domingo, 13 de janeiro de 2013

Julgando pessoas

O assunto é naturalmente polêmico. É possível que gere discussões acaloradas. Abordá-lo requer certa dose de coragem, pois as opiniões sobre ele sempre são muito divergentes. Cada pessoa tem as suas próprias convicções e é preciso respeitá-las, por isso, como um simples cidadão atrevo-me a expor o que penso sobre tão controverso tema.

A Constituição Federal garante a todos a liberdade de expressão, sendo assim, farei uso do meu direito legal de expressar as minhas opiniões a respeito do “assunto”. Talvez você esteja se perguntando, afinal, do que ele está falando?

A simples menção da palavra homossexualismo causa repulsa em muita gente. A opção sexual diferente do convencional é desculpa para a perpetuação do preconceito e da discriminação. Apesar de não concordar com a prática homossexual por diversas razões pessoais sou um defensor do direito das pessoas de viverem o seu estilo de vida da forma que acharem melhor, desde que não prejudiquem ou ofendam os outros.

Apesar de ser uma minoria da população os homossexuais precisam ser tratados com todo o respeito e isso nem sempre é visto na sociedade. Eles são na sua imensa maioria cidadãos de bem, assim como o restante das pessoas. O fato de optarem por um estilo de vida diferente não os tornam piores e nem melhores do que os outros. Condenáveis são: o egoísmo, o desrespeito e a promiscuidade, mas isso pode afetar a todos, independente da opção sexual de cada um.

É triste constatar que muita gente julga mal alguém apenas por puro preconceito. Sem conhecer a pessoa é praticamente impossível saber de fato como ela é. Por que evitar o contato com alguém só porque ele ou ela é homossexual? Será o medo da zombaria dos amigos? O receio de acharem que você também é um gay? Uma pessoa bem resolvida com as suas preferências sexuais não se importa com nada disso.

No livro Parábolas Eternas há uma história muito interessante que exemplifica bem como podemos condenar alguém achando sinceramente que estamos agindo corretamente quando na verdade estamos totalmente equivocados. As aparências enganam e o erro às vezes pode não ser do outro, mas sim daquele que julgou precipitadamente.

Uma senhora ia fazer uma viagem de avião e, no caminho para a sala de embarque, resolveu comprar uma revista e um pacote de biscoitos. Já na sala, sentou-se numa poltrona para descansar e ler um pouco à espera do vôo. Ao lado dela, sentou-se um homem e, quando ela pegou o primeiro biscoito, ele também pegou um. A senhora sentiu-se ultrajada, mas não disse nada e apenas pensou: “Que sujeito abusado e atrevido”.

A cada biscoito que ela pegava o homem também pegava um. A senhora ia ficando tão irada que não conseguia se conter e seu rosto deixava à mostra toda a sua revolta, para com aquele homem.

Restava apenas um biscoito e ela pensou: “O que esse cara vai fazer agora”?

E então o homem pegou o biscoito e partiu-o ao meio deixando a outra metade para ela. Ela, não suportando mais aquela situação, fechou a revista com fúria, pegou sua bolsa e dirigiu-se ao embarque.

Já dentro do avião, ela sentou-se na sua poltrona e, para sua surpresa, seu pacote de biscoitos estava intacto em sua bolsa. A vergonha e sentimento de culpa vieram à tona e não havia mais como se desculpar. O homem havia dividido com ela os biscoitos dele sem se sentir revoltado ou indignado enquanto ela bufava de ódio por julgar errada a situação.

Seria ingênuo achar que com apenas um pequeno texto eu poderia mudar a sua forma de pensar. O meu objetivo é apenas levá-lo a refletir sobre o assunto. Ninguém é obrigado a aceitar a prática homossexual, mas isso jamais deveria ser motivo para humilhar, menosprezar e reter o carinho tão necessário ao bem estar do ser humano. Se sentir amado, independentemente de qualquer outra coisa, é de extrema importância para a nossa felicidade. Pense nisso!

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