sábado, 9 de março de 2013

Maníaco sem cruz


Uma onda de terror toma conta dos moradores da região de fronteira, pois o temido maníaco da cruz está foragido da unidade da UNEI de Ponta Porã. Pior do que ele estar livre é os boatos que logo começaram a surgir: uma moça foi atacada por ele no Paraguai; alguém o viu andando tranquilamente pela periferia da cidade; um homem desconhecido foi atacado; numa rede social o tal maníaco ameaçou matar pessoas na cidade de Dourados, dentre outros.
Todos os dias a mídia aborda o assunto dando amplo destaque. A população está insegura e os órgãos policiais estão numa verdadeira caçada para encontrá-lo e por fim ao pânico que toma conta da população.
Há um lado da questão que ainda não foi abordado pelos meios de comunicação. O titulo dado a ele pela mídia não está correto. Obviamente que associaram a forma com que ele deixou os corpos das suas indefesas vítimas para nomeá-lo como Maníaco da Cruz, mas associar a sua figura doentia a cruz não foi uma ideia muito feliz por algumas razões.
A cruz nos lembra de sacrifício em beneficio da humanidade;
A cruz nos lembra de um amor que excede a todo o entendimento;
A cruz nos lembra de misericórdia e perdão;
A cruz nos lembra da melhor pessoa que o mundo já conheceu;
A cruz nos lembra de que existe um Deus que se preocupa com os seus filhos;
A cruz nos lembra de bondade e compaixão;
A cruz nos lembra de alguém que doou a sua vida em prol dos outros;        
Associar a cruz a tal indivíduo deturpa o real significado do que ela simboliza. A cruz nunca significou morte e muito menos crueldade. Na cruz vemos o exemplo máximo do que o amor verdadeiro foi capaz de fazer.
A cruz será eternamente lembrada por causa do sacrifício de Jesus Cristo. Chamar um assassino de maníaco da cruz é elogiá-lo como se o que ele fez tivesse alguma coisa a ver com a mensagem de amor revelada pelo Evangelho.
Nenhum ser humano tem o direito de escolher quer deve viver e quem deve morrer. Quando alguém persegue e mata sem dó nem misericórdia está fazendo a obra dele mesmo e não a de Deus. Todo aquele que é guiado por Deus não destrói vidas por algum capricho pessoal ou mesmo por causa da demência. Uma pessoa perturbada não está a serviço de Deus, na verdade está a serviço da sua própria mente doentia.
A partir de agora o tal maníaco deveria ser chamado simplesmente de maníaco. Ele não é digno de ser conhecido pela associação com a cruz.
O dicionário Aurélio define a palavra maníaco como: “aquele que sofre de mania”. E o que significaria a palavra mania? O seu significado é o seguinte: “síndrome mental caracterizada por excitação psíquica, insônia, muita atividade. Excentricidade. Gosto exagerado por algo. Obsessão”. Já a palavra cruz tem um significado bem diferente: “Símbolo da redenção de Cristo e do Cristianismo”. Maníaco e cruz são palavras antagônicas.
O tal maníaco sem cruz logo será esquecido e as pessoas lembrarão-se dele apenas como alguém doente mentalmente, já a figura de Jesus Cristo continuará a ser lembrada eternamente como o símbolo maior do que é o amor divino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário