sábado, 28 de maio de 2011

Crer ou não crer

A explicação sobre como a vida surgiu na terra tem gerado debates acirrados. Existem dois pontos de vista muito divergentes. De um lado temos os naturalistas que afirmam que a vida originou-se de processos puramente naturais. Do outro lado, temos os religiosos que argumentam que existe um Criador de todas as coisas ao qual chamam de Deus. São duas tentativas de explicar o desconhecido. A humanidade sempre buscou incansavelmente descobrir as suas origens. Se formos obras do simples acaso, porque somos tão inclinados à adoração? Por que sentimos no nosso interior a necessidade de prestar culto a uma divindade?
Os céticos sempre afirmaram que a fé em um Deus é fruto da ignorância intelectual. Cria-se que no momento em que o homem se libertasse de certas crendices populares, a fé desapareceria dando lugar a razão. A razão, e apenas ela, levaria a humanidade a alcançar os seus maiores anseios. Vivendo na época da razão por que é que a humanidade ainda se prostra diante de objetos inanimados e lhe roga por auxílio?
O fato é que existem inúmeros argumentos de ambas as partes. Para os ateus, Deus não existe. Essa afirmação é inegociável, sendo uma verdade absoluta. Para os chamados criacionistas (aqueles que creem num Deus criador do universo), a existência de Deus é uma realidade facilmente percebida. Ele seria o invisível presente. A mídia tem explorado esse assunto exaustivamente. A impressão que temos é que existe um verdadeiro duelo para ver quem está com a razão; ateus ou religiosos, a crença ou o ceticismo.
Se Deus não existe, há pouca esperança para a humanidade. Quando a morte enfim chegar será literalmente o fim da existência. Nos momentos difíceis pelos quais passamos; na hora da angustia e do sofrimento, na hora da dor emocional, a crença em Deus faz todo o sentido e é a única coisa que nos consola.
Por mais que a ciência tenha ajudado a humanidade, ela precisa reconhecer que a fé em Deus é uma das necessidades básicas do ser humano. Os religiosos precisam reconhecer que a ciência (esforço para descobrir e aumentar o conhecimento humano de como a realidade funciona) trouxe inúmeros benefícios e não é necessariamente contrária a fé. O fanatismo religioso é tão perigoso como o fanatismo científico. Nem todos os cientistas são ateus e nem todos os que afirmam crer em Deus realmente acreditam na Sua existência.
As duas correntes de pensamento podem ser deturpadas tornando-se extremamente perigosas. Grandes atrocidades foram cometidas por certos grupos religiosos em nome de Deus bem como alguns ateus perseguiram e dizimaram milhões de vidas humanas.
Não há como escapar dessa polêmica. Em algum momento da vida todos terão que se posicionar em relação a esse assunto tão importante. Se Deus é real para você, como está a sua vida nesse exato momento? Se Ele não existe- como alguns afirmam- o que você espera dessa vida? Onde encontrar esperança diante do sofrimento? Por que existimos? Somos obras de processos naturais de evolução? Temos um Pai que nos ama com amor incondicional ou estamos sozinhos na imensidão do cosmos? Essas perguntas são antigas e muito atuais. Ao longo dos séculos, muitos procuraram respondê-las. Qual é a sua resposta? A escola nos ensinou que a humanidade surgiu de processos naturais evolutivos e que Deus simplesmente não existe. A igreja nos ensinou que Ele é real, originador de toda a vida e que se comunica com o ser humano. Você acredita num Deus criador e mantenedor da vida? A resposta que você der a essa pergunta especifica é crucial para a sua compreensão da vida e da sua própria existência. Henri Paincore afirmou que: “Duvidar de tudo ou crer em tudo. São duas soluções igualmente cômodas, que nos dispensam, ambas de refletir”. Parafraseando o gênio da literatura William Shakespeare: Crer ou não crer, eis a questão. Você precisa decidir no que acreditar!

sábado, 21 de maio de 2011

Até que a vida os separe

No dia 29 de abril de 2011 fomos bombardeados pela mídia de todas as formas possíveis; jornais, sites, revistas e programas de TV. A notícia correu o mundo. O luxuoso casamento do Príncipe William e Kate Middleton foi o assunto principal em diversos países. Os meios de comunicação mostraram todos os irrelevantes detalhes da suntuosa cerimônia. As mulheres suspiraram com o chamado conto de fadas da plebeia que virou princesa. O casamento foi minuciosamente analisado, desde o vestido da noiva até os estranhos chapéus usados pelos convidados. O badalado evento foi transmitido para o mundo inteiro. Seria só mais um casamento se não fosse pelo fato de um nobre estar se casando com uma mulher que não pertence à realeza. O casamento foi muito comemorado pelos súditos ingleses. Para o povo brasileiro não significou muita coisa, foi um evento mais curioso do que relevante. As mulheres tiveram assunto para várias conversas com as amigas. Foi uma ótima oportunidade para se vender mais revistas, jornais e para as redes de TV aumentar a sua audiência bem como os lucros.
Os mais velhos dizem que casamento de verdade é só “de papel passado”, já os casais que moram juntos sem oficializar a relação são chamados por eles de “amigados”. O fato é que os casamentos já não são mais os mesmos. Aquelas mágicas palavras pronunciadas no altar são esquecidas mais rápido do que a nossa memória. O sonho de muitas mulheres ainda é casar na igreja com vestido de noiva e de ter uma linda festa para os convidados, mas uma nova realidade está cada vez mais presente na vida dos brasileiros. É natural ouvir muitos casais dizerem que casamento no cartório é coisa antiquada, o melhor mesmo é morar junto e se não der certo é só se separar e pronto, tudo mais fácil e rápido. Cresce o número de casais que decidem morar juntos já pensando na provável separação.
As palavras ditas ao líder religioso: “Até que a morte nos separe” poderia ser substituída por: “Até que a vida nos separe”. Por todos os lados o que mais se vê é a infidelidade conjugal, tanto de homens como de mulheres. Nas revistas voltadas para o público feminino é cada vez mais frequente encontrar depoimentos de mulheres contando as suas aventuras extraconjugais na maior naturalidade.
Uma verdade indiscutível é que o sexo masculino sempre traiu mais. Na mentalidade equivocada de muitos homens sair com várias mulheres é sinal de status. Na roda de amigos é comum ouvir alguns homens se gabando das suas conquistas amorosas, o detalhe é que muitos deles são casados. Se o homem trai é chamado de garanhão, mas quando a mulher trai é chamada de... Melhor nem comentar. A esposa traída tinha que conviver com o desrespeito do companheiro e ainda cuidar da casa, dos filhos e do marido sem reclamar, era como se fosse uma lei não escrita, mas vigente na sociedade. Os tempos são outros e muitos homens se surpreendem com a nova mulher que surgiu nos últimos anos. Essa nova mulher já não aceita mais ser tratada de qualquer maneira. A mulher conquista cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Acreditava-se que independente das circunstâncias ela seria eternamente fiel, mas o que se vê hoje em dia não é bem isso. Um número cada vez maior de mulheres passou a se enveredar pelo caminho perigoso do adultério.
É pena que as novelas, tão populares no Brasil, ajudaram a criar uma imagem glamourosa do adultério. Na trama de quase todas as novelas o galã apaixona-se por uma linda mulher. Depois de muitas idas e vindas ao final eles ficam juntos, mas antes, ele sai com quase todo o elenco feminino do folhetim. A TV Globo exibiu há pouco tempo à novela “Passione”, onde Maitê Proença fazia o papel de uma mulher casada, Stela, três filhos e que traia seu marido com quem aparecesse na frente dela, bastava e se ela gostasse. Esse personagem atuava no turno da tarde, enquanto seu marido trabalhava.
Não é exagero afirmar que a prática do adultério, antes condenada com veemência já não é mais vista com tanto desprezo. Alguns especialistas chegam a sugerir que a prática do adultério além de benéfica ainda pode dar uma apimentada no casamento. Até mesmo nas letras de muitas músicas populares é possível perceber a exaltação do adultério e o escárnio da fidelidade matrimonial. A chamada sétima arte tem exaltado a infidelidade em muitos filmes de sucesso, os triângulos amorosos na ficção tem despertado o interesse do público.
Deixando a ficção de lado e atentando-se para a vida real, a realidade longe dos holofotes da mídia revela que a prática do adultério é mais nefasta do que se imagina. As consequências são inevitavelmente ruins e acabam deixando marcas profundas. Uma pessoa traída é mais vulnerável a cair na terrível depressão além de ter a sua autoestima afetada. Os filhos, como sempre, são os que mais sofrem. Não há nada mais triste para uma criança do que presenciar a separação dos seus pais. As estatísticas demonstram que muitos jovens envolvidos na criminalidade vieram de lares desestruturados. Por trás de muitos crimes de assassinatos sempre há uma motivação maior- o adultério. Uma família destruída pelo adultério é algo terrível. O adultério é sem dúvida um dos maiores males da nossa sociedade. A psicologia informa que a dor de uma traição é tal qual o luto causado pela perda de um ente querido.
Respeite a pessoa que você escolheu como companheira e fuja do adultério como se fugisse de uma moléstia grave. Nunca se esqueça de que a escolha foi sua!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Sinal vermelho

Apesar da exaltação popular e do reconhecimento por parte das autoridades, muitas pessoas o ignoram totalmente. Ele já salvou inúmeras vidas. Trabalha sem remuneração 24 horas por dia e sem descanso para o almoço. Quem gostaria de trabalhar dessa maneira? As crianças em idade escolar logo aprendem que sem ele as grandes cidades virariam um verdadeiro caos. Apesar de todos os seus benefícios, o nosso amigo não é muito popular, principalmente para os mais apressadinhos.
O semáforo (também conhecido popularmente como farol) é um instrumento utilizado para controlar o tráfego de veículos
e de pedestres nas grandes cidades em quase todo o mundo. Utiliza uma linguagem muito simples. É composto geralmente por três círculos de luzes coloridas. Cada cor tem uma função específica:
verde - indica que o cruzamento está livre para passagem;
amarela - indica que a passagem está prestes a ser fechada (em geral só se usa para tráfego de veículos)
vermelha - indica que a passagem pelo cruzamento está momentaneamente impedida.
A função do amarelo é indicar atenção, devendo o condutor parar o veículo, salvo se isto resultar em situação de perigo para os veículos que vêm atrás. O vermelho representa uma cor de aviso, alarme ou perigo já o sinal verde, além de indicar que o cruzamento está livre, também representa a liberdade de ir e vir sem nenhuma barreira, é a concretização do sonho de muitos- estar sempre na frente, nem que seja apenas no trânsito. Até parece ser algum tipo de compensação psicológica, onde o indivíduo frustrado por não conseguir se destacar em alguma área da sua vida faz uso das vias para fazer ultrapassagens e estar sempre na frente dos outros. Estar a trás de outro veículo gera desconforto e irritação para muitos motoristas.
Algumas observações precisam ser feitas. A confiança no sinal verde é tamanha que pessoas colocam a suas vidas em risco achando que todos respeitarão o seu principal companheiro- o sinal vermelho, apesar de o sinal indicar que podemos seguir em frente é preciso estar alerta, pois nem todos respeitam a sinalização. Quando a luz colorida do semáforo está vermelha é preciso ficar literalmente parado ou correr o risco de se envolver num acidente. Na pior das hipóteses pode-se matar alguém ou morrer.
Diante do sinal vermelho é possível perceber o desconforto de muitos motoristas. Os mais ousados dão apenas uma olhadinha para os lados e cruzam a via, outros ficam com o pé no acelerador, como se estivesse numa largada de corrida da Fórmula 1. Quando o sinal muda de cor e libera a passagem é uma verdadeira disparada, como se fosse uma tropa de cavalos correndo descontrolados. O motorista que sai tranquilamente com o seu veículo recebe uma buzinada dos colegas de volante que estão atrás. O fato é que quase ninguém quer esperar, nem que seja por apenas alguns segundos. A frase é clássica: “Estou com pressa”.
O desrespeito às leis de trânsito é uma das principais causas de acidentes no Brasil. Muitas vidas seriam poupadas se o cidadão apenas agisse com mais responsabilidade. Os valores exorbitantes gastos pelos cofres públicos com o tratamento das vítimas de acidentes poderiam ser investidos em outras áreas de caráter social. Normalmente, a recuperação de uma pessoa acidentada é lenta e muito dispendiosa. Não é só a pessoa que sofre, toda a família sofre junto, além disso, há o fato de que uma pessoa afastada do seu trabalho deixa de contribuir para o crescimento do nosso país.
Um veículo super potente nos dá a falsa impressão de que estamos totalmente seguros. Na verdade, a única coisa que pode evitar os temíveis acidentes é dirigir respeitando às leis de trânsito. Lembre-se, diante do sinal vermelho, não ultrapasse. Valorize a vida!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Carteiro e escritor ministra palestra motivacional em Ponta Porã

O Jornal editado pela UFMS-Universidade Federal de Mato Grosso do Sul na edição de março de 2011 publicou matéria a respeito da palestra que fiz para os calouros do curso de Ciência da Computação. Segue abaixo.


Carteiro e escritor ministra palestra motivacional em Ponta Porã




Para receber os novos alunos e promover a integração, o câmpus de Ponta Porã realizou diversas atividades. Nos dias 24 a 26, os calouros puderam conhecer a estrutura, os cursos oferecidos e os programas de assistência estudantil. Também foi organizada palestra com Alci Massaranduba, carteiro e escritor. Alci é autor da obra ""Minha Vida de Carteiro" e contou sua experiência de vida, histórias engraçadas e curiosidades sobre a profissão, divulgando um pouco sobre a cultura regional. Ainda, foi realizada gincana recreativa integrando calouros e veteranos.


"Agradeço e parabenizo a nossa bibliotecária, Elaine Moraes, pela recepção e também a todos os alunos dos dois grupos PET, envolvidos na comissão organizadora e o envolvimento dos demais alunos e docentes do CPPP. Tudo só é possível, graças ao empenho de todos.


Os resultados também foram ótimos! Foi perceptível o bom clima criado por ações como essas entre novos e antigos alunos e também entre os servidores do câmpus"", destaca o diretor, professor Amaury Júnior.