiria com sabedoria e não arriscaria. Mais importante, você não deveria arriscar com a esposa dele, o amor mais precioso que ele possui.
Você já sentiu alguma atração pela esposa de um amigo? Sem perímetros de defesa, provavelmente muitas atrações existiriam. Você é um homem. Atrações acontecem. O que você faz?
Você começa com a verdade: Eu não tenho o direito a nenhum relacionamento com a esposa do meu amigo, a não ser o relacionamento de amizade. Lembre-se principalmente de que não existe nada mais perigoso que conversar com a esposa de um amigo quando as coisas estão ruins, tanto no seu casamento como no dela.
Não que você não confie na esposa do seu amigo. É que você não quer que nada se inicie. Ela deve ser como uma irmã para você, sem qualquer sinal de atração entre vocês.
Você sempre terá alguma relação com a esposa de um amigo, mas limite-a quando seu amigo estiver por perto. Isso não é sempre possível, mas estas regras simples podem protegê-lo.
1. Limite todas as conversas entre você e a esposa de seu amigo, a menos que sua esposa ou seu amigo esteja com você. Mantenha o assunto leve e breve.
2. Se você ligar para seu amigo e ele não estiver em casa, desligue logo o telefone se a esposa dele atender. Não seja rude, mas não planeje conversar mais do que o suficiente com ela.
3. Se você passar na casa do seu amigo e ele não estiver, ela pode convidá-lo para entrar. O que você faz neste caso? Educadamente recuse o convite. A que propósito serviria você ficar?
4. Capture quaisquer atrações em relação à esposa do seu amigo e acabe totalmente com elas. Nunca, mas nunca mesmo, diga a si próprio: Ah, eu consigo administrar isso, sem problemas. Você precisa acabar deliberadamente com os pensamentos para que ela não veja os sinais de atração e decida corresponder com os dela. Não lhe dê nenhuma oportunidade de enviar um sinal de resposta.
Você pode achar estas precauções muito estritas e rígidas, mas o estamos aconselhando como medidas de segurança. Na prática, esta abordagem não é restritiva. As esposas dos seus amigos estão com seus amigos na maioria do tempo, então as regras nem sempre se aplicam. Raramente você estará sozinho com a esposa de um amigo".

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O tamanho da inteligência

A Revista Superinteressante, edição 256 de setembro de 2008 publicou uma reportagem de Rodrigo Rezende intitulada Inteligência. Achei o texto muito interessante e selecionei um trecho que julgo ser muito esclarecedor sobre o tema em questão. Confira abaixo!
O tamanho da inteligência
Paris, começo do século 20. O psicólogo Alfred Binet recebe uma tarefa do ministro da Educação da França: encontrar um meio de prever quais crianças vindas do interior do país teriam mais possibilidade de enfrentar dificuldades na escola – o governo queria oferecer educação especial a elas. Em 1905, ele publica um teste de raciocínio verbal e matemático, com questões que testam a memória e o potencial de resolver problemas de lógica. O objetivo de Binet era medir a capacidade de compreensão pura e simples, não o conhecimento prévio, colocando em pé de igualdade crianças que só sabiam capinar mato com as que recitavam Shakespeare. Pouco depois, o alemão Wilhelm Stern criou um sistema de pontuação-padrão para o teste e lhe deu o nome de Intelligenz-Quotient. Nascia o método mais-bem sucedido da história para medir a inteligência: o famoso teste de QI. E ele revolucionaria o que entendemos como inteligência. Até então a maior parte dos estudiosos entendia o nosso intelecto a partir do conceito da tabula rasa, – a idéia do filósofo John Locke de que a mente humana é uma folha em branco que vai sendo preenchida durante a vida. Com a adoção dos testes de QI, esse ponto de vista perdeu terreno – afinal, se uma criança semi-analfabeta podia apresentar um QI maior que uma instruída, essa história de folha em branco era uma furada. E a inteligência passou a ser considerada cada vez mais como algo inato, como um mero produto do que está escrito nos genes. “O fato de que a maior questão atual sobre inteligência é se o QI depende 50% ou 80% dos genes mostra o quanto o debate mudou”, afirma o geneticista Marc McGull.
Mas, afinal, como uma característica que parece depender tanto do aprendizado pode estar definida ainda antes do nascimento? Na verdade, logo ao nascer a relação entre o QI e nossos genes não é assim tão evidente. Apenas 20% da inteligência dos bebês pode ser prevista a partir de fatores genéticos (é o que mostra estudos com pais e filhos). Só que, quanto mais passa o tempo, mais aumenta o poder de previsão deles. Na infância, ele sobe para 40%. Na fase adulta, decola para 60%. E após a meia-idade pode chegar a 80%. Esses dados mostram que os genes responsáveis pela inteligência podem ser vistos como uma espécie de balde, e o aprendizado durante a vida como a água que enche o balde. Ter mais educação vai levar você mais rápido a encher o balde de água. Mas, caso ele seja muito raso, não vai adiantar jogar muita água lá. Ou seja: nem toda a educação do mundo poderá tornar realmente brilhante alguém que nasceu com a inteligência apagada. Só que esse efeito tem um lado positivo: se você tiver vocação genética para ser um físico quântico ou coisa que o valha, tem como conseguir isso mesmo sem ter tido uma instrução boa na infância.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sim, você pode!

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conseguiu sucesso entre os jovens americanos usando a frase: "sim, nós podemos" Tanto é que muitos jovens movidos por essa frase o elegeram presidente.
Parafraseando a frase temos: sim, você pode. É incrível a quantidade de pessoas que perderam a fé em si mesmas. Às vezes ouve-se tanto falar em fracasso que a simples menção da palavra vitória não causa grandes reações. A familia é uma das principais fontes de encorajamento e incentivo, mas infelizmente, algumas familias em vez de acreditar nos sonhos dos seus membros os estão destruindo com palavras tais como: Você nunca vai conseguir; Desista! Você não tem talento algum, entre outras. Ao ouvir sistematicamente tais palavras tão restritivas qualquer um tende a desanimar naturalmente. Se no lar fosse pronunciada a frase: "sim, você pode" A criança desde pequena começaria a desenvolver ótima auto estima e acreditaria nas suas capacidades. Há um enorme potencial adormecido dentro de cada ser humano, é preciso acordá-lo. Palavras de incentivo sempre ajudam. Apesar das limitações que cada pessoa possui é possível realizar coisas extraordinárias. Acredite na frase: Sim, você pode!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sorri

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Charles Chaplin

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Artigo publicado( "Seu Madruga" e o trabalho)

Na edição do dia 02/08/10 foi publicado no Jornal Regional o texto de minha autoria ( "Seu Madruga" e o trabalho). Transcrevo abaixo o texto original bem como uma cópia do jornal.

“Seu Madruga” e o trabalho

Os programas de humor na TV já não são mais os mesmos. Na maioria deles, o foco principal é a exploração de piadas onde o pano de fundo é o sexo. Lembro-me que na década de 80, era um pouco diferente do que vemos hoje em dia, ou seja, não havia tanta banalização do sexo. Ao pensar nesse tempo, tenho certa nostalgia. Fico feliz que o “estilo” anos 80 voltou com força total. Naquela época, eu gostava muito de assistir um programa na televisão- na verdade, gosto até hoje- A Turma do Chaves. Dei muitas gargalhadas com as histórias simples e singelas desse seriado. Sei que nem todos gostam, pois o estilo do humor é muito diferente dos atuais. Creio que assisti a todos os episódios que foram exibidos na televisão.
Um dos personagens mais carismáticos da série era o “Seu Madruga”. Ele sempre vivia sem trabalhar, nunca tinha dinheiro e fugia constantemente para não pagar o aluguel atrasado. Gostaria de refletir sobre uma situação que aconteceu em um dos episódios.
Nunca me esqueci de um diálogo entre o “Senhor Barriga” (proprietário dos imóveis da vila) e o “Seu Madruga”. Ao cobrar mais um aluguel atrasado, o “Sr Barriga” ouviu uma frase que, para muitas pessoas é a mais pura realidade. A frase dizia o seguinte: “O trabalho não é ruim, o ruim é ter que trabalhar”. Pensemos um pouco sobre essa afirmativa. Dificilmente encontraremos pessoas que rejeitam o trabalho. Elas vão dizer que trabalhar é bom e útil ao homem. As virtudes do trabalho serão exaltadas, mas ter que trabalhar é outra coisa. Apesar de reconhecer a necessidade do trabalho, muitos não gostam de trabalhar, vivem como “Seu Madruga”, ociosos e sempre dependentes da bondade dos outros para poder comer e se vestir. Logicamente que não são todos, algumas pessoas estão impossibilitadas por problemas físicos, outros por problemas neurológicos e ainda outros pela falta de oportunidade no mercado de trabalho. Note que, sempre que podemos, fazemos o mínimo de esforço possível, como se trabalhar fosse uma maldição da qual não podemos escapar.
Quero dizer que o trabalho nunca é ruim, independente da profissão que exercemos; da mais simples até a mais sofisticada. O trabalho é uma benção em todos os sentidos. Não pense nele como um fardo. Desempenhe as suas funções com empenho e dedicação. Não corra do trabalho, ele é um grande aliado. O sucesso profissional é fruto do empenho com que desenvolvemos as nossas atividades profissionais. Sem ter um trabalho digno só nos restará recorrer à mendicância. Que a frase do “Seu Madruga” não seja uma realidade na sua vida. O mundo seria melhor para todos se as pessoas entendessem que viver na ociosidade nunca é bom. A rejeição do trabalho honesto tem gerado inúmeros crimes. Por favor, não faça parte dessa triste estatística!
“Viva para trabalhar, somente assim, não será preciso trabalhar para viver”




Isso é que é ter sorte

Ao assistir a certo filme vi uma cena que particularmente me chamou a atenção. Com um programa de edição de vídeo extrai a somente a cena. Confira abaixo o que é ter sorte.

domingo, 1 de agosto de 2010

O segundo emprego

Quando eu era jovem, arrumei emprego numa fábrica de brinquedos. O nome da indústria era Popyplast, ficava localizada ao lado da estação de trem do Brás-SP. Fui designado para trabalhar na seção de montagem dos brinquedos. O ritmo era muito intenso, com horário regulado até para ir ao banheiro. A linha de montagem precisava ser abastecida durante todo o dia. A única parada era para o almoço. Várias pessoas trabalhavam ao longo de uma extensa esteira. Cada um se responsabilizava por montar alguma peça do brinquedo. No final do processo, os brinquedos eram embalados em caixas e levados para o depósito. Eu ficava no começo da esteira colocando as cabines dos caminhões. O supervisor exigia que fosse colocado um ao lado do outro. Toda a equipe precisava trabalhar no meu ritmo.
O vestiário ficava nos fundos da fábrica. Após o término de mais um dia de trabalho, dirigi-me para o banheiro para tomar banho e me trocar. Ao sair do banho, notei que alguns colegas estavam agindo de forma estranha. Eles riam sem motivo aparente. Um deles se aproximou de mim e disse:
- Alci! Estamos numa boa. Quero que você experimente o meu lança perfume (um tipo de droga) é o máximo cara! Estou viajando e...
Agradeci o convite e recusei a oferta. Percebi que o rapaz tinha dificuldade até para terminar a sua frase. Nunca tinha posto nem um cigarro na boca e não seria agora que me envolveria com drogas. Sai do local o mais rápido que pude. Na minha ingenuidade, nunca percebi que o vestiário era ponto de encontro dos funcionários que usavam drogas. Nunca mais entrei ali. Sempre tive repulsa por todo tipo de drogas alucinógenas.
O refeitório ficava nas dependências da empresa. Cada um levava a sua marmita. Um dia estava comendo numa das mesas quando fui rir de uma piada que o meu primo (trabalhávamos juntos) tinha contado. O meu erro foi tentar rir com um pedaço de carne na boca. Engasguei-me. Comecei a babar e a pele do meu rosto mudou de tonalidade. As pessoas que estavam ao redor pensaram que eu estava brincando. A situação foi se agravando. Corri até o bebedouro e enchi a boca d’água. Eu estava sem ar. Uma mulher percebeu que eu não estava brincando e bateu com as mãos nas minhas costas. O pedaço de carne não saiu. Então, ela me segurou pela cintura e apertou a minha barriga com força. O pedaço de carne foi expelido a alguns metros de distância. Ao olhar ao meu redor, percebi que todos os olhares estavam voltados pra mim. Sai do local muito envergonhado. Pensei que iria morrer naquele dia.
No outro dia de manhã, tive que agüentar a gozação. Alguns colegas colocavam as rodas dos carrinhos na boca e cuspiam longe. O objetivo era ver quem conseguia atingir a maior distância. Fui motivo de chacota por vários dias. Apelidaram-me de esfomeado.