segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Lembra-se do pato?

As pessoas impulsivas estão sempre se metendo em dificuldades. A reflexão que é tão importante antes de se tomar certa atitude não é muito comum para elas. São conhecidas por falarem o que vem na cabeça sem pensar muito nas consequências. Por impulso, compram o que não podem pagar, falam palavras impensadas que causam muito transtorno para si e para os outros. Certos comportamentos, mesmo aqueles que são ingênuos aos olhos de quem os pratica podem causar muitos constrangimentos. Movidos simplesmente pelo impulso homens e mulheres deixam a razão de lado para defender aquilo que consideram ser a expressão máxima da sua vontade. É comum ver os impulsivos se arrependerem dos seus atos logo após praticá-los, mas muitas vezes não há mais como voltar atrás. Algumas pessoas tentam encobertá-los usando de artimanhas como a mentira. O pior é se tornar refém de si mesmo. A pessoa impulsiva não consegue pensar a médio ou longo prazo, tudo é feito no momento e com rapidez. Quantas vidas seriam poupadas se as pessoas pensassem mais antes de agir? Quantas feridas seriam evitadas? Quantos lares deixariam de ser desfeitos pela dor da separação? A história abaixo é um bom exemplo de como uma atitude impensada pode causar grandes danos.
Havia dois irmãos que visitavam seus avós no sítio, nas férias.
Felipe, o menino, ganhou um estilingue para brincar no mato. Praticava sempre, mas nunca conseguia acertar o alvo.
Certa tarde viu o pato de estimação da vovó... Em um impulso atirou e acabou acertando o pato na cabeça e o matou. Ele ficou chocado e triste!
Entrou em pânico e escondeu o pato morto no meio da madeira!
Beatriz, a sua irmã viu tudo, mas não disse nada aos avós.
Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Beatriz, vamos lavar a louça”.
Mas ela disse: “Vovó, o Filipe me disse que queria ajudar na cozinha". E olhando para ele sussurrou: "Lembra-se do pato?" Então o Felipe lavou os pratos.
Mais tarde o vovô perguntou se as crianças queriam pescar e a vovó disse: "Desculpe, mas eu preciso que a Beatriz me ajude a fazer o jantar.”.
Beatriz apenas sorriu e disse, "Está bem, mas o Filipe me disse que queria ajudar hoje", e sussurrou novamente para ele, "Lembra-se do pato?”.
Então a Beatriz foi pescar e Filipe ficou para ajudar.
Após vários dias o Filipe sempre ficava fazendo o trabalho da Beatriz até que ele, finalmente não aguentando mais, confessou para a avó que tinha matado o pato. A vovó o abraçou e disse: "Querido, eu sei... eu estava na janela e vi tudo, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar a Beatriz fazer você de escravo!”.
O garoto passou por maus bocados simplesmente por tentar esconder algo errado feito sem pensar com outra coisa ainda pior. Se a avó não fosse tão compreensiva e amorosa o menino estaria muito encrencado. Nem sempre você vai encontrar pessoas dispostas a oferecer-lhe o seu perdão. O melhor mesmo é agir com sabedoria, ou seja, pensar mais, analisar os prós e contras e só depois tomar uma decisão. Não há uma regra rígida que diz como isso deve ser feito, cada um precisa conhecer o seu próprio temperamento e agir com cuidado para evitar aborrecimentos desnecessários.

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