domingo, 21 de julho de 2013

Guerra declarada

A guerra já foi declarada e o inimigo é traiçoeiro, para piorar a situação ele ainda conta com os benefícios de ser uma figura carismática e, além do mais, é querido pelo povo. Como derrotar um inimigo tão poderoso? A pergunta é difícil e desafiadora.
É preciso deixar claro que nessa guerra não há armas, mas a vida de muitas pessoas está em risco. O assunto é tão sério que poderíamos dizer que uma classe de pessoas, diariamente, corre o perigo até de perder a vida. Você precisa conhecer os personagens para poder escolher de que lado ficar no campo de batalha. 
A batalha está espalhada por todo o país, mas vamos focar num local específico para podermos entender a gravidade da situação. A cidade escolhida, no momento, vive o conflito intensamente sem que ao menos a maioria da sua população tenha consciência do que está realmente acontecendo.
Na fronteira do Brasil com o Paraguai está localizado o município de Ponta Porã. Na medida em aumenta a população cresce também a quantidade de inimigos. Como assim? Vamos explicar melhor. Com o crescimento do número de construções há também um aumento considerável no número de animais de estimação nas casas. Na periferia da cidade muitos imóveis não possuem um muro ou cerca e aí é que mora o maior perigo. Você deve estar se perguntando: Perigo para quem?
Diariamente, os carteiros percorrem todas as ruas, becos e avenidas da cidade com uma tarefa muito especial. Eles enfrentam enormes desafios para entregar nas casas as correspondências e encomendas tão esperadas. Talvez alguém possa pensar que o maior inimigo do carteiro é o trânsito, a chuva, o calor intenso, as baixas temperaturas em determinada época do ano, nada disso! O maior desafio para um carteiro é ter que enfrentar, todos os dias, o ataque de cães. Infelizmente, há pessoas que ainda não se conscientizaram de que o seu animal de estimação pode se tornar numa arma mortal. Obviamente que nem todos os cães são ferozes, mas como é que o carteiro vai saber quais as reais intenções do animal quando corre atrás dele? 
Ninguém em sã consciência deixa um cão solto com o propósito de que ele machuque as pessoas, mas, muitas vezes, por descuido um portão fica aberto ou o cão fica solto nas ruas e quem mais sofre com isso é justamente o carteiro.
Nos últimos meses uma série de ataque de cães deixou cinco carteiros feridos em Ponta Porã. A mordida de um cão é muito dolorida, além disso, dependendo da gravidade dos ferimentos o profissional precisa ficar afastado por diversos dias do seu trabalho e isso acaba afetando a entrega das correspondências. O mais prejudicado é o carteiro que além de ter que conviver com a dor ainda precisa arcas com o custo dos medicamentos.
Quando o carteiro pede para que o morador não deixe solto o cão nas ruas, muitas vezes a resposta que ele ouve é totalmente absurda:
“Se o cachorro te morder o problema é seu”.
“Está achando ruim, então pegue o cachorro e leve pra você”.
“Não estou nem aí”.
A triste experiência de um carteiro merece ser comentada. Ao efetuar a entrega em determinado bairro da cidade, um cão muito feroz estava solto na rua e o atacou, para se defender ele pegou uma pedra e acertou o animal, quando o dono viu a cena imediatamente partiu para a agressão física contra o carteiro. Julgue você mesmo quem é a vitima é quem é o agressor.

Deixamos uma dica para que o poder legislativo municipal crie uma lei com multa para quem deixar cachorro solto nas ruas. Não são somente os carteiros que estão em perigo, mas também crianças, jovens, adultos e idosos. Antes que uma tragédia aconteça que as devidas providências sejam tomadas.