sábado, 27 de fevereiro de 2010

A Sabedoria do Chocolate Quente

Um grupo de jovens formados e bem estabelecido sem suas carreiras, estavam conversando sobre suas vidas em uma reunião de ex-colegas. Então decidiram que visitariam um velho professor do tempo de faculdade, agora aposentado, e que fora sempre uma inspiração para eles. Durante a visita, o bate-papo se transformou em reclamação sobre o estresse em seus trabalhos,vidas e relacionamentos. Ao oferecer chocolate quente a seus visitantes, o professor foi na cozinha e retornou com uma jarra cheia da bebida e com uma variedade grande de canecos. Alguns deles eram de porcelana, outros de vidro, outros de cristal… uns simples, outros bem caros e bonitos, e outros bem feios. Então ele convidou cada um a se servir da bebida. Quando todos eles já estavam com o chocolate quente em mãos, o professor compartilhou seu pensamento:- “Percebam que todos os canecos caros e bonitos foram os escolhidos, e que os simples e baratos foram deixados na mesa?”- “Embora vocês achem normal desejarem somente os melhores para si, é aí que está a fonte de seus problemas e estresse.”- “O caneco no qual você está bebendo, não acrescenta nada à qualidade da bebida. Na maioria das vezes, ele é apenas mais caro. Às vezes, ele até esconde o que estamos bebendo.”- “O que cada um de vocês queria, na verdade, era chocolate quente. Vocês não queriam o caneco… mas vocês inconscientemente escolheram os melhores.”- “E logo vocês começaram a olhar uns para os canecos dos outros.

Agora amigos, por favor, considerem o seguinte:- “A vida é o chocolate quente. Seu emprego, seu dinheiro, e sua posição na sociedade são os canecos.”- “Eles são apenas ferramentas que fazem parte da vida.”- “Os canecos que vocês têm em mãos, não definem nem mudam a qualidade de vida que vocês vivem.”- “Às vezes, ao nos concentrarmos somente no caneco, deixamos de saborear o chocolate quente que Deus tem nos ofertado.”- “Lembrem-se sempre disto:- Deus provê o chocolate. Ele não escolhe o caneco.”- As pessoas mais felizes não são as que têm o melhor de tudo. Mas simplesmente as que fazem o melhor de tudo que têm! Vivam simplesmente. Amem generosamente. Cuidem-se imensamente. Falem bondosamente. Deixem o resto com Deus. E lembrem-se:- Os mais ricos não são os que têm mais, mas os que precisam de menos. Aproveitem seu chocolate quente!!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Confusão com um relógio

A vida de qualquer carteiro é repleta de histórias hilárias. A profissão é árdua, mas muito divertida. Conhecemos todas as residências da cidade. Temos contato com uma diversidade enorme de pessoas. Ouvi uma história de uma colega de profissão muito interessante.
Em certa cidade de Mato Grosso do Sul, o carteiro chegou em uma residência para entregar a conta de energia elétrica. A entrega era feita pelo número do relógio no padrão e não pela numeração da rua. Algumas contas eram difíceis de serem entregues. Quando sobrava alguma, o carteiro começava a procurar a casa pela númeração do padrão. Em algumas residências, o padrão de energia elétrica fica em local não visível ao carteiro.

O carteiro chegou em determinada casa achando que poderia ser ali o destino da conta que faltava entregar. Bateu palmas. Saiu um menino com idade aparente de oito anos. O carteiro então lhe disse: "Eu queria olhar o relógio( padrão de energia) da casa, onde ele está?" O menino pediu que o carteiro esperasse um pouco e entrou na casa. Os minutos se passaram e o menino não voltou. A colega começou a ficar impaciente.

Para a sua surpresa, o menino saiu com o relógio de parede da casa nas mãos. Olhou bem para o carteiro e disse: "Olha moça, na minha casa só tem esse relógio". A colega não conseguiu se conter e começou a rir. Uma mulher saiu da casa ao encontro do menino sem entender o por que ele tinha subido numa cadeira e tirado o relógio da parede.
O carteiro explicou que o relógio que procurava era o relógio do padrão de energia elétrica e não o relógio da casa.
A criança, na sua inocência, entendeu que o carteiro queria ver o relógio da casa. Faltou explicar pra ele que o relógio era outro.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Que vexame!

Quando criança a minha maior preocupação era enfrentar o primeiro dia de aula. A escola em que a minha mãe me matriculou em Sanga Puitã foi: Pedro Afonso Pereira Goldoni. Cheguei à escola com muito medo, tive a infeliz idéia de sentar na segunda carteira, bem na frente. O fundo da sala já estava cheio. Não demorou muito tempo para que eu aprontasse. Comecei a ficar enjoado. Passados alguns minutos, não consegui me conter, vomitei no colega que estava sentado na minha frente. O vomito se espalhou pela sua roupa, pela sua carteira e pelo seu material escolar. Toda a turma parou para olhar. Sai correndo da sala com vergonha. A professora me procurou e disse que estava tudo bem. Fui dispensado. Ao voltar para casa, contei pra minha mãe o que tinha acontecido. O problema era voltar no outro dia para a escola. Como encararia a turma? O que eles estavam pensando de mim? Eu iria apanhar do colega que sujei todo?
Apesar de todas essas perguntas e da vergonha, no outro dia, lá estava eu novamente. Depois de algum tempo consegui superar o vexame. Os colegas foram muito legais comigo. A vida voltou ao normal. Ainda bem que o incidente não foi traumático. Creio que a atitude da professora colaborou muito para amenizar o meu sofrimento.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Bola especial

Quando criança, morei no distrito de Sanga Puitã. A residência era de madeira e o banheiro que tínhamos ficava a alguns metros de distância. Naquele tempo, o estilo de banheiro era muito comum; um buraco com vários metros de profundidade, paredes de madeira e um orifício para jogar o material orgânico. Nós chamavámos de mictório.
Na época, a maior diversão pra mim e meu irmão era jogar bola. Não tínhamos dinheiro para comprar uma. Havia o sonho de possuir uma linda bola de futebol.
Um dia, ao visitar o banheiro de casa, notei que alguma coisa brilhava com o reflexo do sol no meio das fezes. Chamei meu irmão Lorival e disse:
-Olha, tem alguma coisa lá embaixo. O que será?
-Não tenho a mínima idéia. Ele declarou.
- Vamos verificar?
- Vamos.
Meu irmão pediu que eu pegasse uma vara comprida no quintal. Ajoelhamos-nos dentro do banheiro e começamos a empurrar o objeto para o lado. Não me recordo como foi que conseguimos tirar o objeto dali, mas conseguimos, depois de muito esforço.
A notícia não poderia ser melhor, o objeto em questão era uma bola de futebol. Estava toda suja de fezes. Ficamos eufóricos. Enfim, teríamos a nossa própria bola. O único problema era o cheiro insuportável. Meu irmão deu a sugestão de a deixarmos secar ao sol por alguns dias. A cada dia que passava a ansiedade aumentava, não víamos a hora de estrear a nossa bola “nova”. Ao término dos dez dias, fomos estrear a bola como os amigos da escola. Chegamos à escola se exibindo. Os times foram montados, a nossa bola seria a grande atração da tarde. A quadra de futebol de salão estava bem conservada. Durante todo o primeiro tempo foi só festa. Perto do término da partida aconteceu o inesperado. Passei a bola para o meu mano e... Foi muito engraçado. A bola foi chutada em direção ao gol do adversário, no percurso, ela se rasgou jogando fezes para todos os lados. Cada um se protegia da “fétida artilharia’’. O jogo terminou antes do tempo regulamentar, mas a gozação durou por muito mais tempo. Ainda hoje quando comentamos essa história nos divertimos muito.

Foi uma inesquecível partida de futebol.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Palestra em Dourados

Fui convidado a fazer uma palestra motivacional para os carteiros de Dourados-MS.
Viajei na segunda-feira a tarde. Dormi na casa de uma irmã. Na última terça-feira as 7:00 horas cheguei ao Centro de Distribuição Domiciliar( CDD) em Dourados. Fui recebido com muito carinho pelos gestores do CDD. O local é amplo, com ótima infraestrutura. Todos os carteiros foram reunidos na sala de reuniões. O título da minha palestra foi: Oportunidades. No final da minha apresentação apresentei o meu livro "Minha Vida de Carteiro". Vários colegas adquiriram um exemplar. Tive o meu dia de artista, pois dei vários autógrafos. Segue abaixo algumas fotos que tirei da equipe.



domingo, 7 de fevereiro de 2010

O tímido

Na minha infância me lembro que a vida era tranqüila, apesar das condições difíceis em que vivíamos. O meu pai é o que se pode chamar de nômade, pois vivíamos mudando de cidade constantemente. Às vezes mudávamos mais de três vezes no mesmo ano. A cada vez que isso acontecia era um desafio pra mim e para os meus irmãos. Nova cidade, nova escola, novos amigos e principalmente novos desafios.

A timidez excessiva sempre me acompanhava em qualquer lugar por onde fosse, quer seja na escola ou mesmo entre os membros da família. Mudar de escola sempre foi um pesadelo, por isso, o primeiro dia de aula era o mais temido. Quando entrava na sala de aula, todos os olhares eram dirigidos para a minha pessoa. A vergonha que sentia era enorme. Sempre procurei sentar nas últimas carteiras. Sabe por que eu fazia isso? Era para tentar ser “invisível” na sala. A timidez era tanta que quando a professora fazia à chamada- o meu nome era sempre um dos primeiros da lista- a única coisa que me dispunha a fazer era levantar o braço. Sei que responder a essa pergunta é algo muito simples, é só falar: Presente! Mas me faltava à coragem, me dava muito medo e vergonha. Dá para acreditar nisso?

Com o passar dos anos aprendi a lidar com a timidez, ela já não me paralisa mais. Tenho falado para muitas pessoas. O trabalho que desenvolvo a 11 anos na igreja em que sou membro foi decisivo para que eu superasse o medo de falar em público.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tempo

"A vida são deveres que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas...
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já é Natal...
Quando se vê, já terminou o ano...

Quando se vê, não sabemos mais por onde andam nossos amigos.

Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê, passaram-se 50 anos

Agora, é tarde demais para ser reprovado.

Se me fosse dado, um dia, uma oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.

Seguraria todos os meus amigos, que já não sei onde e como estão, e diria:
Vocês são extremamente importantes para mim.

Seguraria o meu amor, que está, há muito, à minha frente, e diria:Eu te amo.

Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo.

Não deixe de ter alguém ao seu lado, ou de fazer algo, por puro medo de ser feliz.

A única falta que terá, será desse tempo que infelizmente...não voltará mais. "
Mário Quintana

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Maravilhosa profissão

Fiquei alguns dias sem postar por causa de um problema de saúde. Acabo de sair do hospital CASSEMS. Fui internado na terça-feira.
As dores foram intensas. Estou mais magro. Ontem, na enfermaria do hospital, fiquei pensando no que eu poderia fazer para demonstrar a minha gratidão pelo carinho e atenção que recebi da equipe de enfermeiros. Foi então que tive uma ideia. Pedi uma folha de papel para uma enfermeira e escrevi um texto.

Na sexta-feira de manhã tive alta. Antes de sair, li em voz alta diante de duas enfermeiras. Deixei o texto com elas para que os outros pudessem ler também. Pude perceber a alegria nas suas faces. Ficaram emocionadas pela homenagem.

É preciso muito pouco para tornar o dia de alguém mais agradável. Segue abaixo uma cópia do texto.



Quero fazer uma homenagem


a certa profissão


mas como demonstrar


a minha gratidão?



Há diversas maneiras


de expressar o que penso


faço uso das palavras


nesse exato momento



Estou falando dos enfermeiros


que demonstram diariamente


o seu amor ao ser humano


quando este fica doente



Que o nosso bondoso Deus


os abençoe ricamente


pois o vosso trabalho


tem salvado muita gente



Parabéns a todos os enfermeiros


da nossa querida nação


vocês merecem muito mais


do que um simples aperto de mão



Escrevi essas palavras


com espírito de gratidão


levarei vocês comigo


bem dentro do coração


Texto de Alci Massaranduba

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Dica de uma boa leitura


Augusto Cury, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor é autor do livro ''O vendedor de Sonhos''. A obra é uma das mais vendidas atualmente no Brasil. Recomendo a leitura a todos. Acabei de ler e amei. Nas páginas 92-93 ele nos conta uma linda e singela parábola.

Certa vez houve uma inundação numa imensa floresta. O choro das nuvens que deveriam promover a vida dessa vez anunciou a morte. Os grandes animais bateram em retirada fugindo do afogamento, deixando até os filhos para trás. Devastavam tudo o que estava à frente. Os animais menores seguiam seus rastros. De repente uma pequena andorinha, toda ensopada, apareceu na contramão procurando a quem salvar.

As hienas viram a atitude da andorinha e ficaram admiradissímas. Disseram:'Você é louca! O que poderá fazer com um corpo tão frágil?''. Os abutres bradaram: ''Utópica! Veja se enxerga a sua pequenez!". Por onde a frágil andorinha passava, era ridicularizada. Mas, atenta, procurava alguém que pudesse resgatar. Suas asas batiam fatigadas, quando viu um filhote de beija-flor debatendo-se na água, quase se entregando. Apesar de nunca ter aprendido a mergulhar, ela se atirou na água e com muito esforço pegou o diminuto pássaro pela asa esquerda. E bateu em retirada, carregando o filhote no bico.

Ao retornar, encontrou outras hienas, que não tardaram a declarar: "Maluca!" Está querendo ser heroína!. Mas não parou; muito fatigada, só descansou após deixar o pequeno beija-flor em local seguro. Horas depois, encontrou as hienas embaixo de uma sombra. Fitando-as nos olhos, deu a sua resposta:" Só me sinto digna das minhas asas se eu as utilizar para fazer os outros voarem".