segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Convite no semáforo

As ruas do centro de Ponta Porã estão cada vez mais movimentadas. Muitos moradores do município se surpreendem com tanta agitação. A economia cresce a cada ano, o comércio é vibrante, novas construções estão por toda parte. Os automóveis dividem o pouco espaço disponível com motocicletas e pedestres. Há alguns anos o trânsito era tranquilo, tipicamente de uma cidade do interior, mas atualmente está faltando vagas na área central para estacionar.
Além do crescente número de veículos trafegando pelas ruas e do número de turistas na fronteira, outra coisa está chamando a atenção dos mais observadores. Na principal avenida da cidade um novo estilo de propaganda está sendo feito com certo sucesso. O produto a venda é voltado especificamente para o público masculino e não está exposto em nenhuma vitrine de loja e nem muito menos nos supermercados. A exposição é feita na rua mesmo, diante de todo mundo. Todos podem analisar rapidamente o material e ver se vale a pena adquiri-lo.
Quando os veículos param no semáforo os clientes em potencial são abordados e recebem um cartão de divulgação contendo um telefone para contato. Algumas pessoas que nunca teriam coragem de ir pessoalmente à “loja” para comprar o produto se sentem mais a vontade para comprá-lo por telefone. A ligação é mais discreta e proporciona aos compradores o sigilo.
O produto em questão está no mercado a milhares de anos e chama a atenção de todos os que passam pelo local. Ninguém fica indiferente. É possível perceber claramente a reação das pessoas, algumas delas cochicham, outras riem. As senhoras se escandalizam e muitos dos homens que passam por ali apenas se divertem com a exposição inusitada.
Sempre que o produto precisa conquistar mais mercado, sempre que as vendas estão abaixo do esperado é utilizada a estratégia de sair à procura de novos consumidores. A técnica de vendas é arrojada. O principal objetivo é aumentar o volume das vendas e para que isso aconteça todos os esforços são feitos.
As mulheres que expõe o produto são jovens e sorridentes, com isso elas pretendem conquistar a simpatia dos futuros clientes. Com a presença cada vez maior de turistas na região de fronteira o produto é cada vez mais procurado. Há alguns anos ele estava restrito a certos lugares da cidade e não era muito divulgado, mas atualmente tudo mudou. A propaganda feita é agressiva e com objetivos claramente definidos. Não fique surpreso se ao parar o seu veiculo no cruzamento da Avenida Brasil com a Rua Sete de Setembro você for abordado por algumas mulheres oferecendo aquilo que consideram ser um bem a ser vendido. A luz do dia, sem nenhum pudor, elas estão oferecendo os seus próprios corpos a troco de dinheiro. É a triste realidade das grandes cidades brasileiras chegando de vez a nossa querida Princesinha dos Ervais.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Prenda esse homem!

Um jovem casal reuniu-se e decidiu fazer uma viajem com destino à cidade de Dourados. A viagem seria curta, cerca de 120 quilômetros. O percurso todo normalmente demora menos de duas horas. Iriam visitar parentes, especificamente irmãos e sobrinho. Saíram de casa ainda na parte da manhã, no caminho resolveram procurar alguma lanchonete.
Tudo estava ocorrendo dentro do previsto até que aconteceu um incidente um tanto inusitado. Ao desviar da rota e entrar numa pequena cidade o motorista do veículo acabou se distraindo. Ao sair do local ele não conseguiu pegar a estrada certa que o levaria até o seu destino final. A única coisa a fazer era pedir informação para alguém. O rapaz era naturalmente desconfiado. Ele não confiava muito nas pessoas, mas devido às circunstâncias foi obrigado a pedir ajuda para não atrasar a viagem ainda mais.
Andando em busca de socorro avistou numa esquina um grupo de pessoas conversando com um policial. Resolveu parar, pois um homem da lei não o enganaria. Encostou o automóvel e foi logo dizendo:
- Bom dia senhor policial. Eu preciso da sua ajuda. Entrei na cidade para comer alguma coisa e acabei me perdendo, não sei como chegar até Dourados, o senhor pode me ajudar?
Antes mesmo que terminasse a sua frase notou que os três homens que estavam com o policial olhavam fixamente para o seu carro, principalmente para a placa. Eles começaram a cochichar, um deles tirou uma foto do bolso da jaqueta. O que estaria acontecendo? Aqueles homens eram estranhos para eles.
Antes que o policial pudesse responder um dos homens começou a falar:
- É ele mesmo! Olhem aqui na foto, não há dúvida, é a mesma placa do carro.
No mesmo instante os outros dois homens os cercaram. Seria um roubo bem na frente de um policial?
Um dos elementos entregou a foto para o policial e esbravejou:
-Prenda esse homem agora!
Aqueles homens seriam loucos ou bandidos? Para piorar a situação o policial disse que precisava atender uma chamada e foi logo se dirigindo para a viatura, deixando o local logo depois. Sem a justiça para defendê-los o que aconteceria com aquela família?
Os elementos exigiam que todos fossem para a delegacia o quanto antes. A voz deles exalava ameaças.
A verdade enfim foi revelada. Quando o rapaz recebeu a foto da discórdia em suas mãos foi que percebeu o porquê de tanta raiva. Ao contemplar aquela imagem, o casal ficou surpreso, pois jamais imaginariam que alguém soubesse o que tinha acontecido há alguns meses.
Naquele momento, lembraram-se com detalhes daquele fatídico dia. O carro do casal trafegava em alta velocidade por uma rua quando o rapaz perdeu o controle subindo numa calçada, foi então que ouviram um barulho forte, inicialmente pensaram que tinha estourado algum pneu, mas estavam enganados. Ao parar o carro para ver o que tinha acontecido foi que perceberam que tinham atropelado um cachorro. Olharam para todos os lados para ver se alguém tinha presenciado a cena. Rapidamente, pegaram o corpo ensanguentado do animal e o colocaram no porta-malas. Deixaram o local rapidamente para não serem descobertos. A única coisa que não sabiam era que tinham sido fotografados pelo dono do bichinho no momento da fuga.
O jovem casal coincidentemente encontrou o dono do cão que tinham acidentalmente matado. Eles tinham se esqueceram do acidente, mas o dono do animal não esqueceu nem um dia sequer.
O casal não conseguiu escapar da fúria dos três homens. A viagem continuou, mas não para Dourados e sim para a delegacia mais próxima.
Moral da história: Mais cedo ou mais tarde, tudo o que está encoberto será revelado.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Disfarça que lá vem ele

Há uma figura que causa verdadeiro pavor em muita gente. Ele é fonte constante de preocupação e tem o poder de dispersar as pessoas somente com a sua presença, quando se aproxima de um grupo conversando alguém logo fala baixinho para os outros: “Disfarça que lá vem ele”. Muitos já o conheceram pessoalmente, quem ainda não o conheceu fatalmente o conhecerá. Temido por muitos, odiado por outros e querido por poucos, alvo de críticas constantes, a maioria delas sem o seu conhecimento. Tem fama de ser durão e muito exigente. Nas organizações o seu papel é de grande importância, pois é ele quem administra pessoas e problemas. A sua função é muitas vezes ingrata, pois se a equipe consegue se destacar o seu trabalho é enaltecido, mas se fracassa é considerado o grande responsável. É alvo certo dos invejosos e das pessoas que não gostam muito de trabalhar. Algumas pessoas chegam a arquitetar um plano maquiavélico para tirá-lo do poder e assumir o seu papel.
A função é cobiçada por muitos, símbolo de status e ascensão social. Quem é essa figura que desperta tais reações nas pessoas? Leia a história abaixo e descubra.
Um guarda-noturno trabalhava numa empresa especializada em lapidação de diamantes. Uma manhã ele contou a seu chefe um sonho que tivera na noite anterior. Disse que o avião que ele viajaria com destino à Rússia sofreria um acidente e, em consequência, todos os passageiros morreriam. Seu chefe, jovem executivo, dinâmico e empreendedor, tinha verdadeiro pânico de aviões. Assustado com a informação do empregado decidiu cancelar o vôo.
Três dias mais tarde, leu nas manchetes dos principais jornais que aquele avião caíra no mar e, até o momento, não havia notícias de sobreviventes...! Imediatamente chamou o guarda-noturno, mostrou a notícia do jornal, agradeceu efusivamente pelo aviso que lhe salvara a vida e, a seguir, sem nenhuma explicação, despediu-o da companhia.
O guarda não compreendeu porque tinha sido despedido depois de salvar a vida do seu chefe.
Pergunta:
- Por que o guarda foi mandado embora?
Resposta:
O empregado era guarda-noturno. Se ele teve um sonho à noite e contou logo pela manhã, é porque estava dormindo em serviço...!
Chefe é chefe...
Na mente de muita gente a ilustração acima revela com clareza o perfil da maioria dos chefes, mas isso não é bem verdade, pelo menos atualmente. Aquele chefe com fama de carrasco, exigente ao extremo, grosseiro no uso das palavras, adepto da coação como único meio de fazer a equipe desempenhar as suas funções e que nunca aceita opinião de ninguém está com os dias contados. As organizações exigem cada vez mais que os seus líderes dominem a arte de se relacionar bem com pessoas. O chefe continua tendo que atingir as metas estipuladas, ele ainda tem que resolver diariamente os problemas, mas também deve lembrar-se de que os seus colaboradores são o patrimônio mais valioso da organização.
Se você cumpre fielmente com as suas obrigações, se é uma pessoa responsável e comprometida com o trabalho, se procura aprimorar os seus conhecimentos na sua área de atuação, se trata a todos com cordialidade então você não tem com que se preocupar. Independente de quem seja o seu chefe você será bem sucedido no que faz.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Atitudes vencedoras

Quem é que não quer ter sucesso na vida? A resposta é óbvia, mas para aprender a ter sucesso, é preciso primeiro saber o que é sucesso. Muitas pessoas começam a fracassar quando faz do sucesso uma ilusão inatingível.
É bom que se diga que o sucesso de uma pessoa não é necessariamente sucesso para outra pessoa. Para o saudoso piloto Ayrton Senna, o sucesso era ganhar o campeonato mundial de fórmula 1. Já para um bombeiro seria salvar a vida de uma pessoa. Você é quem decide o que é sucesso para você.
O sucesso em certo sentido é relativo, ninguém é bem sucedido em tudo ou fracassado em tudo. Outra questão é o fato de que o sucesso para uns pode ser fracasso para outros. Ter um carro pode ser sinal de sucesso para quem não tinha nada, e sinal de fracasso para quem não conseguiu comprar um segundo carro. “Você é o melhor ‘ponto de referência’ de seu próprio sucesso."
O sucesso também é progressivo. Normalmente, ele não chega todo de uma vez. Ele é o resultado de um conjunto de boas consecuções, e por isso mesmo leva tempo e requer certa paciência. Você pode até ter alguns fracassos dentro de um período de tempo em que você foi bem sucedido no todo.
O sucesso é portátil, ou seja, você o leva para onde for. Ele não depende do ambiente ou do emprego que você tem, e sim das qualidades que você desenvolver em si.
Alguns passos são imprescindíveis para ser bem- sucedido. Se você estiver disposto a dar esses passos ficará maravilhado com os resultados. Que passos são esses? Confira abaixo.
Relacione-se bem com os outros – Saber tratar bem os diferentes tipos de pessoas é uma arte cada vez mais rara e valorizada na era da globalização. Se você estiver disposto a aprender a se relacionar com qualidade é você quem vai lucrar.
Desafie a você mesmo – Estabeleça metas específicas e mensuráveis e que sejam relevantes. Não se esqueça de impor limites de tempo a curto e médio prazo e fiscalize a execução do plano. Acredite no seu próprio potencial e surpreenda-se. O desafio é uma grande força a seu favor.
Perdoe a você mesmo - Nem sempre você vai conseguir alcançar todas as metas ou acertar nas metas propostas, quando isso acontecer perdoe-se quando errar e tenha coragem de começar outra vez, nunca pense em desistir mesmo que os seus planos inicialmente não alcancem o resultado esperado.
Procure resultados, não a perfeição - As pessoas de sucesso raramente são escravas do perfeccionismo. Em vez de considerar os erros como simples fracassos, aprenda com eles e faça melhor nas outras vezes. Os erros são muito úteis na busca pela melhoria contínua.
Arrisque-se – Saia da "zona de conforto e comodismo". Em alguns momentos específicos será preciso correr o risco de fracassar num grande empreendimento pessoal ou profissional. Faça dos fracassos seus degraus para o sucesso. Deixe o medo de lado, use o bom senso e arrisque-se!
Procure competir consigo mesmo e não com os outros - As pessoas bem sucedidas estão mais interessadas em melhorar seus próprios resultados que em competir com os outros. Em vez de ter medo que alguém seja superior a você, aceite a cooperação dele. Veja os outros como companheiros de equipe e não como rivais. Não tenha medo do sucesso dos outros, pelo contrário, se alegre com o sucesso alheio. Esteja aberto para aprender com os vencedores. Em equipe, todos crescem; isolados, todos ficam limitados.
Na mentalidade de muita gente o sucesso se resume a ter muito dinheiro, carros de luxo, roupas de grife e uma linda casa. Pessoas perdem a vida diariamente na busca incansável por esse tipo de sucesso que é efêmero.
Talvez você tenha uma profissão humilde, não tenha um carro novo, more numa casa simples e nem possua roupas caras. Se o sucesso é medido unicamente pelos bens materiais, você nunca poderá ser considerado uma pessoa de sucesso, mas o verdadeiro sucesso é bem mais do que isso. Se o sucesso é ter alegria no coração, independente das circunstâncias, se o sucesso é desfrutar de um casamento feliz; com diálogo, amor, respeito e fidelidade, se o sucesso é saber administrar o tempo entre a família, o trabalho e os estudos, com equilibro, se o sucesso é estar em paz consigo mesmo, com os outros e com Deus, então estamos diante do real sentido da palavra.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Lembra-se do pato?

As pessoas impulsivas estão sempre se metendo em dificuldades. A reflexão que é tão importante antes de se tomar certa atitude não é muito comum para elas. São conhecidas por falarem o que vem na cabeça sem pensar muito nas consequências. Por impulso, compram o que não podem pagar, falam palavras impensadas que causam muito transtorno para si e para os outros. Certos comportamentos, mesmo aqueles que são ingênuos aos olhos de quem os pratica podem causar muitos constrangimentos. Movidos simplesmente pelo impulso homens e mulheres deixam a razão de lado para defender aquilo que consideram ser a expressão máxima da sua vontade. É comum ver os impulsivos se arrependerem dos seus atos logo após praticá-los, mas muitas vezes não há mais como voltar atrás. Algumas pessoas tentam encobertá-los usando de artimanhas como a mentira. O pior é se tornar refém de si mesmo. A pessoa impulsiva não consegue pensar a médio ou longo prazo, tudo é feito no momento e com rapidez. Quantas vidas seriam poupadas se as pessoas pensassem mais antes de agir? Quantas feridas seriam evitadas? Quantos lares deixariam de ser desfeitos pela dor da separação? A história abaixo é um bom exemplo de como uma atitude impensada pode causar grandes danos.
Havia dois irmãos que visitavam seus avós no sítio, nas férias.
Felipe, o menino, ganhou um estilingue para brincar no mato. Praticava sempre, mas nunca conseguia acertar o alvo.
Certa tarde viu o pato de estimação da vovó... Em um impulso atirou e acabou acertando o pato na cabeça e o matou. Ele ficou chocado e triste!
Entrou em pânico e escondeu o pato morto no meio da madeira!
Beatriz, a sua irmã viu tudo, mas não disse nada aos avós.
Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Beatriz, vamos lavar a louça”.
Mas ela disse: “Vovó, o Filipe me disse que queria ajudar na cozinha". E olhando para ele sussurrou: "Lembra-se do pato?" Então o Felipe lavou os pratos.
Mais tarde o vovô perguntou se as crianças queriam pescar e a vovó disse: "Desculpe, mas eu preciso que a Beatriz me ajude a fazer o jantar.”.
Beatriz apenas sorriu e disse, "Está bem, mas o Filipe me disse que queria ajudar hoje", e sussurrou novamente para ele, "Lembra-se do pato?”.
Então a Beatriz foi pescar e Filipe ficou para ajudar.
Após vários dias o Filipe sempre ficava fazendo o trabalho da Beatriz até que ele, finalmente não aguentando mais, confessou para a avó que tinha matado o pato. A vovó o abraçou e disse: "Querido, eu sei... eu estava na janela e vi tudo, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar a Beatriz fazer você de escravo!”.
O garoto passou por maus bocados simplesmente por tentar esconder algo errado feito sem pensar com outra coisa ainda pior. Se a avó não fosse tão compreensiva e amorosa o menino estaria muito encrencado. Nem sempre você vai encontrar pessoas dispostas a oferecer-lhe o seu perdão. O melhor mesmo é agir com sabedoria, ou seja, pensar mais, analisar os prós e contras e só depois tomar uma decisão. Não há uma regra rígida que diz como isso deve ser feito, cada um precisa conhecer o seu próprio temperamento e agir com cuidado para evitar aborrecimentos desnecessários.

sábado, 12 de novembro de 2011

Noite escura

O caso mais famoso de um blecaute no Brasil aconteceu em 1999, no dia 11 de março, que atingiu 70% do território do Brasil, e parte do território paraguaio causando algumas horas de um verdadeiro caos em metrópoles como Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.
Você já ficou em um lugar totalmente escuro? Algumas pessoas têm medo do escuro e se sentem muito desconfortáveis. Quando a noite chega trás consigo certa insegurança. Lugares que à luz do dia acalma e impressiona pela sua beleza à noite pode se transformar em algo ameaçador. As crianças talvez sejam as que mais tenham medo diante do escuro, por isso, a maioria delas prefere dormir com a luz do quarto acessa. É comum ouvirmos relatos dos pequenos sobre como o medo se apoderou deles ao acordarem e terem a nítida impressão de que havia alguém os observando, na verdade, o que de fato viram foi apenas uma peça de roupa pendurada no guarda-roupa. A ausência da luz, muitas vezes modifica a realidade e nos faz ver coisas inexistentes, é por isso que as histórias mais misteriosas ocorrem sempre à noite.
Na escuridão da noite os doentes anelam a luz da manhã, os que sofrem de insônia esperam ansiosos os primeiros raios de sol, os malfeitores procuram dar vazões aos seus sentimentos, geralmente os ladrões preferem a noite, os assassinos para matar, se escondem na escuridão.
Na vida passamos muitas vezes pela escuridão, como por exemplo: Uma doença sem esperança de cura; uma situação familiar insustentável – desobediência dos filhos, drogas, rebeldia, brigas matrimoniais; uma crise financeira; a dor da perda de alguém querido.
Conta-se que um professor perguntou a sua classe: Deus criou todas as coisas? Sim Deus Criou todas as coisas, respondeu a classe, então se Deus criou todas as coisas Deus também criou o mal. Um aluno pede a palavra e pergunta ao professor, a escuridão existe? O professor diz que sim, mas o aluno explica que a escuridão não existe, a escuridão é apenas a ausência da luz, assim como o mal é a ausência de Deus.
Uma coisa você deve saber: Sempre para a escuridão existe uma solução, a luz. Para a noite, existe o dia, para as inevitáveis escuridões da vida existe um ser todo poderoso muito além da compreensão humana que está no comando de todas as coisas, mesmo que às vezes não entendamos a sua forma de agir. É maravilhoso saber que mesmo diante da noite mais escura e amedrontadora não estamos sozinhos. Tenha a certeza de que Deus pode ajudá-lo com os seus medos e insegurança. Com a força que Ele vai te dar, você terá uma nova postura diante de uma “noite escura”. Você passará a enxergar não somente a penumbra, mas a beleza de um céu estrelado e o romantismo de uma lua cheia. Na medida em que a sua confiança em Deus aumentar, a escuridão deixará de oprimi-lo com tanta frequência. O medo excessivo e limitador dará lugar a uma coragem que você jamais pensou que teria. Mesmo as noites mais terríveis não duram para sempre, logo os primeiros raios de sol anunciam que um novo dia está chegando e com ele as esperanças se renovam.

sábado, 29 de outubro de 2011

Saindo da UTI

O casamento é uma instituição cada vez mais desvalorizada. Antigamente, era tido como uma das coisas mais importantes da sociedade. Atualmente, para muitas pessoas, não passa de algo sem muita importância. Ele é fonte constante de inspiração para os programas de humor na TV. As novelas passam sem nenhum pudor a ideia de que o casamento é momentâneo e não algo que traga verdadeira felicidade para o casal. Normalmente, os filmes têm no seu enredo relacionamentos descartáveis e passageiros. As letras de muitas músicas populares seguem o mesmo estilo. A juventude moderna deu uma nova explicação para a palavra “ficar”. Não é difícil encontrar pessoas que mesmo antes de se casarem já pensam no provável divórcio. As revistas femininas aconselham as mulheres modernas a viverem muitas aventuras amorosas, como se isso fosse preencher o vazio interior que muitas delas sentem. Um casamento que dure mais de dez anos é algo cada vez mais raro. A cada dia multiplica-se o número de pessoas que estão no terceiro ou quarto casamento. Ficar com a mesma pessoa pelo resto da vida é pensamento de poucos. Diante de tudo o que foi exposto até aqui a notícia divulgada há poucos dias causou espanto e admiração em muita gente.
Um casal depois de 72 anos de casados morreu no dia 12/10/2011, vitimas de acidente de carro, foram levados ao hospital, onde ficaram lado a lado de mãos dadas. Gordon e Norma tinham 94 e 90 anos se casaram em 26 de maio de 1939, tiveram 4 filhos, 14 netos e 29 bisnetos e um trineto.Após ficarem internados no hospital, Gordon foi o primeiro a perder os sinais vitais, segurou a mão de sua eterna amada norma o tempo todo, que morreu uma hora depois de seu amado. Os filhos presenciaram todo o acontecimento, tanto que mesmo depois do falecimento do pai, o monitor continuou funcionando, como se ainda estivesse vivo. Os médicos explicaram que por estarem de mãos dadas os batimentos cardíacos de norma eram contados no monitor de Gordon.O funeral foi realizado com os caixões um ao lado do outro, e os parentes fizeram questão de manter os dois de mãos dadas. Os corpos foram cremados e suas cinzas foram misturadas. Tanto na vida como na morte o casal ficou junto.
Os quatro filhos do casal asseguram: seus pais formavam um casal realmente apaixonado.
- Um não iria conseguir viver sem o outro. Era um romance à moda antiga, garante Dennis, o filho mais novo.
- O fato de viverem juntos por 72 anos já é excepcional. E eles mantinham a família unida, conta Donna, a mais velha.
- Eles gostavam de fazer tudo juntinhos, disse Donna.
Algumas pessoas estão afirmando que o casamento está com os dias contados. Dizem que ser feliz com a mesma pessoa por toda a vida é pura utopia. Apesar de tanto pessimismo, a linda história de amor de Gordon e Norma desmente tal afirmação. É o matrimônio deixando a UTI.

sábado, 22 de outubro de 2011

Tipos de sogras

Há uma pessoa que causa pavor em muitas mulheres. Constantemente são motivos de muitas piadas. Para muita gente a imagem que passam não é das melhores. Alguns relacionamentos sofrem por sua interferência. A figura é famosa e com certeza você já ouviu falar dela. Há um pensamento que diz assim: “A sogra não deve morar tão perto a ponto de vir de chinelo; nem tão longe que precise trazer uma mala”. A sogra tem a capacidade de mudar o ambiente em que está o que nem sempre é para pior, mas...
Existem sogras que são consideradas como segunda mãe pelos genros e noras, mas de um modo geral, o conceito de sogra não é muito positivo. É preciso deixar bem claro que nenhuma sogra pensa que está prejudicando o relacionamento dos filhos, na verdade o que elas pensam estar fazendo é ajudando os genros e noras a “verem” melhor. O resultado nem sempre é bom, mesmo assim elam continuam insistindo. Certos filhos se casam e continuam morando com os pais. A mãe continua cozinhando para ele, lavando sua roupa, limpando seu quarto. Como pode a esposa assumir sua função, se tem a mãe ou sogra cuidando da parte que lhe corresponde? O pior é quando o filho mesmo casado ainda continua dependendo financeiramente dos pais.
Algumas mães, inocentemente, iludem-se pensando que somente ela é capaz de continuar cuidando bem do seu filho. A nora é vista por ela como uma rival que precisa ser combatida, logicamente que não são todas, mas a fama acompanha a maioria delas. Quem tem uma sogra discreta e prestativa encontrou um grande tesouro.
Quando um casal decide se casar, a primeira coisa que deveriam se preocupar é com o local onde vão morar. Por força das circunstancias, alguns casais precisam morar junto com a sogra, o que não é muito aconselhável. Há exceções como no caso da sogra ser muito idosa, doente e não poder morar sozinha. Os pais jamais deveriam ser abandonados, mesmo que sejam pessoas difíceis de conviver. A única força capaz de superar certas barreiras e manter o relacionamento do casal é o amor. Ninguém deveria se casar por nenhum outro motivo.
A escritora Daise Reis no seu livro “Palavras do Coração”, diz que há basicamente três tipos de sogras:
- Sogra General
É aquela que ao chegar para uma visita, mais parece um general inspecionando o acampamento. Fala do sapato que não está guardado, critica a casa que não está bem varrida, pergunta de quando é aquela louça que está sobre a pia, insiste em mostrar para a nora que ela não está cumprindo seu dever. Diz que não concorda com o fato de a nora trabalhar fora, pois o seu primeiro dever é com o esposo e os filhos. Para a “sogra general”, a palavra dever é algo que ela usa constantemente para impor o seu próprio ponto de vista. O filho casou, mas ela insiste em mandar no filho, na nora e nos netos.
- Sogra “Sabe-Tudo”
É aquela que faz questão de mostrar que sabe mais que a nora, e insiste em dar conselhos, seja em relação à maneira de vestir, ao modo de gastar o dinheiro, até como ela deve dirigir a sua casa e educar os seus filhos. Ela sabe tudo! Toma sempre o partido do filho. Ele está sempre certo, até porque admitir qualquer imperfeição no filho seria reconhecer que ela não teria sido uma boa mãe. Qualquer desentendimento que presencia, procura aconselhar a nora a mudar, pois afinal de contas, seu filho é perfeito.
- Sogra Sem “Desconfiômetro”
É aquela que com a melhor das intenções, chega à casa da nora e vai mudando tudo de lugar, dizendo que assim fica melhor, assume a cozinha, porque ninguém faz comida do jeito que o filho gosta, briga com os netos, coloca-os de castigo, diz que eles estão muito mal educados, e por aí vai. Sempre dizendo que faz qualquer coisa para ajudar a nora. Isso não sai comentando com as amigas: “Coitada da minha nora, tão boazinha, mas não faz nada direito”.
Nem todas as sogras agem assim. Muitas são amorosas, discretas e ajudam muito as suas noras, como por exemplo: cuidam dos netos para que a nora possa trabalhar. Outra questão importante a destacar é que algumas sogras, por melhores que tentem ser, deparam-se com noras que fazem questão de prejudicar o relacionamento das duas e até do próprio filho com a sua mãe.
É certo que o conflito é quase inevitável, mas nem por isso ele deve desencadear brigas, ofensas e acusações mútuas. O ideal é manter sempre um diálogo amigável. A sogra precisa entender que o filho não é sua propriedade particular, já a nora, precisa entender que está cuidando daquilo que é mais valioso para a sua sogra- o seu filho.
Se cada um respeitar o espaço do outro, com certeza, os relacionamentos serão grandemente beneficiados.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Comportamentos diversos

Todo ser humano demonstra em seu comportamento uma complexidade espantosa, vários fatores se interagem revelando ao observador atento uma infinidade de atitudes diferentes. Cada pessoa possui certas características próprias que a diferem das demais, é como se cada um tivesse uma marca registrada própria. Os nossos atos, geralmente se traduzem em três tipos de comportamentos.
Comportamentos partilhados
Os conhecimentos por nós e por qualquer um que nos observa. Este comportamento varia grandemente conforme nossa visão do que é correto em um ambiente específico e com diferentes grupos de pessoas. Limita-se àquilo de que nossos parentes e amigos estão cônscios e ao que nós consideramos óbvios, tais como nossas características, nossa maneira de falar, nossa atitude geral, algumas de nossas habilidades, etc.
Comportamentos inconscientes
Certas características de comportamento são facilmente percebidas pelos outros, mas das quais, geralmente, não estamos cientes. É o que nossos amigos sabem de nós, mas que não nos dizem. Ao iniciarmos nossa participação num grupo, logo comunicamos certas informações das quais não estamos cientes, mas que são observadas pelas outras pessoas do grupo. No rol dessas informações encontram-se nossa maneira de agir, nosso estilo de relacionamento, e outros.
Comportamentos ocultos
Detemos informações sobre nós mesmos que não comunicamos aos outros, mantemo-las ocultas. Agimos assim porque temos medo de que se o grupo souber dos nossos sentimentos, percepções e opiniões a respeito do grupo ou dos seus integrantes, ou de nós mesmos, o grupo poderá rejeitar-nos, atacar-nos, ou atingir-nos de alguma forma. Em consequência disso, não revelamos tais informações. Muitas vezes, uma das razões possíveis pelas quais guardamos o segredo é que não encontramos elementos de apoio no grupo ao qual pertencemos. Temos a suposição de que revelando nossos sentimentos, pensamentos e reações, os integrantes do grupo poderão julgar-nos negativamente. Entretanto, não temos condições de saber como os membros reagirão realmente, a menos que testemos tal suposição e revelemos algo sobre nós.
Algumas pessoas são como um “livro aberto”, outras são extremamente reservadas, um terceiro grupo só revela o que lhe for conveniente no momento. Somos assim mesmo, muitas vezes incoerentes, pois achamos que somos profundos conhecedores de nós mesmos para logo depois nos sentirmos um grande mistério a ser revelado. O mesmo ser que desenvolve novas tecnologias em benefício da humanidade é o mesmo que a utiliza para fins puramente egoístas. O comportamento humano sempre fascinou os estudiosos, ele é complexo e muito desafiador.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Brasil mude a sua cara!

Um dia, por volta de 1870, o gerente de uma grande ferrovia no Leste dos Estados Unidos teve a surpresa de receber a visita de um dos seus concorrentes.
Sem perder tempo com formalidades, o homem descreveu um esquema através do qual as duas empresas teriam condições de enganar um competidor de ambas e colocá-lo fora do mercado. O resultado significaria milhões de dólares em receita para as duas empresas. De imediato, o gerente se afastou da sua escrivaninha e disse:
-Senhor, não é desse jeito que fazemos negócios aqui. Além disso, tenho certeza de que o Sr.Vanderbilt (o proprietário) não aprovaria.
-Não vejo por que incomodar o idoso cavalheiro com isso- continuou o homem. –E... não sei se lhe disse... temos uma ordem de pagamento de dez mil dólares em seu nome, se achar conveniente usá-la.
-Lamento-disse o gerente, de modo firme. - Isso está fora de questão.
-Hummmm, eu falei dez mil? Falei errado. Na verdade, a ordem é o dobro dessa quantia.
Diante disso, o executivo se afastou ainda mais da mesa e fixou os olhos no visitante, que, interpretando mal o motivo da reação, acrescentou apressado:- Mas podemos dar um jeito de subir para trinta mil dólares.
Colocando-se de pé num salto, o gerente rugiu:- Saia do meu escritório! Saia já, seu patife, antes que eu mande expulsá-lo!
Depois de o visitante ter-se retirado, o secretário, que tinha ouvido a conversa, entrou. Encontrou o patrão sentado à escrivaninha, enxugando a testa.
-Senhor- disse ele- nem sei dizer quanto o admiro por...
-Não diga nada – respondeu o chefe, erguendo a mão. – A verdade é que eu precisava mandar esse homem embora depressa. Ele estava chegando perto do meu preço.
É verdade, como parece ficar implícito nessa história, que cada um tem o seu preço? Você se venderia por trinta mil dólares? Sejamos honestos, dependendo das circunstâncias, muita gente se venderia por menos.
Por incrível que possa parecer ser honesto no nosso país é algo pouco valorizado. Uma pessoa honesta é muitas vezes “marginalizada”. A afirmação pode parecer absurda, mas a realidade a confirma. Veja o caso de um policial que não concorda com a corrupção no seu batalhão. Se ele não entra no esquema passa a ser perseguido, para piorar a situação, ao denunciar os corruptos corre o sério risco de ser assassinado, ainda bem que a maioria deles são pessoas de caráter. Um empregado que não concorda com as falcatruas do seu patrão com certeza será demitido. Em muitos casos as qualificações profissionais de uma pessoa não é o mais importante, o que realmente importa é que ela se encaixe no perfil esperado. Pasmem! Muitos profissionais competentes não conseguem uma promoção apenas por serem considerados honestos demais. O status quo precisa ser mantido com o uso da malandragem, por isso é que eles são dispensáveis.
Um país que almeja tanto a grandeza não pode tolerar dos seus líderes, atos desonestos tão vergonhosos como os que temos visto ultimamente. Por todos os lados, em todas as nossas instituições tanto públicas como privadas, a honestidade é cada vez mais rara.
O país precisa urgentemente de pessoas honestas em todas as áreas, principalmente na política. O real sentido da palavra honestidade não é o que muita gente pensa ser: idiota, bobo, trouxa e outros adjetivos semelhantes. Ser honesto é ser honrado, digno, íntegro e probo.
O Brasil só será o país do futuro se mudar a sua lastimável realidade presente.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Lágrimas contidas

Ele pode despertar posições antagônicas nas pessoas, é visto por alguns como desabafo, já para outros, como um sinal de fraqueza. Quando estamos com medo de algo ou nos sentimos frustrados e tristes, choramos. Quando estamos sobre o efeito de forte emoção, choramos. Choramos de tristeza e também de alegria. O choro nos acompanha desde o nosso nascimento. Uma das primeiras coisas que aprendemos na vida é chorar. Alguns têm maior facilidade e expressam o que estão sentindo através do derramar das lágrimas, outros mais contidos também choram, mas não visivelmente.
Alguns usam o choro como arma para conseguir o que querem: os filhos, os namorados, os cônjuges, etc. Outros ainda usam a tática do choro para obter alguma coisa que não conseguiram. A famosa chantagem emocional tem um grande impacto sobre as pessoas, principalmente se vier acompanha de muitas lágrimas. Quem não se emociona com o sofrimento de uma criança indefesa?
As mulheres são naturalmente mais sensíveis e por isso choram mais do que os homens. Um homem chorando publicamente não é algo que acontece com muita frequência. Muitos homens acham que ao chorarem estarão demonstrando fraqueza e com isso, a sua tão estimada masculinidade ficará comprometida. Na verdade, quando a emoção bate forte é difícil conter as lágrimas e elas nem sempre são visíveis. Chorar não significa que somos fracos, mas sim que somos frágeis e não temos o controle sobre tudo o que nos acontece. Talvez você conheça alguém que ficou com o choro contido sem conseguir soltar para fora. Essas pessoas sentem uma agonia muito grande, por outro lado, o choro compulsivo e sem motivo aparente é um sinal de alerta, pois revela que alguém está com problemas e precisa de ajuda. Pessoas que não liberam suas emoções com o choro vivem sob constante tensão e ainda têm mais chances de desenvolver asma, ansiedade e úlcera intestinal. É inegável que depois de chorar, a gente sente um alívio sempre maior e mais intenso do que o estresse causado por aquela situação desagradável que nos levou às lágrimas. É como se o choro esvaziasse o corpo e trouxesse o equilíbrio emocional.
As lágrimas ajudam a fortalecer relações e construir novos laços. Quando vemos alguém chorando, automaticamente, transmitimos a ela apoio e compreensão.
Uma garotinha chegou tarde da escola certo dia. A mãe a aguardava. Uma garotinha chegou tarde da escola certo dia. A mãe a aguardava.
– Quantas vezes eu tenho que dizer a você que, ao sair da escola, deve vir direto para casa? Já estava preocupada. Por favor, não faça isso outra vez!
A menina tentou se explicar:
– É que hoje houve uma exposição na escola. A Tânia e a Júlia levaram uma boneca de louça da China que a avó tinha dado para elas...
– Não me interessa quão bonita seja essa boneca. Ao terminarem as aulas, não fique para brincar. Venha para casa!
– Mas, mamãe, o que aconteceu é que, ao sairmos da escola, alguns meninos vieram correndo até onde nós estávamos. E quando a Júlia correu, deixou cair à boneca no chão e eu fiquei para ajudá-la.
– Ah, querida! Que bonito que você ficou para consertar a boneca... Mas você precisa vir direto para casa.
– Não, mãe, não dava para consertar e eu fiquei para ajudar a Júlia a chorar.
Às vezes, só o que precisamos é de um ombro amigo para dividir as nossas lágrimas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vício.com

Estar bem informado é uma exigência cada vez maior na era da globalização. Em alguns concursos públicos é comum encontrar perguntas abordando o tema: atualidades. O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) exige dos alunos certo conhecimento sofre os últimos acontecimentos no Brasil e no mundo. A internet é uma ferramenta poderosa para a transmissão do conhecimento. É inegável que ela trouxe uma infinidade de benefícios. Fazer uma pesquisa escolar ficou bem mais fácil muitas bibliotecas passaram a disponibilizar o seu acervo totalmente online. O comércio eletrônico cresce num ritmo acelerado. É possível comprar produtos de qualquer lugar do mundo sem sair do conforto do lar. As redes sociais uniram pessoas separadas pela distância. É possível fazer amizades com pessoas de vários países diferentes. Se você perdeu a edição do seu telejornal preferido é só fazer uma busca rápida na grande rede, tudo muito rápido e prático. Os portais de notícias são muito acessados, com apenas alguns cliques o mundo se descortina diante dos seus olhos. Palavras inexistentes no nosso vocabulário, muitas delas na língua inglesa começaram a se popularizar. Há poucos anos, quase ninguém as conhecia, mas atualmente, estão cada vez mais populares. Exemplificando: download, Facebook, twitando, internauta, e-mail, login, homepage, password e tantas outras.
A tão aclamada democratização digital trouxe junto com ela grandes desafios. Passar muito tempo enviando mensagens, checando e-mails e jogando games pela web pode não ser um bom sinal. Segundo o "American Journal of Psychiatry", mais que um vício, o uso excessivo de internet pode ser um distúrbio mental que deveria ser tratado como doença pela psiquiatria. Para Jerald Block, psiquiatra da Universidade de Ciências e Saúde Oregon, em Portland, os sintomas incluem a necessidade de sempre procurar equipamentos e softwares melhores, além de passar horas e mais horas on-line, muitas vezes sem nenhum objetivo especifico. Os chamados “viciados” podem perder a noção do tempo e chegam a esquecer de comer e dormir. O isolamento social é outro sintoma facilmente percebido.
É relevante destacar que somente o tempo que uma pessoa fica conectada não significa que ela é necessariamente uma viciada. No mundo corporativo contemporâneo, o acesso à Internet é praticamente fundamental e muitos profissionais passam quase todo o tempo em que estão no escritório conectados à rede. Isso não faz de ninguém um viciado. Um web designer pode ficar 14 horas na rede por causa do trabalho. O que determina o vício é a qualidade de uso? Para a psicóloga Andréa Jotta, pesquisadora do NPPI (Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática) da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo): “uma pessoa que fica três horas conectada e usa, o Orkut, o MSN, checa e-mails, lê notícias e pesquisa temas, é diferente de alguém que fica três horas conectado e só acessa sites de sexo em busca de possíveis parceiros sexuais ou conteúdos desse tipo".
Há duas formas de fazer uso das maravilhas da tecnologia, a primeira é usá-la com equilíbrio e bom senso, beneficiando você mesmo e os outros, a outra é usá-la sem nenhum principio ético. Uma criança jamais deveria ficar horas na frente de uma tela de computador sem acompanhamento. Os pais precisam estar atentos, pois o risco é enorme. Há muitas pessoas de má fé esperando apenas a oportunidade para fazer mais uma vítima inocente.
A capacidade humana para criar e inovar é fenomenal. Muitas tecnologias foram desenvolvidas com o intuito de melhorar a qualidade de vida da humanidade, mas infelizmente, outras foram criadas com o único objetivo de destruir vidas humanas. O mesmo ser que se empenha em construir também destrói com igual satisfação.
A internet pode ser uma benção ou maldição, depende das escolhas de cada um.

sábado, 17 de setembro de 2011

Não perca a hora!

O jovem Nestor ficou sabendo que estavam abertas as inscrições para um concurso público muito concorrido. Enfim tinha chegado a sua grande chance. Conseguir um bom emprego, com estabilidade, bom salário e chance de crescimento profissional era tudo o que queria. Poucos rapazes tiveram o privilégio de estudar nas melhores escolas particulares da cidade como ele. O seu pai sempre o incentivou a valorizar a educação. O rapaz sempre se destacou como um dos melhores alunos da faculdade tirava sempre a nota máxima. A sua capacidade de aprendizado impressionava a todos. Ninguém duvidava de que o seu futuro seria brilhante. Era só uma questão de tempo para que conquistasse o posto de diretor numa grande empresa multinacional, quem sabe seria um empresário de sucesso ou mesmo um político proeminente.
Os seus amigos, familiares e professores admiravam a sua desenvoltura e eloquência. Podia conversar sobre qualquer assunto. Dominava todas as regras da língua portuguesa, sabia resolver as mais complexas equações matemáticas. O computador o acompanhava desde a infância. Falava fluentemente duas outras línguas. Com um currículo tão imponente não é de admirar que nem tenha estudado muito para a prova. A confiança que tinha em si mesmo não deixava dúvidas sobre as suas qualificações. Só lhe faltava uma coisa, conseguir a total independência do seu pai. Ter o próprio dinheiro e não precisar pedir mais nada ao seu pai era tudo o que queria.
Aquele tão esperado dia de domingo enfim chegou. Acordou mais cedo do que de costume, pois havia muitas coisas para resolver antes de sair e gabaritar a prova. O rapaz estava impaciente, havia muitas coisas em jogo. Lembrou-se da conversa que teve com o pai há poucos dias. O pai deixou bem claro que não ser aprovado no concurso público significava que algumas coisas mudariam, não poderia mais andar com o seu carro, a gorda mesada seria cortada e o dinheiro para pagar a faculdade também.
Mesmo diante das ameaças do pai, Nestor esbanjava confiança em si mesmo. Nada poderia dar errado. Seria o dia do seu triunfo. Pegou as chaves do carro e saiu sem demonstrar insegurança. Durante o percurso fez planos para o seu futuro. A primeira coisa que iria fazer seria comprar um carro.
Ao chegar ao local onde seria aplicada a prova olhou ao redor e viu uma grande movimentação de pessoas. Só havia um pequeno problema que ele nem se atentou, só foi perceber quando estava diante do portão de entrada da escola. Notou um movimento estranho. A pessoa que estava recepcionando os candidatos fechou bruscamente o portão. O rapaz ainda tentou argumentar, mas não teve acordo. No horário exato estipulado no edital do concurso público, todos os portões fecharam-se. Como não tinha razão, pois chegou atrasado, o jeito foi reclamar sem obter sucesso algum.
Ao voltar para casa frustrado o pai não se surpreendeu. O jovem percebeu que a sua vida seria diferente a partir daquele dia. Perdeu muito mais que um emprego público, na verdade, perdeu a sua grande chance. O pai cumpriu a promessa e cortou todas as regalias que o filho tinha. A vida boa acabou de repente. Sem poder contar com a gorda mesada, sem ter mais dinheiro para pagar a faculdade e sem ter o carro para andar a vontade, o jeito foi agir urgentemente.
Surpreendeu a todos ao acordar mais cedo na segunda-feira. Arrumou sua pasta e saiu para procurar emprego. Voltou para casa à tarde com uma ótima noticia. Conseguiu agendar uma entrevista de emprego numa grande empresa para quarta-feira da mesma semana. A entrevista seria as 09h00min, o horário era ideal, não era cedo demais e daria para dormir até mais tarde. São poucas as pessoas que tem uma segunda chance tão rápido assim.
Apesar de precisar muito do emprego e apesar da empolgação, Nestor deixou para resolver algumas coisas na última hora, com isso, saiu atrasado de casa e acabou chegando atrasado para a entrevista. O entrevistador nem quis ouvir os seus argumentos e o dispensou imediatamente.
Os maus hábitos de uma pessoa pode prejudicá-la muito. Na maioria das vezes, nós nos tornamos escravos de nós mesmos. Certos comportamentos estão tão arraigados que é muito difícil deixá-los. A boa noticia é que é possível mudar esses hábitos que nos prejudicam tanto. Pode ser que ainda não alcançamos o sucesso esperado porque há um inimigo nos combatendo ferozmente- nós mesmos. Perdemos muitas oportunidades sem ao menos perceber. Talvez você já tenha ouvido alguém dizer: “Eu nasci assim, vou morrer assim”. A hora de se libertar é agora. Não perca a hora!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Carteiro desesperado

Carteiro desesperado

Amanhece mais um dia
É o início da semana
Penso no meu trabalho
E o coração se inflama

O sono me convida
A não sair da cama
Ainda estou cansado
Devido ao fim de semana

Trabalho todos os dias
No frio ou no calor
Na chuva torrencial
Ou no sol abrasador

Ser carteiro me alegra
Não estou a reclamar
Sou muito dedicado
E amo trabalhar

Só há um problema
Que não posso resolver
O excesso de trabalho
Tem me levado a sofrer

As cartas vão chegando
E também preocupação
Como as entregarei?
Se só tenho duas mãos?

O escaninho está lotado
Há caixas pelo chão
Os clientes reclamando
Não lhes tiro a razão

Preciso de ajuda
Socorra-me, por favor!
Se podes me ajudar
Ouça o meu clamor

A melhoria que espero
Não pode demorar
Pois tenho o receio
Que a doença vai chegar


Escaninho-móvel usado para a manipulação das correspondências

domingo, 11 de setembro de 2011

Palestra em escola estadual

Na última sexta-feira estive na Escola Estadual Geni Marques Magalhães em Ponta Porã. Fui convidado pela direção da escola a ministrar uma palestra aos estudantes sobre a importância do hábito da leitura para o crescimento pessoal. A palestra foi feita na própria escola. Estudantes da escola municipal Maria Ligia também participaram do evento. Foi uma tarde muito animada. Veja abaixo algumas fotos do evento.






















quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Salva vida de cachorro

No ano de 2007 desapareceu misteriosamente a Fofinha- a nossa cachorrinha de estimação. A minha filha Letícia tinha três anos. Lembro-me do seu rostinho triste ao saber que a sua amiguinha tinha desaparecido. Um amigo da família entrou em contato conosco avisando que conhecia uma pessoa que queria doar um filhote. Ficamos muito interessados e fomos procurar o endereço do homem. Ao chegarmos ao local a minha filhinha encantou-se imediatamente pelo filhote recém-nascido. O dono do animal comunicou que não sabia bem se o bicho era de raça, mas ele parecia ser da raça pinscher. A ouvir o homem, minha filha tentou pronunciar o nome da raça, mas o que ela conseguiu dizer foi uma palavra parecida: Pity. A partir daquele dia, passamos a chamá-la por esse nome.
Com apenas dois meses de vida, aconteceu uma situação totalmente desesperadora com a nossa cadelinha. A chuva caia com violência no município de Ponta Porã-MS. A Pity dormia numa caixa de papelão na varanda da casa. Com a força dos ventos, ela ficou amedrontada e começou a chorar. Peguei a caixa onde ela estava e a trouxe para dentro de casa, a ideia era colocá-la num dos quartos. Tudo estava ocorrendo dentro do previsto quando algo inesperado aconteceu. Ela resolveu pular da caixa sem avisar ninguém, não consegui segurá-la, ela bateu a cabeça com violência no piso frio da cozinha. Em decorrência do impacto, ela parou de se mexer, os olhos reviraram, a sua língua ficou para fora da boca e a respiração cessou. Tudo levava a crer que ela havia morrido. O desespero foi geral. A minha esposa e filha começaram a chorar copiosamente. Sem ter veiculo próprio, não havia como levar o animal até um médico veterinário.
Diante da situação, eu precisava fazer alguma coisa. A única coisa que passou pela minha cabeça foi fazer algo singular. Com as mãos comecei a fazer massagem no seu peito. Abri a sua boca, cheguei com a minha boca bem perto da sua e comecei a soprar ar nos seus pulmões. Depois que soprei três vezes, ela enfim começou a reagir. Os seus olhos voltaram ao normal, passou a respirar normalmente e o seu rabinho começou a balançar. Era o sinal de que o pior já havia passado. O choro se transformou em riso. Ao perceber que a sua cachorrinha estava surpreendentemente bem, a Letícia começou a rir.
Nunca ouvi falar de alguém que tenha salvado a vida de um animal fazendo respiração boca a boca. Todas as pessoas que ouvem essa história ficam admiradas e se divertem muito. Para salvar um membro da família e alegrar o coração de uma criança vale tudo, até fazer respiração boca a boca num animal.
Atualmente a Pity está com quatro anos, ela é saudável, alegre e muito carinhosa. É companheira inseparável da minha filha. Todas as noites ela ora a Deus pedindo que Ele proteja sua vida.

sábado, 3 de setembro de 2011

Notícia falsa

O boato nada mais é do uma história ou notícia que se divulga sobre alguém ou algo, sem que se confirme sua origem ou veracidade. É triste constatar que há muitas pessoas que inventa um boato apenas para ver “o circo pegar fogo”. Tem gente que não inventa o boato por maldade, mas vê algo de forma distorcida e divulga o fato dessa forma. Veja os exemplos abaixo.
Uma velhinha que costumava fazer compras toda semana na feira, perguntou ao vendedor de legumes quanto custava o quilo de tal mercadoria que a mesma desejava e, assim que ele disse o preço ela gritou: "é um assalto...um assalto", surpresa por achar o preço dos legumes alto demais. Logo um rapaz que ouviu a velhinha gritando, passou a bola pra frente sem saber ao certo o que era realmente e disse: "tem um assaltante aqui na feira", nisso o corre-corre dos transeuntes foi geral.
Um pastor ouviu os gritos de socorro da esposa que corria desesperada pelo quintal da casa. Rapidamente, pegou uma toalha e desferiu alguns golpes na cabeça dela. A mulher gritava cada vez mais e o pastor no seu encalço. Uma vizinha vendo a cena ficou horrorizada. Sem demorar muito, pegou o telefone e ligou para as amigas. A conversa foi a seguinte: “Você não sabe da maior! O pastor está espancando impiedosamente a esposa com golpes de toalha. Que horror!” E depois ainda diz que é um homem de Deus!
A notícia se espalhou rapidamente pela vizinhança. Antes mesmo que o homem pudesse se explicar toda a vizinhança já o havia condenado. Com muita dificuldade, a esposa do pastor conseguiu desfazer o mal entendido. O que de fato aconteceu foi que a mulher foi atacada por abelhas e o esposo tentou apenas ajudá-la espantando-as com uma toalha.
Com o advento da internet os boatos tomaram uma proporção enorme. Sempre tem aquele que inventa o boato e aquele que acredita e se torna o espalhador do fato inventado. Normalmente, os boatos causam muito constrangimento numa comunidade, numa cidade, causando pavor por uma coisa que nem ao menos existe de verdade. Alguns boatos acabam se tornando em lendas urbanas.
Em Sanga Puitã, distrito de Ponta Porã, aconteceu um boato absurdo e muito engraçado. Fui visitar um idoso muito alegre e de bem com a vida. A conversa estava animada. O senhor passou a narrar o que havia acontecido com ele. Um belo dia, caminhando em direção a sua casa notou algo estranho, na frente da casa havia uma grande quantidade de pessoas, carros, motos e bicicletas. Sem saber o que é que estava acontecendo, o ancião se aproximou com certa preocupação. O que estaria acontecendo para reunir tanta gente? Apesar de estar meio receoso, tomou coragem e perguntou para uma pessoa que estava por ali: “O que é que está acontecendo aqui?” A resposta foi surpreendente. Um idoso havia morrido e todas aquelas pessoas estavam esperando a chegada do corpo para iniciar o velório. Ao ouvir isso o senhor começou a rir, pois o único homem que morava naquela casa era ele. Alguém soltou o boato, outro divulgou e a notícia se espalhou de tal forma que muitos se reuniram para velar um homem que estava vivo. Imagine você chegar a sua casa e se deparar com os seus amigos e familiares que vieram prestar-lhe uma última homenagem, alguns chorando, outros consolando, todos na certeza de que você morreu e o único que não sabe disso é você.
Não acredite em tudo o que você lê na internet, não acredite em tudo o que você pensa que viu ou ouviu. Antes de divulgar uma notícia certifique-se da sua veracidade.

sábado, 27 de agosto de 2011

Corrente do bem

O professor entra na sala de aula com um semblante que demonstra certa irritação. Os alunos não estranham, pois o mestre não é conhecido por sua simpatia. Ele é muito exigente e suas palavras sempre são pronunciadas com certo autoritarismo. A aula começa. As coisas estavam acontecendo dentro do habitual. Alguns alunos conversam animadamente quando algo surpreendente acontece. Até os alunos mais distraídos olham fixamente na direção do professor. Ele passa a defender com eloquência o que considera ser uma verdade inquestionável. As suas palavras causam espanto e indignação na turma.
As palavras dele foram as seguintes: “Fui convidado por um amigo a ir à missa na Igreja Católica, durante o sermão o padre disse que devemos ajudar os mais necessitados. Afirmou ainda que deveríamos doar um pouco do nosso tempo para amenizar o sofrimento dos que sofrem. Eu não ajudo ninguém, para que serve o governo? Que o poder público os ajude, pois já pago os meus impostos, que são caríssimos”!
Se deixássemos unicamente nas mãos do poder publico a tarefa de resolver todas as mazelas da sociedade o país estaria em situação bem pior do que está. O individualismo exagerado é perigoso e inimigo da empatia. Talvez você já tenha ouvido alguém falar assim: “Eu tenho as coisas porque me esforcei muito, quem quiser ter as mesmas coisas que tenho que trabalhe também”. Se fosse tão simples assim seria bom, mas há uma série de fatores que desmentem tal afirmação. Ainda bem que o povo brasileiro é solidário por natureza. As catástrofes naturais que destroem tantas vidas e sonhos revela claramente para o mundo todo como o espírito do voluntariado é marcante no Brasil. Se não fosse por esse exército poderoso de voluntários, milhares de vidas seriam destruídas, não só pelas calamidades naturais, mas também pela dura realidade da pobreza e da falta de oportunidades.
Há uma data comemorativa muito importante e que quase ninguém conhece. A mídia não explora a data como tantas outras do calendário. O Dia Nacional do Voluntariado foi instituído no dia 28 de agosto de 1985, através da Lei Nº 7.352, sancionada pelo então Presidente da República, José Sarney. A partir daí, o dia 28 de agosto é celebrado anualmente.
Segundo definição das Nações Unidas, "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos...”.
Ao analisar os motivos que mobilizam em direção ao trabalho voluntário, descobrem-se, entre outros, dois componentes fundamentais: o de cunho pessoal, a doação de tempo e esforço como resposta a uma inquietação interior que é levada à prática, e o social, a tomada de consciência dos problemas ao se enfrentar com a realidade, o que leva à luta por um ideal ou ao comprometimento com uma causa.
Nas cidades, nos bairros, nas ONGs, nos grupos de autoajuda e nos clubes, nas associações culturais e esportivas, nas instituições religiosas e nas empresas, milhões de pessoas ajudam umas às outras, elas ajudam a quem está em situação mais difícil e realizam atividades que beneficiam sua comunidade, seu país e nosso planeta.
Pelos benefícios que traz para o próprio voluntário, para as pessoas com quem o voluntário se relaciona e para a sociedade é que o voluntariado merece ser valorizado, apoiado, divulgado e fortalecido.
Não se esqueça de que o dia 28 de agosto é uma data muito especial. Faça algo bom para você e para a sociedade, seja voluntário. Ajudar quem precisa é um ótimo remédio para a alma. A sua vida será mais colorida e cheia de significado.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Igualdade ou morte

Ouviram das vielas em margens fétidas
de um povo sofredor e agonizante,
e o sol abrasador, em raios fúlgidos,
brilhou do céu na terra escaldante.
se o penhor é desigualdade
conseguimos avistar a própria morte,
em nosso meio, necessidades,
O nosso povo está entregue a própria sorte!

Ó pátria amada,
idolatrada,
salve! Salve-os!

Brasil, intenso sonho esperado
do amor e da justiça à terra padece,
o céu é testemunha dessa verdade,
a imagem da carencia resplandece.
gigante pela própria natureza,
és belo, és forte, és para poucos,
e o teu futuro espera-se essa grandeza.

Terra estimada,
entre as nações,
és tu,brasil,
ó pátria amada!
Seus filhos ainda acreditam em ti,
pátria amada,
brasil!

Deitado sem conforto no casebre,
ao som da enchurrada e do barulho,
a criança já vislumbra a sua vida,
sem brilho já desponta o seu futuro!
do que o povo mais sofrido,
Suas vidas são exemplos de valor;
"Sua fé é um colosso,"
O que mais lhes falta é amor.

Ó pátria amada,
idolatrada,
salve! Salve-os!.

Brasil, da injustiça deixe de ser símbolo
A bandeira deve ser a igualdade,
e diga ao seu povo batalhador
que a corrupção será coisa do passado.
mas, se valorizas os desatinos com braço forte,
verás que um filho teu desiste da luta,
ele teme, quem o oprime, até a morte.

Terra estimada,
entre as nações,
és tu, brasil,
ó pátria amada!
seus filhos ainda acreditam em ti,
pátria amada,
brasil!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pai

Cada filho tem boas ou más lembranças de seu pai. Alguns pais foram bons e amorosos. Outros, infelizmente, foram violentos, abusivos ou rudes. Existem aqueles filhos que não conheceram seu pai ou, se o conheceram, foi pouca a convivência. O Dia dos Pais é um dia de lembranças, elas podem ser boas ou ruins. Para outros filhos, a data que deveria ser de comemoração e alegria, pode ter um significado diferente, ou seja, um momento de saudades, pois apesar destas pessoas terem tido um pai que foi muito amoroso, ele já faleceu.
Há um sentido especial neste Dia dos Pais para cada um de nós, mesmo para aqueles que sentem saudades, ou tristeza por que não tem boas memórias dos seus pais. Este é um momento para você lembrar que tem um pai que sempre lhe amou. Apesar das experiências que teve nesta vida, você tem um pai que nunca lhe abandonou. Você tem um pai que tem trabalhado e operado a seu favor mesmo antes do seu nascimento. Quer saber de quem estou falando? No final do texto você vai saber.
É importante destacar que cada pai está deixando marcas e construindo lembranças nos seus filhos. Como será que seus filhos se lembrarão de você? Que tipo de lembranças terão da convivência que tiveram contigo? Só os seus filhos é que poderão responder a estas perguntas daqui a alguns anos. A boa noticia é que sempre é possível se esforçar como pai, para produzir boas e memoráveis lembranças na vida dos filhos.
Para ser lembrado pelos filhos como bom pai é preciso ter cuidado com algumas atitudes:
· Como pai, você deve resistir à inclinação natural de dar coisas ou presentes como uma forma de compensar a ausência e envolvimento pessoal com a vida dos filhos.
· Evite como pai dar o melhor no trabalho e apenas o que sobrar em casa.
· Tenha o cuidado de ser um bom exemplo para os seus filhos os escutando e ensinando-os, ao invés de viver dando “sermões” sobre tudo que precisa mudar em suas vidas.
Com as exigências e responsabilidades cada vez maiores do trabalho, às vezes, um pai inocentemente tenta compensar as longas horas que ele passa ausente do lar com coisas materiais. Nem é preciso dizer que coisas não substituem a presença do pai, quando os filhos precisam dele, o pai tem que estar “lá”. Nas reuniões da escola, nas tarefas escolares, no jogo de futebol, nos primeiros passinhos, nas brincadeiras, no aconselhamento e em tantas outras coisas. Filhos tem necessidade da presença e da participação de seus pais em suas vidas.
O ser humano é limitado em vários aspectos. Todas as pessoas têm limites de energia, entusiasmo, ideias, humor e paixão pela vida. O trabalho é desgastante em todos os sentidos. Muitos pais usam toda a sua energia no trabalho, deixando quase nada para o final do dia. O resultado não poderia ser outro: esposas e filhos recebendo só os restos. Se você não reservar parte da sua energia e força para sua família, quando chegar ao final do dia, nada mais lhe restará além do cansaço e irritação. Até mesmo uma simples brincadeira dos filhos ou um comentário da esposa pode desencadear em você uma reação que magoará tanto a esposa como os filhos. Alguns pais chegam ao cúmulo de falar para os filhos: “Não me aborreça que estou cansado”. Um bom conselho é que se deve preservar o melhor para a família, isso inclui energia, entusiasmo, ideias, humor e paixão pela vida.
Todo homem deveria estar sempre pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar. Quando as coisas fogem do controle em casa, a tendência natural é esquecer-se de tudo, inclusive da razão. A ira tem partido muitos corações. Antes de se descontrolar com tanta facilidade, o pai deveria ser mais misericordioso com os filhos. Em hipótese alguma ele deveria aprovar os erros dos filhos, mas sim orientá-los no caminho em que devem seguir. O bom exemplo de um pai é de inestimável valor na vida dos filhos.
A tarefa de educar é árdua e muitas vezes parece não trazer nenhum resultado positivo, mas um verdadeiro pai nunca desanima mesmo diante dos maiores desafios. Parabenizamos todos os pais que com carinho e dedicação tem sido verdadeiros heróis para os seus filhos.
O pai que nunca abandona e que tem trabalhado e operado a seu favor mesmo antes do seu nascimento é Deus.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Carteiro na Academia de Letras

Quero dar uma notícia em primeira mão. Nem preciso dizer da minha surpresa ao receber um convite que jamais pensei que receberia. Não vou deixá-los curiosos, por isso, vou logo ao que interessa.

Fui procurado pela senhora Elza Verão Soares( Presidente da Academia Pontaporanense de Letras). O convite entregue por ela dizia o seguinte:

A presidente da Academia Pontaporanense de Letras tem a honra de convidá-lo a participar das reuniões mensais da Academia, na sala VIP da Prefeitura Municipal de Ponta Porã.

Sem mais para o momento, elevo votos de estima e apreço.

Elza Verão Farias


Conversamos por alguns minutos sobre a possibilidade de num futuro próximo eu ser membro efetivo da Academia de Letras. Não é incrível? Um carteiro ter a honra de pertencer a uma instituição tão importante para a divulgação da literatura é extraordinário.

Realmente, tudo é possível!

Pedido especial

Recebi um pedido especial de uma professora. Ela escreveu um comentário no meu blog. Fico feliz por saber que há muitos internautas em todo o país que me acompanham na internet.

Vou responder a sua pergunta aqui mesmo. O texto que escrevi sobre o dia a dia do carteiro vai ser usado por ela para realizar uma atividade com os seus alunos. A pergunta foi a seguinte: Qual o horário em que os carteiros vão almoçar? Respondendo: Não há um horário fixo para todo o país. Dependendo do estado, pode haver alterações. O horário estipulado pelos Correios para o almoço em Ponta Porã é das 11:00 as 13:00 hs. Alguns carteiros trabalham até as 11:30 retornando as 13:30. O importante é que eles tirem as duas horas diárias.

Quero aproveitar a oportunidade para dizer a essa querida professora que estou a sua disposição para sanar eventuais dúvidas. Pode entrar em contato comigo através do e-mail: alcimassa@ibest.com.br ou pelo fone (67) 9928-2537

sábado, 6 de agosto de 2011

Visão cega

Não é nenhuma novidade afirmar que quando surge o conflito interpessoal cada um culpa o outro pelo fracasso nos relacionamentos. É difícil aceitar que o erro pode estar em si e não na outra pessoa. Por mais transparentes que sejam as evidências é raro encontrar alguém com a nobreza de admitir os próprios erros, ainda mais raro é encontrar pessoas dispostas a consertá-los.
Talvez você conheça alguém teimoso o suficiente para continuar defendendo a mesma posição equivocada mesmo diante da mais escancarada insensatez. Alguns chegam a se gabar dizendo que nunca irão dar o braço a torcer em hipótese alguma. Como explicar um comportamento desses? Quem sabe a personalidade “difícil”, os valores passados pelos pais, alguma experiência vivida na infância, à falsa sensação de superioridade ou o perfeccionismo exacerbado. Todo mundo precisa conviver com pessoas perfeitas aos seus próprios olhos. A convivência nem sempre é amigável. Quem se acha superior nunca perde a chance de revelar os defeitos dos outros e de culpá-los. A ilustração abaixo revela de forma bem humorada como uma pessoa pode estar sinceramente equivocada.
Um homem telefona ao médico para marcar uma consulta para a sua mulher. A atendente pergunta num tom de voz acima do normal:
- Qual o problema de sua esposa?
- Surdez! Não ouve quase nada.
- Então, o senhor vai fazer o seguinte: antes de trazê-la fará um teste, para facilitar o diagnóstico do médico. Sem que ela esteja olhando, o senhor, a certa distância, falará em tom normal, até que perceba a que distância ela consegue ouvi-lo. Então, quando vier, dirá ao médico a que distância o senhor estava quando ela o ouviu... Certo?
- Está certo.
À noite, enquanto a mulher preparava o jantar, o senhor decidiu fazer o teste. Mediu a distância que estava em relação à mulher. E pensou:
Estou a 10 metros de distância. Vai ser agora!
- Júlia, o que temos para o jantar?
Nada. Silêncio. Aproxima-se a 5 metros.
- Júlia, o que temos para jantar? Nada. Silêncio.
Fica a 3 metros de distância:
- Júlia, o que temos para o jantar?
Silêncio. Por fim, encosta-se às costas da mulher e volta a perguntar:
- Júlia! O que temos para o jantar?
- Frango! É a quarta vez que eu respondo!
Normalmente, na vida, pensamos que as deficiências são dos outros e não nossas. Em vez de procurar um culpado em todos os lugares seria melhor reparar primeiro em nós mesmos. O problema pode estar bem mais perto do que imaginamos. A boa notícia é que sempre podemos mudar de atitude e melhorar o nosso comportamento, isso se assim realmente desejarmos.

domingo, 31 de julho de 2011

Morte anunciada

Na música “Rehab”, que tornou Amy Winehouse mundialmente famosa, a cantora já se declarava uma drogada por opção ao cantar que “tentaram levá-la para reabilitação, mas ela disse não, não e não”. Foi uma escolha que a levou a mais completa degradação. Cada escolha trás consigo as suas próprias consequências, infelizmente, ela optou por um caminho doloroso e fatídico.
Nas suas canções ela alertava sobre os seus problemas pessoais. A cada aparição na mídia, a jovem de 27 anos revelava diante do mundo inteiro a sua falta de domínio próprio. O vicio das drogas e álcool é uma desgraça que assola toda a sociedade. Inicialmente tão sedutor, mas depois destrutivo como sempre. A artista passou a figurar na triste estatística de jovens que se perdem em decorrência do consumo desenfreado de drogas.
As causas da morte ainda estão sendo investigadas, mas todos que acompanharam os seus passos perceberam claramente que o final da sua história seria trágica, o que acabou se confirmando no dia 23 de julho, data em que foi encontrada sem vida em sua casa londrina.
O seu talento e a voz invejável encantou a crítica musical. No começo da carreira, a sua aparência era muito diferente da que se viu nos últimos dias. Chegou a ganhar cinco prêmios Grammys- o Oscar da música. Separou-se do marido e, partir daí, deixou de ser a mesma. Era o início da sua decadência física. Seria a sua separação o motivo principal que a levou a se afundar no vicio do álcool e das drogas ilícitas? Nunca saberemos ao certo. Só restam as conjecturas, o que é sempre perigoso. O fato é que o vicio a venceu.
Presa por agressão a um fã, duas idas a reabilitações, em menos de quatro anos, shows deploráveis onde não se lembrava da letra de suas próprias canções – inclusive nos ocorridos no Brasil – Amy foi se tornando uma sombra do que fora um dia, quando a música ainda era o seu maior valor. Para os seus fãs foi triste assistir a um vídeo onde ela dormia na rua bêbada e inconsciente. Os aplausos nos shows foram transformando-se em vaias.
Impressionante é o relato de sua mãe ao jornal “Sunday Mirror”. Janis, mãe de Amy, afirmou que ao vê-la pela última vez, na sexta-feira que antecedeu sua morte, acreditava que a tragédia era “apenas uma questão de tempo”. Ao ser internada este ano, médicos da clínica de reabilitação, onde ela se tratou, afirmaram que ou ela deixava de beber, ou morreria.
Se há uma coisa que os jovens podem aprender com a vida de Amy Winehouse é que não devem seguir os seus passos. No seu comportamento e na sua aparência estava revelado de forma transparente quão maléfico é o vicio. Ele não respeita nada, nem classe social, sexo ou nacionalidade. As suas vítimas crescem assustadoramente. É triste ver diante dos nossos olhos uma jovem com um futuro tão brilhante desperdiçar a sua vida de forma tão absurda. Se você gosta do seu estilo musical, aprecie a sua música, mas não imite o seu estilo de vida. A vida não pode se resumir a festas e bebedeiras.
O autor Mario Puzo escreveu algo para refletir: “Viva sua vida não para ser um herói, mas sim para permanecer vivo”.

sábado, 23 de julho de 2011

Abraço da discórdia

Algo terrível está acontecendo com a sociedade brasileira. Como tornar-se numa nação desenvolvida se as pessoas que compõem essa mesma sociedade nem ao menos se respeita? O uso da força física para ameaçar, ferir e destruir vidas inocentes é mais comum do que gostaríamos. A violência tomou tamanha proporção que até um simples abraço virou desculpa para a mais covarde agressão. Aonde vamos parar se as coisas continuarem como estão? A cada dia fica mais evidente que certas pessoas perderam totalmente o controle de si mesmas.
A vida humana é cada vez mais desvalorizada. O amor ao próximo como a si mesmo está desaparecendo aos poucos Ninguém está a salvo. Se você está vestido com uma camiseta de algum time de futebol e encontra certos torcedores rivais, o melhor a se fazer é fugir o mais rápido possível, pois, uma simples camiseta estampada é motivo para espancamentos e até mesmo assassinatos. O cúmulo do absurdo é saber que pessoas são ofendidas apenas por ser naturais de alguns estados da federação. A cor da pele e outras bobagens são usadas como justificativa por certas pessoas que praticam atos criminosos.
Com as mudanças vividas pela sociedade nos últimos anos, muitas coisas foram drasticamente alteradas. Você pode e tem o direito de não concordar com o estilo de vida de certas pessoas, mas não tem o direito de fazer uso da violência física ou verbal para tentar mudá-las ou humilhá-las. Cada pessoa merece ser respeita na sua individualidade. Ninguém pode estabelecer as suas próprias regras e obrigar os outros a segui-las cegamente.
Quem poderia imaginar que um simples abraço fraterno entre pai e filho fosse desencadear uma reação tão covarde? Ainda chocado com a agressão sofrida na madrugada de sexta-feira, em uma festa agropecuária em São João da Boa Vista (SP), um autônomo de 42 anos que teve parte da orelha decepada por uma dentada contou detalhes do momento em que ele e o filho de 18 anos, abraçados, foram confundidos com um casal homossexual. "Antes da pancadaria, eles provocaram muito e pediram para a gente se beijar na boca", lembrou. "'É meu filho, é meu filho', eu respondi e desmaiei com um soco no queixo. Quando acordei, tinha sangue na cabeça e alguém falou: 'cortaram a orelha dele'". "Será que um pai não pode abraçar um filho?", perguntou.
"É difícil sair na rua. Meu filho ficou tão envergonhado... Voltou bem depressa para São Bernardo do Campo", disse, acrescentando que o jovem cursa Educação Física. "A gente se abraçava, para matar a saudade. Ele estuda fora, fica longe de casa muito tempo. É pai e filho com saudade um do outro", disse o autônomo, que é pai de outros três filhos.
Por questões pessoais, não sou a favor do homossexualismo, mas defendo o direito das pessoas de viverem as suas vidas da forma que acharem melhor. A pessoa tem o livre arbítrio para escolher a sua opção sexual. Um heterossexual e um homossexual precisam se respeitar com reciprocidade. A busca da paz deve ser o centro das nossas atenções. O uso da violência não é o melhor caminho para resolver os conflitos. O diálogo sempre trás bons resultados.
Mesmo que os dois homens fossem homossexuais- o que não era o caso, nada justifica um ato de violência tão gratuita.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Aniversário de Ponta Porã


Parabéns Ponta Porã

No ano de 1912, no dia 18 de julho, foi criado o Município de Ponta Porã. Em 1913, foi instalado o Município de Ponta Porã e toma posse seu primeiro Prefeito, o senhor Ponciano de Matos Pereira. Desde então, muita coisa mudou. A cidade se desenvolveu e atualmente conta com uma população de aproximadamente 78 mil habitantes, conforme dados do último censo do IBGE. A Princesinha dos Ervais merece a minha singela homenagem, pois foi aqui que construí a minha vida. Trago viva na memória parte da infância vivida no município da fronteira.
Não sei bem as razões que levaram os meus pais a se mudarem para Ponta Porã. O fato é que no ano de 1981 cheguei pela primeira vez a esta terra querida. Ainda consigo me lembrar com detalhes da nossa chegada ao bairro Jardim Aeroporto. Fomos morar na Rua Aeroporto Internacional. O caminhão descarregou a mudança e junto com ela os sonhos de uma vida melhor. A rua da minha nova casa era dividida por um enorme buraco. É claro que adorei a geografia do local, pois naquele buraco pude brincar muito com os novos amiguinhos que fiz. A casa era muito simples, assim como a nossa vida. Apesar das sérias dificuldades financeiras da família, me divertia muito. Mesmo sem ter brinquedos, assim como outras crianças da rua, usávamos toda a nossa criatividade para descobrir novas formas de se divertir. A casa onde morei ainda existe, ela está exatamente igual ao que era no passado. Toda vez que a vejo é como se um filme antigo passasse diante dos meus olhos.
O meu pai transportava trabalhadores da antiga Fazenda Itamaraty para fazer compras em Ponta Porã. Fizemos muitas viagens cheias de aventuras pelas ruas empoeiradas da região de fronteira. Num belo dia, meu pai me chamou e disse que iríamos passear. O carro velho da família estava quebrado, por isso, pensei que fossemos ir de ônibus. Fiquei surpreso e eufórico ao saber que faria a minha primeira viagem de trem. Ao chegar à estação ferroviária fiquei absolutamente encantado com o “monstro de ferro” que se aproximava. Foi a melhor viagem que fiz na vida. O som barulhento do trem soava como música para um menino que amava novas aventuras.
Por causa de um problema de saúde do meu irmão, tivemos que nos mudar para São Paulo. Quando deixei a cidade aos 11 anos de idade fui de trem. O trem saiu de Ponta Porã com destino a Santo André-SP. Faz 25 anos, mas ainda me alegro ao lembrar-me daquela inesquecível viagem. Foram três longos dias dentro daquele saudoso trem. No local da antiga estação ferroviária, atualmente está instalada a FUNCESPP- Fundação de Esporte e Cultura de Ponta Porã. Mesmo sem saber, eu estava fazendo parte da história da cidade. Ao contar para as pessoas que viajei de trem para São Paulo elas se surpreendem ao saber que no passado o nosso solo já recebeu os trilhos que tanto desenvolvimento trouxe para a região.
O meu programa favorito aos domingos era ir assistir televisão na praçinha da Prefeitura Municipal. Havia até uma espécie de arquibancada onde nos sentávamos para apreciar as imagens que saiam daquela fantástica caixa. A pracinha ficava lotada de gente. Era um encanto apreciar toda aquela beleza, inclusive as piscinas cheias de uma água transparente que fazia tão bem aos olhos. A minha vontade era de mergulhar naquelas águas tão convidativas, mas os meus pais diziam que era proibido se refrescar ali. As ruas da região central eram pouco movimentadas. O movimento maior era no comércio no centro. As pessoas usavam muito a bicicleta como meio de transporte.
Após alguns anos morando em São Paulo, uma série de circunstâncias me levou a voltar. Posso afirmar com convicção que Ponta Porã é um lugar tranquilo para se viver, desde que não nos envolvemos com a criminalidade. A esmagadora maioria da população é honesta e trabalhadora. A cidade não merece a fama tão negativa que tem no resto do país, pois há muitas coisas boas para se apreciar. Logicamente que temos muitos problemas, mas qual cidade não tem? O crescimento da cidade trouxe novos desafios para o poder público. Apesar dos problemas existentes, a imagem que tenho da minha querida Ponta Porã é a melhor possível. Aqui fiz muitos amigos, constitui família e, quem diria, acabei me tornando escritor.
A cidade passou por grandes mudanças. O desenvolvimento econômico é uma realidade cada vez mais presente. Ainda me surpreendo ao ver tantos veículos transitando pela cidade. Em alguns horários é praticamente impossível encontrar vaga para estacionar. Os turistas estão por toda parte. Novas obras estão em construção e com elas mais qualidade de vida para os moradores. O setor imobiliário cresce vertiginosamente. A cidade está cada vez mais bela e aconchegante.
Parabéns Ponta Porã por mais um aniversário. Que Deus continue abençoando ricamente o nosso amado povo bem como os seus governantes.



sábado, 9 de julho de 2011

Vergonha nacional

Os supostos motivos que levam alguém a praticar um ato de tamanha desumanidade são os mais variados; poderia ser o liberalismo sexual tão em moda na atualidade, talvez a irresponsabilidade da juventude moderna, quem sabe o medo do segredo ser revelado, a dependência química, a depressão, a pobreza, a reação dos pais ou o mais completo desespero. Na pior das hipóteses poderia ser simplesmente o desejo de alguém em se livrar de algo que considera um problema a ser resolvido imediatamente. O fato é que mesmo tentando encontrar as reais causas, a verdade aterradora permanece inalterada. O ser humano é capaz de fazer coisas absolutamente terríveis.
É cada vez mais comum a mídia divulgar a noticia que leva pesar e comoção aos lares do povo brasileiro. Diante do que é mostrado nos jornais e outros meios de comunicação, só há um sentimento- a indignação. Uma pergunta soa no ar sem que ninguém consiga respondê-la satisfatoriamente. Por quê?
O abandono de bebês é uma vergonha nacional. Não há nada mais indefeso do que um recém-nascido. Sem ter nenhuma condição de se manter sozinho, dependendo totalmente de cuidados e atenção, o bebê é um símbolo da total dependência, tanto física quanto emocional. Ele se enquadra perfeitamente na descrição de incapaz. Incapaz é toda pessoa que por algum motivo de saúde física ou mental, ou ainda pela idade, não pode se manter por si só.
O artigo 134 do Código Penal Brasileiro diz que: É crime expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria (vergonha de ter engravidado). Para este crime a pena é de detenção de 6 meses a 2 anos. Se o recém-nascido sofrer alguma lesão corporal de natureza grave a pena é detenção de 1 a 3 anos, se resulta a morte a detenção é de 2 a 6 anos. A legislação ainda prevê que qualquer gestante que queira entregar o filho para adoção deve procurar a vara da infância do município, sem qualquer responsabilização legal. Se a mãe pode entregar o filho para adoção sem qualquer punição da lei por que não o faz? Por que o abandona a própria sorte com sérios riscos a sua própria integridade física? Será que falta a informação correta ou mais campanhas nacionais de conscientização? Apesar de a lei declarar que abandono de incapaz é crime, é cada vez mais comum o abandono de recém-nascido no nosso país.
A estudante Érica Machado de Oliveira, de 25 anos, passeava com a cadela de estimação da família. O animal parou perto de uma sacola de supermercado em frente ao número 1336 na Rua Itaqueri, no bairro da Mooca, Zona Leste da capital paulista. Ao abrir a sacola, a mulher encontrou uma criança recém-nascida que havia sido abandonada na rua. Ela prestou os primeiros cuidados à criança até a chegada dos policiais, acionados por ela pelo telefone 190.
Se você ouvisse um choro de criança vindo da direção onde se encontra o lixo ou de qualquer outro lugar inadequado, qual seria a sua reação? O choro, a revolta, a negligencia ou simplesmente o desejo de ajudar um ser indefeso? É claro que o amor falaria mais alto e você ficaria comovido e prontamente ajudaria, mas infelizmente, algumas poucas pessoas passariam por ali como se nada de anormal estivesse acontecendo e ainda se justificariam alegando que o problema não era seu.
Como o povo brasileiro, na sua maioria, professa a fé cristã, é triste ter que constatar que estamos muito longe de viver os ensinamentos de Jesus Cristo. Mesmo as demais religiões reconhecem e o respeitam como um exemplo a ser seguido. O mestre sabiamente nos ensinou que devemos amar as crianças e protegê-las. Os pequeninos foram usados como exemplo de uma fé pura e verdadeira.
As crianças deveriam receber toda atenção e carinho, mas a cada dia sofrem com todo tipo de abuso. Não é só o abandono, infelizmente, há muitas outras coisas terríveis acontecendo com elas. Se você tem a informação de que alguma criança está sofrendo devido aos maus tratos, você tem a obrigação moral de denunciar os agressores às autoridades competentes. Não se pode permitir em hipótese alguma que seres tão indefesos e carentes de afeto fique a mercê de pessoas totalmente incapazes de cuidar delas.

sábado, 2 de julho de 2011

Homenagem ao Dia do Bombeiro

Heróis da vida real

Alguém que você não viu
Que nunca o abordou
Pode ser o socorro
Que você tanto esperou

Apenas uma farda
E um cinturão vermelho
O difere do demais
O nosso herói bombeiro

Se alguém pede socorro
Nada o impede de chegar
A sua árdua missão
É muitas vidas salvar

Sem ostentar louros
E muito menos vaidades
O bombeiro é o herói
De todas as cidades

Mesmo com risco de morte
O socorro é oferecido
Para ele o que importa
É não abandonar o ferido

De dia ou de noite
No frio ou no calor
Sem nunca desistir
Servindo com amor

O que mais impressiona
Nesse homem destemido
É que ele nem pensa
Em ser reconhecido

Não é por medalhas de ouro
Que ele vai trabalhar
Foi Deus que deu a ele
A nobre missão de salvar

Do alto uma linda voz
Fala-lhe ao coração
Dizendo amado filho
Ajude-me na salvação!

Que o dia 2 de julho
Seja muito especial
É o Dia do Bombeiro
Esse amado profissional

Alci Massaranduba

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Reportagem no jornal Correio do Estado

O Jornal Correio do Estado é um dos mais antigos jornais do estado de Mato Grosso do Sul. No dia 17 de junho saiu uma matéria( Carteiro de Ponta Porã registra crônicas do dia a dia em livro) no Cardeno B a respeito do meu livro Minha Vida de Carteiro e do meu trabalho como escritor. Fiquei feliz, pois os demais municípios do estado puderam conhecer um pouco sobre o escritor Alci Massaranduba. Segue abaixo cópia da matéria publicada no jornal bem como o texto original.

Carteiro de Ponta Porã registra crônicas do dia a dia em livro


Um problema de saúde acabou determinando a entrada de um carteiro de Ponta Porã no mundo da literatura. “Tenho dificuldade respiratória que sempre me incomoda de madrugada. Por causa dela, acordava lá pelas 5h e não dormia mais. Durante mais de uma hora ficava com o tempo ocioso. Depois de algum tempo percebi que podia fazer alguma coisa antes de sair para o trabalho. Foi aí que percebi que podia escrever alguma coisa no computador. Após começar, não parei mais”, lembra Alci Massaranduba, que é carteiro há 12 anos na cidade.
A atividade profissional serviu de inspiração para o primeiro livro, lançado em 2009, numa edição independente com 200 exemplares- depois mais 200 foram impressos com patrocínio da Prefeitura Municipal de Ponta Porã. “Minha Vida de Carteiro” é marcado pelo ineditismo da empreitada. “Pesquisei se tinha uma publicação desse tipo no Brasil e não encontrei nada”, conta Alci.
A ideia era relatar por meio de crônicas, situações pelas quais passou e também lembrar aquelas que foram vividas por colegas de profissão em Ponta Porã. Há desde o contato diário com animais de estimação dos donos das casas visitadas até relatos humanos em torno das correspondências entregues.
No primeiro caso, Alci se lembra de um pastor alemão com cara de poucos amigos que o assustou quando foi entregar uma carta em um bairro da periferia da cidade. “No primeiro encontro, achei que iria me atacar. Era assustador, mas depois percebi que ele somente queria me acompanhar, transformando-se numa espécie de guarda-costas. Voltei outras vezes naquela região e o cachorro sempre repetia o gesto. Também já fui atacado por outros cães e, acidentalmente, matei um cachorro”.
O carteiro faz as entregas de motocicleta e foi com ela que sofreu um acidente relatado no livro. “Um caminhão de bebidas derrubou a carga, as garrafas estouraram, os cacos foram para todos os lados. Por incrível que pareça, os cacos passaram por cima da minha cabeça e não me atingiram”.
Aparecem histórias engraçadas na publicação, como a que conta a situação vivida por um carteiro de Ponta Porã que fez a entrega de uma correspondência numa loja de confecção. No outro dia, descobriu que, na verdade, entregou a um manequim achando se tratar de uma pessoa. “É uma situação verdadeira, mas não aconteceu comigo, foi com um carteiro daqui”.
Agora, Alci quer publicar outros títulos. Um deles é “Pensamentos de um carteiro”, que trará crônicas, artigos, poemas. O outro é “Minha Vida de Cristão”. Além destes, escreve regularmente em publicações da fronteira. “Antes do meu primeiro livro, nunca tinha escrito e agora, quero continuar sempre”. (OC)




quarta-feira, 29 de junho de 2011

Festival Nacional de Música dos Correios

No dia 25 de junho aconteceu o Festival Nacional de Música dos Correios etapa de Campo Grande-MS. Fui convidado a falar durante o festival sobre o meu livro Minha Vida de Carteiro. A obra ficou em exposição e várias pessoas o adquiraram. Foi uma honra ter participado. Tirei fotos e dei alguns autógrafos para funcionários dos Correios de outros estados da federação.




terça-feira, 28 de junho de 2011

Presentes

Quem não gosta de ganhar presentes? A resposta é óbvia- todo mundo adora ser presenteado. O presente representa muito mais do que ganhar alguma coisa, pois ele é um símbolo de carinho e estima. É pena que nem todos podem dar-se ao luxo de dar ou mesmo receber presentes. Há uma grande barreira que para alguns é intransponível- a falta de dinheiro.
No Brasil há uma data comemorativa para quase tudo, logicamente que para cada uma delas a mídia não cansa de mostrar comerciais na TV, propagandas em revistas, sites, outdoors e também no rádio. O apelo é para comprar, comprar e comprar. Haja dinheiro para gastar tanto.
Você é convidado para o aniversário de alguém; um parente vai casar e o convidou para ser padrinho; é aniversário do seu casamento; é o dia das mães e ela não pode ficar sem um agrado; chá de bebê de uma colega; as festas de final de ano; dia das crianças; dia dos pais. A lista de presentes só tende a aumentar, é bom parar por aqui para não desanimá-lo ainda mais. Não falta oportunidade para presentear, o que falta mesmo é dinheiro.
Se a pessoa que vai ser presenteada for muito exigente, aí é que as coisas complicam. A lógica de alguns é: pessoas humildes presentes baratos, pessoas sofisticadas presentes caros. Há certa preocupação na escolha do que comprar, principalmente por causa dos poucos recursos disponíveis e da dificuldade de escolher o presente certo.
Talvez as crianças sejam as que mais aguardam com expectativa pelo dia de receber o tão sonhado presente. Para elas não importa tanto o valor do seu custo mais sim o ato de ganhá-lo. O jeitinho com que elas pedem pode derreter até o mais duro coração. Quem tem filhos sabe muito bem disso. As crianças ficam felizes e agradecidas por muito pouco. É muito fácil agradá-las.
Os pais não deveriam dar tudo o que a criança pede e nem negar a elas o prazer de receber um simples presente de vez em quando. O bom senso é sempre preferível.

O PRESENTE
A criança quer um presente
Mas não sabe o que pedir
Pensou em muitas coisas
Para enfim se decidir

Talvez uma boneca
Ou uma sandália novinha
Uma caixa de giz de cera
Um conjunto de canetinha?



Só havia um detalhe
Que ela nem notou
Do dinheiro do cofrinho
Uma moeda sobrou

Então foi pedir ao pai
Que queria passear
Só não falou do presente
Que desejava comprar

O pai na inocência
Saiu com a filha amada
Na porta de uma loja
A verdade foi revelada

Papai compra pra mim
Um presente especial
Eu queria a boneca
Que vi no comercial!

Com carinha de anjinho
O pedido foi pronunciado
O pai não resistiu
Ao lindo rosto rosado

Quando uma criança pede
É difícil resistir
Só não a atendemos
Se as condições não permitir

Nem sempre é possível
Atender ao seu pedido
Pois o objetivo maior
É livrá-la do perigo