quarta-feira, 23 de junho de 2010

Cheiro de macarrão

Trabalhar como carteiro é uma grande aventura. Acontecem coisas inusitadas, situações cômicas.
Certo dia, eu estava terminando a entrega na parte da manhã, já era hora do almoço, como só havia uma carta registrada para ser entregue no bairro, resolvi visitar a última residência. Parei a moto em frente da casa e apertei a buzina. Um rapaz saiu com um prato de comida na mão. Cheguei bem na hora em que ele estava almoçando. Expliquei a ele que precisava da sua assinatura para entregar a correspondência. O rapaz perguntou se era possível deixar o seu prato em cima do baú da moto enquanto ele assinava a lista de registro e o AR ( aviso de recebimento). Após destacar o AR e entregar a carta, saí do local, foi quando senti alguma coisa escorrendo pelas minhas costas. Achei estranho, ao olhar para trás foi que percebi que o prato cheio de macarrão tinha grudado nas minhas costas, com o movimento da moto, ele caiu e ficou preso. O rapaz percebeu que tinha esquecido o seu almoço em cima do baú da moto. Ao sair da casa em minha direção, ele começou a rir e me disse: “Carteiro! devolve o meu almoço”. Toda a macarronada ficou no asfalto, a única coisa que sobrou foi o garfo e o prato. A minha camisa ficou toda suja de molho de macarrão. Ainda bem que estava na hora do almoço, por isso, não precisei continuar trabalhando com cheiro de macarrão. Acho que poderia me desconcentrar com aquele delicioso cheiro.

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