1° conselho- Em hipótese alguma experimente qualquer tipo de droga, você nunca sabe se será um viciado no futuro. O caminho mais seguro é fugir de qualquer ambiente onde o seu uso é frequente, mesmo que seja no meio dos amigos.
Ouvi falar que o primeiro emprego é algo muito marcante nas nossas vidas, no meu caso, o que realmente me marcou foi o meu segundo emprego, pois foi o primeiro com “carteira assinada” além de ter acontecido algumas coisas muito interessantes comigo. Fui contratado para trabalhar numa fábrica de brinquedos. O nome da indústria era Popyplast, ficava localizada ao lado da estação de trem do Brás em São Paulo. Fui designado para trabalhar na seção de montagem dos brinquedos. O ritmo era muito intenso, com horário regulado até para ir ao banheiro. A linha de montagem precisava ser abastecida durante todo o dia. A única parada era para o almoço. Várias pessoas trabalhavam ao longo de uma extensa esteira. Cada um se responsabilizava por montar alguma peça do brinquedo. No final do processo, os brinquedos eram embalados em caixas e levados para o depósito. Eu ficava no começo da esteira colocando as cabines dos caminhões. O supervisor exigia que fosse colocado um ao lado do outro. Toda a equipe precisava trabalhar no meu ritmo.
O vestiário ficava nos fundos da fábrica. Após o término de mais um dia de trabalho, dirigi-me para o banheiro para tomar banho e me trocar. Ao sair do banho, notei que alguns colegas estavam agindo de forma estranha. Eles riam sem motivo aparente. Um deles se aproximou de mim e disse:
- Alci! Estamos numa boa. Quero que você experimente o meu lança perfume. É o máximo cara! Estou viajando e...
Agradeci o convite e recusei a oferta. Percebi que o rapaz tinha dificuldade até para terminar a sua frase. Sai do local o mais rápido que pude. Na minha ingenuidade, nunca percebi que o vestiário era ponto de encontro dos funcionários que usavam drogas. Nunca mais entrei ali. Deixei para tomar banho em casa. Dependendo das circunstâncias, o melhor a se fazer é fugir para bem longe do perigo.
2° conselho- Não leve tão a sério as brincadeiras que fizerem com você. Entre no jogo e ria junto, se as brincadeiras o chateiam muito converse com os “engraçadinhos” e releve o seu descontentamento.
O refeitório ficava nas dependências da empresa. Cada um levava a sua marmita. Um dia estava comendo numa das mesas quando fui rir de uma piada que o meu primo (trabalhávamos juntos) tinha contado. O meu erro foi tentar rir com um pedaço de carne na boca. Engasguei-me. Comecei a babar e a pele do meu rosto mudou de tonalidade. As pessoas que estavam ao redor pensaram que eu estava brincando. A situação foi se agravando. Corri até o bebedouro e enchi a boca d’água. Eu estava sem ar. Uma mulher percebeu que eu não estava brincando e bateu com as mãos nas minhas costas. O pedaço de carne não saiu. Então, ela me segurou pela cintura e apertou a minha barriga com força. O pedaço de carne foi expelido a alguns metros de distância. Ao olhar ao meu redor, percebi que todos os olhares estavam voltados pra mim. Sai do local muito envergonhado. No outro dia de manhã, tive que aguentar a gozação. Alguns colegas colocavam as rodas dos carrinhos na boca e cuspiam longe. O objetivo era ver quem conseguia atingir a maior distância. Fui motivo de chacota por vários dias. Apelidaram-me de esfomeado. Como era muito tímido não tive coragem para expor o meu descontentamento em relação às piadas, por isso procurei me esconder dos outros. Lembre-se que a timidez em excesso é algo que nos limita, além disso, ela não escolhe idade para se manifestar. Apesar de ser difícil para algumas pessoas, se elas se sentirem ofendidas por ser o motivo de piadas, é preciso demonstrar claramente que não estão gostando de determinada brincadeira. Rir é muito bom, mas não tem graça ferir os sentimentos dos outros. Se puder, ria de si mesmo!
3° conselho- Se agir com irresponsabilidade aceite as consequências dos seus atos.
Para pegar o trem na estação do Brás com destino a Guaianazes tinha que caminhar vários quarteirões. A preguiça me colocou numa difícil situação. Ao sair do trabalho, combinei com um colega de pular o muro da estação do trem e pegar um atalho, além de economizar com o valor da passagem. Sabia que estava fazendo algo errado, mas mesmo assim, resolvemos ir avante com o nosso plano. Tudo estava ocorrendo como previsto, pulamos o muro e estávamos andando sobre os trilhos, de repente, ouvimos o som de um apito, ao olhar para trás foi que percebi que tinha um guarda estava atrás de nós. Começamos a correr com todas as nossas forcas, mas fomos alcançados facilmente. Depois de levarmos uma bronca daquelas, fomos obrigados a pular o muro novamente. Quando pulei o muro, notei que ele estava todo sujo de óleo e de graxa. Sujei toda a minha roupa. O guarda ria da nossa situação. Fui o centro das atenções na estação de trem, logo eu que procurava ser discreto. Depois desse dia, nunca mais pulei o muro para não pagar a passagem. Infelizmente, menti para a minha mãe sobre o que tinha acontecido, se ela soubesse da verdade, eu estaria realmente encrencado. Cometi dois erros graves. O primeiro erro foi tentar ser esperto agindo de forma errada. O segundo erro foi esconder a verdade usando o artifício da mentira. A lição que aprendi é que devo responder pelos meus atos assim como você deve responder pelos seus.Siga os três conselhos acima e tenha a certeza de que eles irão livrá-lo de muitos aborrecimentos.
Ouvi falar que o primeiro emprego é algo muito marcante nas nossas vidas, no meu caso, o que realmente me marcou foi o meu segundo emprego, pois foi o primeiro com “carteira assinada” além de ter acontecido algumas coisas muito interessantes comigo. Fui contratado para trabalhar numa fábrica de brinquedos. O nome da indústria era Popyplast, ficava localizada ao lado da estação de trem do Brás em São Paulo. Fui designado para trabalhar na seção de montagem dos brinquedos. O ritmo era muito intenso, com horário regulado até para ir ao banheiro. A linha de montagem precisava ser abastecida durante todo o dia. A única parada era para o almoço. Várias pessoas trabalhavam ao longo de uma extensa esteira. Cada um se responsabilizava por montar alguma peça do brinquedo. No final do processo, os brinquedos eram embalados em caixas e levados para o depósito. Eu ficava no começo da esteira colocando as cabines dos caminhões. O supervisor exigia que fosse colocado um ao lado do outro. Toda a equipe precisava trabalhar no meu ritmo.
O vestiário ficava nos fundos da fábrica. Após o término de mais um dia de trabalho, dirigi-me para o banheiro para tomar banho e me trocar. Ao sair do banho, notei que alguns colegas estavam agindo de forma estranha. Eles riam sem motivo aparente. Um deles se aproximou de mim e disse:
- Alci! Estamos numa boa. Quero que você experimente o meu lança perfume. É o máximo cara! Estou viajando e...
Agradeci o convite e recusei a oferta. Percebi que o rapaz tinha dificuldade até para terminar a sua frase. Sai do local o mais rápido que pude. Na minha ingenuidade, nunca percebi que o vestiário era ponto de encontro dos funcionários que usavam drogas. Nunca mais entrei ali. Deixei para tomar banho em casa. Dependendo das circunstâncias, o melhor a se fazer é fugir para bem longe do perigo.
2° conselho- Não leve tão a sério as brincadeiras que fizerem com você. Entre no jogo e ria junto, se as brincadeiras o chateiam muito converse com os “engraçadinhos” e releve o seu descontentamento.
O refeitório ficava nas dependências da empresa. Cada um levava a sua marmita. Um dia estava comendo numa das mesas quando fui rir de uma piada que o meu primo (trabalhávamos juntos) tinha contado. O meu erro foi tentar rir com um pedaço de carne na boca. Engasguei-me. Comecei a babar e a pele do meu rosto mudou de tonalidade. As pessoas que estavam ao redor pensaram que eu estava brincando. A situação foi se agravando. Corri até o bebedouro e enchi a boca d’água. Eu estava sem ar. Uma mulher percebeu que eu não estava brincando e bateu com as mãos nas minhas costas. O pedaço de carne não saiu. Então, ela me segurou pela cintura e apertou a minha barriga com força. O pedaço de carne foi expelido a alguns metros de distância. Ao olhar ao meu redor, percebi que todos os olhares estavam voltados pra mim. Sai do local muito envergonhado. No outro dia de manhã, tive que aguentar a gozação. Alguns colegas colocavam as rodas dos carrinhos na boca e cuspiam longe. O objetivo era ver quem conseguia atingir a maior distância. Fui motivo de chacota por vários dias. Apelidaram-me de esfomeado. Como era muito tímido não tive coragem para expor o meu descontentamento em relação às piadas, por isso procurei me esconder dos outros. Lembre-se que a timidez em excesso é algo que nos limita, além disso, ela não escolhe idade para se manifestar. Apesar de ser difícil para algumas pessoas, se elas se sentirem ofendidas por ser o motivo de piadas, é preciso demonstrar claramente que não estão gostando de determinada brincadeira. Rir é muito bom, mas não tem graça ferir os sentimentos dos outros. Se puder, ria de si mesmo!
3° conselho- Se agir com irresponsabilidade aceite as consequências dos seus atos.
Para pegar o trem na estação do Brás com destino a Guaianazes tinha que caminhar vários quarteirões. A preguiça me colocou numa difícil situação. Ao sair do trabalho, combinei com um colega de pular o muro da estação do trem e pegar um atalho, além de economizar com o valor da passagem. Sabia que estava fazendo algo errado, mas mesmo assim, resolvemos ir avante com o nosso plano. Tudo estava ocorrendo como previsto, pulamos o muro e estávamos andando sobre os trilhos, de repente, ouvimos o som de um apito, ao olhar para trás foi que percebi que tinha um guarda estava atrás de nós. Começamos a correr com todas as nossas forcas, mas fomos alcançados facilmente. Depois de levarmos uma bronca daquelas, fomos obrigados a pular o muro novamente. Quando pulei o muro, notei que ele estava todo sujo de óleo e de graxa. Sujei toda a minha roupa. O guarda ria da nossa situação. Fui o centro das atenções na estação de trem, logo eu que procurava ser discreto. Depois desse dia, nunca mais pulei o muro para não pagar a passagem. Infelizmente, menti para a minha mãe sobre o que tinha acontecido, se ela soubesse da verdade, eu estaria realmente encrencado. Cometi dois erros graves. O primeiro erro foi tentar ser esperto agindo de forma errada. O segundo erro foi esconder a verdade usando o artifício da mentira. A lição que aprendi é que devo responder pelos meus atos assim como você deve responder pelos seus.Siga os três conselhos acima e tenha a certeza de que eles irão livrá-lo de muitos aborrecimentos.
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