Leio
semanalmente a Revista Época e fiquei surpreso com o teor do texto: Uma criança=papai +mamãe da colunista
Ruth de Aquino na edição de 21 de janeiro de 2013.
Após
ler atentamente os argumentos em defesa dessa “nova família” tão defendida pela
mídia fiquei a pensar que talvez eu seja mesmo uma peça rara de museu. Parece
que defender a chamada família tradicional virou motivo de chacota para muitos
formadores de opinião. Fiquei me perguntando se há realmente alguma razão para
criticar a manifestação que ocorreu em Paris. Se os homossexuais podem livremente fazer
manifestações públicas em defesa daquilo que consideram serem os seus direitos
por que é os demais membros da sociedade não podem expor as suas convicções não
concordando com o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo ou outro
pensamento divergente? O que é condenável é condenar alguém apenas pela sua
opção sexual. Sou totalmente a favor do direito das pessoas de viverem da forma
que acharem melhor, mas mesmo a escolha pela relação homo afetiva tem o seu
preço e isso é inevitável.
O
texto cita o caso de uma menina de 10 anos filha de um casal homossexual que
está muito bem integrada na escola, mas isso nem de longe pode ser considerado
uma unanimidade nos lares homossexuais.
Discordo
da autora quando diz que: “Os héteros mais fanáticos surtam só de pensar que um
casal gay, de homens e mulheres, tenha direito à paternidade ou á maternidade”.
Será mesmo que tudo não passa de puro fanatismo? A ideia de pessoas preocupadas
unicamente com a formação e o bem estar dessas crianças não me parece tão
absurda assim.
Gostaria
de deixar uma pergunta no ar. Se a sociedade acabar aceitando numa boa o
casamento homossexual como prevê o texto tudo estará resolvido como num simples
passe de mágica?
É
natural que nas famílias tradicionais tenha problemas entre os seus membros,
mas isso não significa que uma família homossexual não tenha os mesmo problemas
e talvez ainda maiores por uma série de razões óbvias.
O
abandono e a falta de amor para com as crianças não é exclusividade de pais
héteros. Um casal gay vive os mesmos desafios enfrentados por qualquer outro
casal. Há a possibilidade de separação, abandono, violência doméstica, maus
tratos, abusos e quem mais sofre com tudo isso são as crianças.
Posso
afirmar com todas as letras que a família “arrumadinha e feliz” ao contrário do
que o texto sugere existe sim e asseguro que me sinto plenamente realizado como
homem, marido e pai de uma preciosa menina. Lamento profundamente que a maioria
das pessoas viva num relacionamento fracassado, sem saber de fato o que é se
sentir verdadeiramente amado e nem o que é amar. É fato incontestável que nesse
novo mundo que tanta gente defende, a figura de um pai e de uma mãe criando
juntos os seus filhos com amor ainda é insubstituível. A família dita
tradicional não está falida em hipótese alguma. Ela ainda é o grande
sustentáculo da sociedade e isso dificilmente irá mudar como alguns almejam.
A
própria natureza se encarregou de exaltar o relacionamento heterossexual, pois,
naturalmente, um casal homossexual jamais poderá perpetuar a nossa espécie.
Acho
que a mulher é a obra prima da criação. Ela merece todas as conquistas que vem
tendo ultimamente, mas quando ela saiu do seu lar para conquistar o mundo quem
mais perdeu foram os seus filhos com a sua ausência. O resultado está estampado
nas capas de revistas, jornais e nos noticiários dos telejornais.
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