terça-feira, 27 de julho de 2010

Carteiro escritor de Ponta Porã- Jornal Âncora

O Jornal Âncora é uma publicação mensal com tiragem de 3.000 exemplares. O periódico é distribuido em algumas regiões do país e tem sede na cidade de Campo Grande-MS. Na edição de julho 2010 saiu uma matéria a respeito do meu livro "Minha Vida de Carteiro". Fico feliz ao ver que o meu trabalho está sendo bem divulgado.
Transcrevo abaixo o texto publicado no jornal.


CARTEIRO ESCRITOR DE PONTA PORÃ
A vida de qualquer profissional é cercada de muitos desafios. A profissão é muito antiga; data de 25 de janeiro de 1668 o surgimento da função de Correio-MOR, como era chamado os carteiros de então, no Brasil. As correspondências transportadas eram oficiais e a responsabilidade estava sob a supervisão da corte. Aconteceram muitas mudanças desde então. Os carteiros ganharam as ruas, popularizaram sua atividade e, hoje em dia, estão em todo o território nacional.
O carteiro Alci Massaranduba trabalha a 11 anos na Empresa de Correios e Telégrafos. Com tantos anos de experiência na profissão é natural que o mesmo tenha passados por muitas experiências interessantes. No ano de 2009, o carteiro Alci resolveu escrever um livro que contasse o dia a dia da profissão. O livro “Minha Vida de Carteiro” é o primeiro do gênero no país. O autor relata em 92 páginas, divididas em cinco capítulos, histórias engraçadas e emocionantes vividas ao longo de mais de uma década como carteiro no município de Ponta Porã-MS.
Cada exemplar do livro custa R$25,00(frete incluso). Pedidos podem ser feitos através do e-mail: alcimassa@ibest.com.br, fones: (67)9928-2537 9615-2177
Além de escritor, o autor é palestrante motivacional, bacharel em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio Exterior, está terminando o curso de especialização em Gestão Empreendedora de Negócios, é estudante de Inglês e mantém um blog na internet intitulado ‘’Pensamentos de um carteiro”, no seguinte link: www.alcimassaranduba.com.br.
Convidamos a todos a prestigiar mais um talento surgido na região de fronteira. A cultura do nosso estado só tem a ganhar com iniciativas como a do carteiro Alci.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Texto publicado( Assunto delicado)

A cidade de Dourados/MS possui a segunda maior população do estado. Enviei o texto de minha autoria ( Fanático por Futebol)para o Jornal Diário MS com sede nesse município, para a minha surpresa foi publicado. Escrevo semanalmente para o Jornal Regional. Os textos são publicados uma vez por semana. O artigo "Assunto delicado" saiu no dia 26 de julho de 2010. Transcrevo abaixo o texto original.


Assunto delicado
O brasileiro adora falar de futebol, principalmente os homens. Na roda de amigos, o assunto é discutido com euforia, rir do fracasso do time adversário é algo prazeroso para muitas pessoas. As mulheres adoram falar de assuntos relacionados à estética. A relação amorosa e os seus desafios é outro assunto muito explorado pelo sexo feminino. Há algum tempo tenho notado que certos assuntos são evitados ao máximo, no geral, ambos os sexos não gostam de falar sobre a morte. Para alguns, a simples lembrança do fim da existência causa calafrios.
Gostaria de deixar bem claro que não tenho a pretensão de escrever um texto filosófico sobre um assunto tão sério, o meu comentário é mais de teor empírico.
Por que será que dialogar sobre a morte e suas implicações incomoda a tantas pessoas? Falamos abertamente sobre qualquer tema, mas quando a palavra ‘morte’ é pronunciada, o “tempo fecha”, apesar de ser algo comum a todos os seres vivos. Morrer é a única certeza absoluta, todo o resto se resume a possibilidades, ou seja, pode se tornar real ou não. Apesar de termos consciência da realidade da morte, não estamos preparados para recebê-la. Talvez você esteja pensando, que conversa mais estranha! Sei que para alguns estou sendo um pouco sinistro ao afirmar que a discussão sobre a morte e a nossa atitude diante dela deveria ser comentada com mais frequência.
O fim da existência pode chegar a qualquer momento, não temos nenhum controle sobre o dia em que iremos “partir”, exceção feita aos suicidas que tiram ou tentam tirar a própria vida. O suicida é alguém com sérios problemas pessoais e que precisa urgentemente de tratamento especializado. Uma pessoa saudável mentalmente jamais irá pensar em praticar um ato tão extremo de desespero.
Deixe-me explicar melhor o meu ponto de vista. Obviamente que a vida é muito curta, o tempo de que dispomos é escasso, dentro de alguns anos morreremos, a questão é: O que estou fazendo com o dom maravilhoso da vida que o Criador me deu? Como estou vivendo? Qual a marca que estou deixando nas pessoas? No meu funeral quais serão os comentários sobre a minha pessoa? Deixarei saudades?
As perguntas acima são oportunas e merecem uma séria reflexão. Apesar de falar sobre a morte, quero focar a vida. Viver é algo maravilhoso, desfrute desta benção com alegria e responsabilidade. O grande filósofo Séneca aconselha: “Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é por si só, uma vida”.
Apesar de vivermos bem menos do que gostaríamos, podemos impactar positivamente a vida de muitas pessoas com o nosso bom exemplo. Que tenhamos sabedoria para viver, sem nos esquecermos de que o fim se aproxima. Na morte todos se igualam; o rico e o pobre, o branco e o negro, o religioso e o ateu, os sábios e os tolos. Nenhum ser humano possui a imortalidade em si mesmo. Infelizmente, temos que reconhecer que somos seres finitos, por isso, ame e preserve a vida (a sua e a dos outros) acima de tudo, é só o que lhe resta a fazer no pouco tempo de vida que lhe resta. O grande escritor Érico Veríssimo foi muito sábio ao escrever: “Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente”. Quem você é deixará marcas que nem mesmo a morte poderá apagar. Essas marcas poderão ser boas ou ruins, você escolhe.




domingo, 25 de julho de 2010

O número um

O brasileiro sempre quer ser o número um em tudo o que faz. A nossa cultura não valoriza um segundo lugar e muito menos uma terceira posição. Os exemplos são muitos; na escola, alguns sempre querem tirar a nota máxima, ou seja, uma nota 10. Ser o melhor da turma os torna pessoas admiradas, bajuladas e populares. O melhor aluno sempre é consultado sobre os mais diversos assuntos, por interesse, algumas pessoas se aproximam apenas para tirar algum proveito do mais inteligente da sala. As mulheres lindas, com algumas exceções, têm um sentimento de superioridade em relação às outras, como se a aparência física as tornasse seres acima dos outros pobres mortais. Ser a mais bela trás status e desperta o sentimento de inveja por parte da “concorrência”. Nos esportes, a disputa é ainda maior. Terminar um campeonato como vice-campeão é a mesma coisa que não ganhar nada, pelo menos esse é o pensamento de muitos. O topo do pódio é o único lugar valorizado.
Se não tomarmos cuidado, o sentimento de superioridade pode nos trazer muitas dificuldades. Ninguém gosta de ficar perto de uma pessoa que se acha sempre a melhor em tudo. Ser o melhor e manter-se humilde não é uma tarefa das mais fáceis. A arrogância é um sentimento condenável, mas muito presente na vida daqueles que buscam sempre ser o destaque em tudo o que fazem.
Precisamos aprender a valorizar os outros e reconhecer que sempre haverá alguém tão bom quanto nós, ou mesmo melhor. Se ficarmos em segundo lugar, não tem problema algum. Na vida, às vezes ganhamos e muitas vezes perdemos. É preciso valorizar tanto a vitória como a derrota. Na verdade, é nas derrotas que aprendemos a ser vitoriosos. Se formos sempre o número um em tudo, quem nos suportaria?
Entenda bem o meu ponto de vista, não estou afirmando que devemos fazer as coisas de qualquer jeito e nem que devemos buscar as últimas posições, o que estou tentando mostrar é que tudo deve ser feito com dedicação, mas se o resultado não for o esperado, devemos nos alegrar por ficar em outra posição que não a almejada e não tentar desvalorizar a vitória da outra pessoa.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Fios soltos

As condições climáticas interferem muito no trabalho do carteiro. Há dias em que a entrega não é possível devido à chuva intensa. O carteiro só para a distribuição se a chuva for muito forte. O incidente que vou relatar aconteceu numa quinta-feira de manhã. Durante toda a semana havia chovido muito e a entrega estava acumulada, as correspondências precisavam ser entregues mesmo diante das intempéries climáticas.
Quando está chovendo, os riscos de acidente aumentam consideravelmente, é preciso ter um cuidado redobrado. Tudo estava acontecendo dentro do previsto; a entrega foi feita com sucesso. O bairro onde eu estava fica na parte mais alta da cidade. Após terminar a entrega, eu estava descendo a rua principal do bairro em direção ao centro da cidade, logo à minha frente ia um caminhão, procurei manter certa distância por questão de segurança. O caminhão estava com uma carga alta e acabou batendo nos fios da rede elétrica. Os fios foram cortados e, com a força do vento, batiam no chão. Cada vez que os fios encostavam no solo, saiam faíscas como uma pequena explosão. Eu estava bem atrás com a moto. O asfalto estava molhado. Fiquei com medo de ser eletrocutado. Acelerei a moto e desci a rua em alta velocidade. Ao olhar pelo retrovisor da moto, percebi que os fios vinham em minha direção, naquele momento só uma coisa passou pela minha cabeça; pedir a Deus que me livrasse da morte. Os fios chegaram bem perto de mim, mas não me alcançaram. Creio que Deus me livrou da morte certa. Foi uma experiência assustadora.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O primeiro dia como carteiro

No meu primeiro dia de trabalho como carteiro, fui designado para acompanhar um colega no setor onde iria trabalhar. Nós iríamos de bicicleta, pois o local era próximo da região central. Após terminar todo o processo interno, saímos para a entrega externa. Ao chegar à rua onde iríamos começar a entrega, o colega me disse:
- Aqui está a bolsa de cartas, a rua é esta aqui, pode começar a entrega. Vou estar naquela lanchonete, quando terminar, estarei esperando lá.
Fiquei surpreso, pois pensava que eu iria apenas acompanhá-lo. Eu não sabia nenhum nome de rua. Coloquei a bolsa na bicicleta amarela, que não é nada discreta, e fui sem saber direito para onde.
Após algumas horas, consegui terminar com muita dificuldade a entrega. Ao retornar ao local onde o colega estaria me esperando, encontrei-o tomando tereré (bebida muito usada na região de fronteira) tranquilamente. Ele ficou todo o tempo sentado na cadeira, penso que até tirou um cochilo. Foi uma grande decepção para mim, pois pensei que o tratamento seria o mesmo que eu tinha recebido na cidade de Campo Grande, ou seja, total apoio.
Mas enfim, retornamos para a agência. O meu colega foi embora logo após o horário de almoço, e eu fiquei. Achei que também seria dispensado, pois o trabalho de entrega já havia terminado. O supervisor chamou-me e disse:
-Alci, na parte da tarde você vai sair em outro setor, aqui está a bolsa com as correspondências. Como era um setor bem próximo, não haveria a necessidade de ninguém sair comigo. Eu já estava exausto da entrega da manhã, mas ordens são ordens.
Sai novamente. Ao chegar ao primeiro endereço, entreguei a primeira correspondência, e assim sucessivamente. Ao chegar ao último endereço, foi que percebi que havia entregado as cartas e esquecido de entregar os impressos (correspondências com o formato maior do que o das cartas). A bolsa estava ainda pela metade. Incrível! Pensei que estava vazia. Só me restava voltar ao local da primeira entrega e começar tudo de novo. Algumas pessoas riam ao receber a correspondência novamente. Alguns faziam até piada. Eu ouvi muito naquela tarde:
-Ué, carteiro, de novo? Isso que é gostar de entregar duas vezes no mesmo lugar.
Cada endereço era uma vergonha. Quando terminei novamente a entrega, voltei para a agência na certeza de que o expediente havia se encerrado, mas eu estava redondamente enganado, de novo. Para a minha “alegria”, outra bolsa repleta de correspondências me esperava. Naquele dia, eu saí para a entrega em três setores diferentes. Voltei para casa esgotado fisicamente. Esse foi o meu primeiro dia de trabalho. Começou daí a minha longa “amizade” com as cartas.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Foi publicado pelo Jornal Regional na edição do dia 19/07/10 mais um texto de minha autoria. Transcrevo abaixo o texto na íntegra bem como uma cópia do mesmo.
Se...
As pessoas estão cada vez mais infelizes. O problema é que nem sempre é por falta ou mesmo excesso de dinheiro, muito pelo contrário, há pessoas muito ricas e extremamente tristes, assim como a pessoas muito carentes na mesma situação; sem esperança nenhuma com a vida e com o próprio ser humano. Se fizermos uma pesquisa, constataremos que muitos nem sabem explicar o real motivo da sua infelicidade. Já fiz parte dessa lamentável estatística. Às vezes pensamos que se certas circunstâncias fossem diferentes, tudo na nossa vida seria mais fácil.
É incrível como uma simples palavra pode afetar tanto a nossa percepção do mundo, bem como o nosso estado de espírito. Qual seria essa palavra? Por que ela é tão poderosa? Será que todos nós podemos ser afetados por ela?Talvez o que vou dizer possa soar familiar para você. Já pensei muitas vezes sobre a minha vida e como ela poderia ter sido diferente se... Hoje, posso perceber que a minha visão estava equivocada. Pensava comigo assim:
Ø Se tivesse nascido num lar diferente;
Ø Se tivesse tido um pai rico;
Ø Se tivesse uma beleza física marcante;
Ø Se tivesse estudado em escolas particulares;
Ø Se tivesse um corpo totalmente saudável;
Ø Se tivesse... Se fosse... Se...
A lista poderia ser bem maior. Será mesmo que se tudo tivesse sido diferente nas nossas vidas nós seriamos pessoas melhores ou mais felizes? Por que não aproveitar a vida que temos em vez de sonhar com uma que jamais teremos? Ficar se lamentando não mudará a realidade. Pare de usar tanto a palavra se como algo limitador do seu potencial. Mudar os fatos passados, a nossa história pessoal, é algo que está fora da nossa capacidade de atuação, mas mudar a nossa postura diante dos fatos presentes está ao nosso alcance. Devemos aprender com os erros do passado; dos outros e de nós mesmos, mas não devemos viver a nossa vida em função das coisas ruins que aconteceram conosco. Sei que é uma decisão difícil, é bem mais fácil se fazer de vítima, culpar a todos. Há grandes oportunidades de crescimento pessoal para aqueles que ousarem questionar os seus próprios pressupostos. Um ditado popular diz que “O ontem é história, o amanhã é mistério, mas o hoje é uma dádiva. É por isso que se chama presente.”
Jamais tente viver a vida de outra pessoa. Se pudéssemos conhecer todos os detalhes da vida do outro, ficaríamos surpresos ao constatar que todo aquele “glamour” não expressa a pura realidade. Cada pessoa possui uma história única, cheia de lutas, desafios e vitórias. A nossa história de vida é que nos torna tão singulares. Viva a sua vida com alegria e encontrarás a tão sonhada felicidade.

Rotina diária de um carteiro

Para que o leitor tenha uma visão mais próxima do cotidiano do trabalho de um carteiro, passo a relatar abaixo, de forma sucinta, todo o processo de ordenação e entrega de correspondências na cidade de Ponta Porã/MS.
O trabalho do carteiro começa bem cedo. A maioria das pessoas pensa que ao chegar ao local de trabalho todas as correspondências já estão todas arrumadas, que é só sair para a entrega. Mas a realidade não é bem essa. O expediente começa às sete horas da manhã. A primeira etapa é separar as correspondências entre os 10 DP (Distritos Postais), cada DP é de responsabilidade de um carteiro. A cidade de Ponta Porã foi dividida em dez partes. A separação é feita em um móvel chamado escaninho.
Após essa separação, cada carteiro passa com uma caixa vazia pegando as correspondências do seu DP. Após esse processo, cada um começa uma triagem separando as suas correspondências. Em seguida é feito o chamado “colecionamento”; que é a ordenação das correspondências na sequência em que serão entregues. A última etapa é lançar as correspondências registradas na lista de registro impressas pelo setor de expedição de objetos. É somente depois de ter cumprido todos esses itens que o carteiro efetivamente sai para a entrega externa.
Ao voltar da rua, o carteiro precisa devolver as correspondências que, por vários motivos, não puderam ser entregues. Há ainda que carimbar os ARs (Aviso de Recebimento) das correspondências registradas. Logo após, o carteiro precisa entregar a sua lista de registro com todos os objetos que não puderam ser entregues, bem como todos os ARs para que o supervisor possa fazer a conferência final. A última etapa é separar as correspondências que serão devolvidas para as varias regiões do país. Depois de todas essas etapas é que o carteiro está livre das suas obrigações. A jornada diária é longa e cansativa. Essa é a rotina do trabalho de qualquer carteiro.

domingo, 18 de julho de 2010

Propaganda: Ideologia e Manipulação

A todo o momento somos bombardeados com um número incessante de propagandas provindas da mídia nas suas mais diversas formas, tais como; o rádio, a televisão, os jornais e etc, onde os mesmos não se cansam de nos dizer; comprem isso, usem essa marca, utilizem os nossos serviços. Em meio a tudo isso as pessoas não vêem outra saída se não a de aderirem ao que é pedido pelos emissores das propagandas, pois elas são elaboradas de uma forma tão constante, quase ininterrupta,que acaba por convencê-las.
Em se tratando de propaganda política o mesmo fenômeno se repete, com algumas ressalvas, a propaganda política é mais voltada para a disseminação de ideias, mudanças de comportamento, aceitação ou repulsa a certos fatos da realidade social.
Ambas escolhem um público alvo e criam de forma meticulosa uma ideologia de acordo com os anseios dos seus idealizadores, as empresas objetivam vender seus produtos e serviços utilizando os meios de comunicação para divulgá-los, os candidatos a algum cargo público a utilizam para passar uma imagem positiva aos seus eleitores, enaltecer as suas “virtudes”, criar uma imagem ilusória nos seus eleitores de que se eleito ele defenderá os menos afortunados, os oprimidos, os que estão na mais completa miséria, o Estado utiliza a propaganda para moldar o comportamento dos seus cidadãos, enaltecer os feitos dos governantes, criar na população a ideia de que o país é administrado para todos de forma igualitária, sem discriminações, com igualdade de direitos e obrigações.
Segundo o texto Propaganda: Ideologia e Manipulação de Nelson Jahr os meios de comunicação divulgam e enaltecem os interesses dos grandes capitalistas, que os utilizam para manipular a opinião pública principalmente as classes mais pobres da população, segundo o autor há formas diversas de deturpar a realidade a tal ponto que toda a concepção de vida que o individuo possui é alterada consideravelmente sem que ele perceba, é criada uma ilusão de que basta ele se esforçar, trabalhar incansavelmente, ser perseverante para que o seu desejo de mudar de vida saindo da pobreza rumo as camadas mais altas da sociedade seja realizado, quem não alcança o sucesso é porque não teve competência, não trabalhou o suficiente, mas a oportunidade existe para todos, independente de sua classe social.
O individuo sem ter a compreensão clara da realidade acaba alienado, alienação esta criada e mantida pela propaganda ideológica que não o deixa compreender que o seu único papel é o de gerar riquezas às custas da sua miséria. Sem ter o conhecimento exato dos fatos não há articulação em busca dos seus próprios interesses, mas sim uma conformação com o modo de vida imposto a ele.
Fica claro ao ler o texto de Nelson Jahr a sua repulsa ao regime Capitalista tido como desumano, voltado apenas para o acumulo de capital. O texto argumenta que a mídia usa a propaganda como um meio de explorar os indivíduos, na verdade ela esta a serviço dos detentores do capital. A base de sua argumentação consiste na sua concepção dos valores defendidos pelo regime Capitalista. Segundo ele o regime correto, mais voltado para o lado social seria o regime Socialista, pois este busca retratar os ideais de igualdade e fraternidade necessários para a criação de uma sociedade mais justa e igualitária, onde não há distinção de classe.
A ideologia utilizada por Nelson Jahr em defesa do Socialismo parece algo perfeito que solucionaria todos os problemas da sociedade, mas um tanto utópico, falta exemplos práticos e contundentes do seu sucesso. É muito fácil criticar um modelo vigente e as suas falhas, o difícil é enaltecer os valores de um regime sem exemplos concretos de progressos humanitários, que até o presente momento não se mostrou à altura dos seus ideais, vigente em poucos paises na atualidade, mas sem alcançar as pretensões dos seus idealizadores.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Análise econômica

Parece muito óbvio a afirmação: O Estado presta um serviço deficiente. O sistema capitalista trouxe desafios gigantescos para o Estado, os problemas ficaram nítidos, mesmo para os leigos em economia. A revolução tecnológica alterou de forma drástica e permanente a vida dos trabalhadores. Há algumas décadas, as pessoas permaneciam no mesmo emprego até a sua aposentadoria, hoje o quadro é bem diferente. Os empregos estáveis estão se tornando cada vez mais raros. A informalidade está presente em todos os cantos dos país.
Na trilha do desenvolvimento econômico, alguns países enriqueceram, mas a maioria ainda sofre com sérios problemas sociais. Para amenizar essas dificuldades, o governo disponibiliza muitos serviços de assistência social visando prestar auxilio as camadas mais pobres da sociedade. Talvez o seu objetivo inicial seja gerar um aumento na demanda, pois com mais recursos financeiros nas mãos da população carente, o consumo aumentaria, com isso, o número de postos de trabalho seria aumentado.
Isso não aconteceu na sua totalidade,pois os níveis de desemprego ainda são muito altos. As empresas foram forçadas a se tornar mais competitivas, inclusive buscando expandir os seus negócios no comércio internacional. Cortar custos e aumentar a produtividade se tornou indispensável. Isso se tornou real a partir do ano de 1990 quando houve a abertura econômica no Brasil. O país foi "bombardeado" com produtos importados provindos dos mais diversos países. As empresas nacionais se viram ameaçadas economicamente, o que ocasionou altos investimentos em tecnologia, mas não houve um aumento no nível de emprego na mesma proporção.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Quem está atrapalhando a sua vida

Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...
Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes". No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?- Ainda bem que esse infeliz morreu !Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles. A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO!
Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".Luís Fernando Veríssimo

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Texto publicado em jornal

Pela segunda semana consecutiva, o Jornal Regional publicou( edição de segunda-feira, 12/07) um texto de minha autoria. O título da matéria é: Mudanças. Transcrevo abaixo o texto na íntegra bem como uma cópia publicada no jornal.

Mudanças

Quero contar a estória do Sr.Mudencio. Observe que, por mais absurdo que ela seja, há um pouco de nós mesmos nela.
O Sr.Mudencio é um homem que se acostumou a sentar no mesmo lugar na mesa, a sua cadeira era sempre aquela que ficava perto da janela da cozinha, ninguém ousada sentir ali, pois se o fizesse era briga na certa. Além disso, ele só comia se a esposa o servisse. Todos os dias a cena se repetia, anos após ano. Quando a sua família era convidada para comer em outro lugar, a esposa explicava que uma das cadeiras era reservada, ninguém podia ocupá-la. Apesar de achar absurda a ideia, as pessoas acabavam cedendo, pois Dona Marta falava que isso era extremamente importante.

O tempo passou e Dona Marta acabou falecendo. E agora, o que seria do Sr.Mudencio? As circunstâncias exigiam mudanças no comportamento daquele homem. Não havia mais a esposa para fazer os seus gostos. Os filhos o aconselharam a mudar de casa e ir morar com um deles, muito contrariado, acabou aceitando.

Na casa do filho, o bebê sentava-se exatamente na cadeira especial do Sr.Mudencio. O que fazer? Dar o lugar para o pai ou para o filhinho? Optou-se pelo filho porque ele chorava toda vez que tentavam mudá-lo de cadeira, já tinha se acostumado.

O Sr.Mudencio ficou desolado por não poder sentar-se na "sua cadeira". A cada dia ficava mais triste, não se alimentava direito. Vivia pelos cantos da casa. Nem a presença do neto o animava. Pouco tempo depois faleceu. Acredita-se que perdeu a alegria de viver.

Gostaria que você pensasse um pouco a respeito. Às vezes agimos como esse homem da estória. Tomamos atitudes absurdas, sofremos por pequenas coisas. Os nossos hábitos estão tão arraigados que a simples ideia de mudança faz com que soframos demasiadamente. É preciso estar com a mente aberta e aceitar que mudanças são necessárias para o nosso crescimento pessoal. Nem sempre elas são nossas inimigas. Pense nisso!




sábado, 10 de julho de 2010

"Qual é o seu talento"

Na última quarta-feira, ao chegar em casa da escola, fui surpreendido ao assistir o programa "Qual é o seu talento". O candidato Anderson Nery entrou no palco timidamente. Pela sua simplicidade, ninguém acreditou que o mesmo pudesse cantar uma música em outra lingua. Todos pensaram que seria um enorme fiasco, mas as aparências enganam. Confesso que fui um dos que não acreditaram no talento do rapaz. A primeira impressão se mostrou totalmente equivocada. Mesmo sabendo que nunca devemos menosprezar as pessoas pela sua aparência, ainda erramos muito nesse sentido. Ainda bem que há pessoas como o Anderson para nos "forçar" a rever os nossos conceitos. Assista aos videos abaixo e surpreenda-se!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Informativo cultural Rilex

O informativo cultural Rilex tem tiragem mensal de 10.000 exemplares. Na edição do mês de junho de 2010 saiu uma matéria a respeito do meu livro "Minha Vida de Carteiro". Segue abaixo cópia do texto bem como a matéria publicada.
CARTEIRO ESCRITOR DE PONTA PORÃ
A vida de qualquer profissional é cercada de muitos desafios. A profissão é muito antiga; data de 25 de janeiro de 1668 o surgimento da função de Correio-MOR, como era chamado os carteiros de então, no Brasil. As correspondências transportadas eram oficiais e a responsabilidade estava sob a supervisão da corte. Aconteceram muitas mudanças desde então. Os carteiros ganharam as ruas, popularizaram sua atividade e, hoje em dia, estão em todo o território nacional.
O carteiro Alci Massaranduba trabalha a 11 anos na Empresa de Correios e Telégrafos. Com tantos anos de experiência na profissão é natural que o mesmo tenha passados por muitas experiências interessantes. No ano de 2009, o carteiro Alci resolveu escrever um livro que contasse o dia a dia da profissão. O livro “Minha Vida de Carteiro” é o primeiro do gênero no país. O autor relata em 92 páginas, divididas em cinco capítulos, histórias engraçadas e emocionantes vividas ao longo de mais de uma década como carteiro no município de Ponta Porã-MS.
Cada exemplar do livro custa R$20,00. Pedidos podem ser feitos através do e-mail: alcimassa@ibest.com.br, ou pelos fones: (67)9928-2537 / 9615-2177
Além de escritor, o autor é palestrante motivacional, bacharel em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio Exterior, está terminando o curso de especialização em Gestão Empreendedora de Negócios, é estudante de Inglês e mantém um blog na internet intitulado ‘’Pensamentos de um carteiro”.
Convidamos a todos a prestigiar mais um talento surgido na região de fronteira. A cultura do nosso estado só tem a ganhar com iniciativas como a do carteiro Alci.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Texto publicado em jornal

Ontem, postei um texto no blog: "Fanático por futebol". Enviei o texto para o Jornal Regional. Hoje pela manhã ao olhar a edição de segunda-feira fiquei surpreso ao ver que o meu texto foi publicado. O Jornal Regional é vendido em vários municípios da região de fronteira. Creio que centenas de pessoas o leram.

domingo, 4 de julho de 2010

"Fanático por futebol"

Por certo que você talvez já tenha ouvido a expressão "fanático por futebol". A palavra fanático significa: que tem paixão excessiva por algo. Na última sexta-feira, a nossa seleção de futebol disputou mais uma partida pela Copa do Mundo da África do Sul. Todos estavam confiantes em mais uma vitória. Os brasileiros de todos os cantos do país pararam para acompanhar o jogo. Para a surpresa de grande parte da população o time do Brasil perdeu a partida e foi eliminado. Apesar de ser só mais uma partida de futebol, as reações diante da derrota foram dignas de ser comentadas.
Infelizmente, o fanatismo tomou conta de muitas pessoas. Na cidade onde moro, a cada partida da seleção canarinho, as ruas da região central ficavam tomadas por inúmeras garrafas de cerveja. É inacreditável a quantidade de garrafas quebradas e sujeira acumulada nas ruas. Ao observar essa situação, fiquei pensando sobre o que leva cidadãos de bem a um gesto tão deplorável como esse. A euforia pelas partidas de futebol foi uma desculpa para agirem de forma tão impensada. Quando se fala tanto em defesa do meio ambiente, algumas pessoas, sem nenhuma consciencia ambiental, "esquecem" por algumas horas principios importantes. Logicamente que algumas dessas pessoas nem perceberam o mal que estavam fazendo pela sua cidade. Para um turista que visita a região de fronteira nessa época tão festiva, a imagem que passamos foi a pior possível. Cabe a cada um fazer uma séria reflexão.
Após a derrota, a expressão facial de muitas pessoas ficou totalmente transformada. Encontrei uma senhora que chorava aos prantos, outra disse-me que tinha perdido a alegria naquele dia. A revolta tomou conta de alguns, o mau humor de outros.
Creio ser relevante destacar que uma partida de futebol não deveria nos afetar de forma tão negativa. Se o nosso emocional ficou abalado pela derrota do Brasil a ponto de alterar o nosso comportamento, talvez se aplique em nós o significado da expressão "fanático por futebol". É indiscutível que qualquer tipo de fanatismo nunca é saudável. Vamos continuar torcendo pela nossa seleção, mas com equilibrio emocional e responsabilidade.