domingo, 16 de agosto de 2009

Mas eu não consigo...



Quantas coisas poderiam ser feitas se nós não estivéssemos limitados por essas duas palavras: “não consigo”. Diante de qualquer desafio, surge na nossa mente essa barreira que parece ser intransponível. Depois de refletirmos, chegamos à infeliz conclusão que a melhor coisa a se fazer é nem tentar. O nosso foco deveria ser: “eu consigo”. Sei que não é fácil acreditar, mas apesar de nossas limitações, devemos seguir em frente com coragem e fé. Certa vez, li um história maravilhosa. Relato essa grande lição para que você reflita sobre a sua postura diante dos desafios da vida.
Essa história foi contada por Chick Moorman, e aconteceu numa escola primária do estado de Michigan, Estados Unidos. Ele era supervisor e incentivador dos treinamentos que ali eram realizados e um dia viveu uma experiência muito instrutiva, conforme ele mesmo narrou:
Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti. Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa, preenchendo uma folha de caderno com idéias e pensamentos.
Uma aluna de dez anos, mais próxima de mim, estava enchendo a folha de “não consigos”. ‘Não consigo chutar a bola de futebol além da segunda base’.’Não consigo fazer divisões longas com mais de três números’.’Não consigo fazer com que a Debbie goste de mim’.
Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo o que não conseguiam fazer. A essa altura, a atividade despertara minha curiosidade. Decidi verificar, a professora também estava ocupada, escrevendo uma lista de “não consigos”.
Frustrado com meus esforços em determinar porque os alunos estavam trabalhando com negativas, em vez de escrever frases positivas, voltei para o meu lugar e continuei minhas observações.
Escreveram por mais dez minutos. A maioria encheu sua página. Alguns começaram outra. Depois foram instruídos a dobrar as folhas ao meio e colocá-las numa caixa de sapatos, vazia, que estava sobre a mesa da professora.
Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa, Donna (a professora) acrescentou as suas, tampou a caixa, colocou-a embaixo do braço e saiu pela porta do corredor. Os alunos a seguiram. E eu segui os alunos.
Logo à frente, a professora entrou na sala do zelador e saiu com uma pá. Depois seguiu ao pátio da escola, conduzindo os alunos até o canto mais distante do playground. Ali começaram a cavar.
Era o enterro do “não consigo”
Quando a escavação terminou, a caixa do “não consigo” foi depositada no fundo e rapidamente coberta com terra. Trinta e uma crianças de dez e onze anos permaneceram de pé, em torno da sepultura recém cavada. Donna então proferiu os louvores.
Amigos! Estamos hoje reunidos para honrar a memória do “não consigo”. Enquanto esteve conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos nós, de alguns mais do que de outros. Seu nome, infelizmente, foi mencionado em cada instituição pública- escolas, prefeituras, assembléias legislativas e até mesmo na Casa Branca. Providenciamos um local para seu descanso final e uma lápide que contém seu epitáfio. Permanecem vivos, mais do que nunca, seus irmãos e irmãs ‘eu consigo’, ‘eu vou’ e ‘eu vou imediatamente’. Que ‘não consigo’ possa descansar em paz e que todos os presentes possam retomar suas vidas sem ele. Amém.
Ao escutar suas palavras, entendi que aqueles alunos jamais esqueceriam a lição. A atividade era simbólica: uma metáfora da vida. O ‘não consigo’ estava enterrado para sempre.
Logo após, a sábia professora encaminhou os alunos de volta à classe e promoveu uma festa. Como parte da celebração, Donna recortou uma grande lápide de papelão e escreveu as palavras ‘não consigo’ no topo, ‘descanse em PAZ’ no centro, e a data embaixo.
A lápide de papel ficou pendurada na sala de aula de Donna durante o resto do ano. Nas raras ocasiões em que um aluno se esquecia e dizia ‘não consigo’ Donna simplesmente apontava o cartaz, lembrando de que aquela condição estava morta, e reformulava a frase.
Preciso dizer a você; o ‘não consigo’ já morreu. Tire esse peso da sua vida. Enterre-o de uma vez por todas. A partir de agora, o único que vive é ‘eu consigo’.

Nenhum comentário:

Postar um comentário