terça-feira, 11 de outubro de 2011

Brasil mude a sua cara!

Um dia, por volta de 1870, o gerente de uma grande ferrovia no Leste dos Estados Unidos teve a surpresa de receber a visita de um dos seus concorrentes.
Sem perder tempo com formalidades, o homem descreveu um esquema através do qual as duas empresas teriam condições de enganar um competidor de ambas e colocá-lo fora do mercado. O resultado significaria milhões de dólares em receita para as duas empresas. De imediato, o gerente se afastou da sua escrivaninha e disse:
-Senhor, não é desse jeito que fazemos negócios aqui. Além disso, tenho certeza de que o Sr.Vanderbilt (o proprietário) não aprovaria.
-Não vejo por que incomodar o idoso cavalheiro com isso- continuou o homem. –E... não sei se lhe disse... temos uma ordem de pagamento de dez mil dólares em seu nome, se achar conveniente usá-la.
-Lamento-disse o gerente, de modo firme. - Isso está fora de questão.
-Hummmm, eu falei dez mil? Falei errado. Na verdade, a ordem é o dobro dessa quantia.
Diante disso, o executivo se afastou ainda mais da mesa e fixou os olhos no visitante, que, interpretando mal o motivo da reação, acrescentou apressado:- Mas podemos dar um jeito de subir para trinta mil dólares.
Colocando-se de pé num salto, o gerente rugiu:- Saia do meu escritório! Saia já, seu patife, antes que eu mande expulsá-lo!
Depois de o visitante ter-se retirado, o secretário, que tinha ouvido a conversa, entrou. Encontrou o patrão sentado à escrivaninha, enxugando a testa.
-Senhor- disse ele- nem sei dizer quanto o admiro por...
-Não diga nada – respondeu o chefe, erguendo a mão. – A verdade é que eu precisava mandar esse homem embora depressa. Ele estava chegando perto do meu preço.
É verdade, como parece ficar implícito nessa história, que cada um tem o seu preço? Você se venderia por trinta mil dólares? Sejamos honestos, dependendo das circunstâncias, muita gente se venderia por menos.
Por incrível que possa parecer ser honesto no nosso país é algo pouco valorizado. Uma pessoa honesta é muitas vezes “marginalizada”. A afirmação pode parecer absurda, mas a realidade a confirma. Veja o caso de um policial que não concorda com a corrupção no seu batalhão. Se ele não entra no esquema passa a ser perseguido, para piorar a situação, ao denunciar os corruptos corre o sério risco de ser assassinado, ainda bem que a maioria deles são pessoas de caráter. Um empregado que não concorda com as falcatruas do seu patrão com certeza será demitido. Em muitos casos as qualificações profissionais de uma pessoa não é o mais importante, o que realmente importa é que ela se encaixe no perfil esperado. Pasmem! Muitos profissionais competentes não conseguem uma promoção apenas por serem considerados honestos demais. O status quo precisa ser mantido com o uso da malandragem, por isso é que eles são dispensáveis.
Um país que almeja tanto a grandeza não pode tolerar dos seus líderes, atos desonestos tão vergonhosos como os que temos visto ultimamente. Por todos os lados, em todas as nossas instituições tanto públicas como privadas, a honestidade é cada vez mais rara.
O país precisa urgentemente de pessoas honestas em todas as áreas, principalmente na política. O real sentido da palavra honestidade não é o que muita gente pensa ser: idiota, bobo, trouxa e outros adjetivos semelhantes. Ser honesto é ser honrado, digno, íntegro e probo.
O Brasil só será o país do futuro se mudar a sua lastimável realidade presente.

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