quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Romance "Um amor na fronteira"( Continuação)

Os dias se passaram e a imagem daquela bela moça não saia da cabeça do rapaz. Será que a veria de novo? Ela teria namorado? Como descobrir o seu endereço? Essas perguntas martelavam a sua cabeça.
A região conhecida como o Grande Marambaia é muito populosa, por isso, encontrar aquela moça seria como tentar achar uma agulha no palheiro. Pedro trabalhava numa vídeo locadora no centro da cidade. O horário de expediente começava às treze horas. Na parte da manhã, ele saia à procura daquela que despertara nele fortes emoções. Dia após dia, andava pelas ruas do bairro com a sua bicicleta amarela, mas sem obter nenhum sucesso. O rapaz era persistente e não desistiu.
Aquele ano era ano de eleições, por isso, vários partidos políticos patrocinavam comícios que juntava uma multidão de pessoas. Apesar de achar os comícios uma chatice total, Pedro resolveu ir a um deles na esquina da sua casa. Quem sabe a linda morena que mexeu com o seu coração não estaria lá? Valia à pena tentar encontrá-la nem que fosse para dizer apenas um: Olá, ou mesmo se derreter com o seu olhar. Ao chegar ao local onde estava acontecendo o comício, entre as ruas Guararapes e Zeferino D. Monteiro, Pedro encontrou milhares de pessoas reunidas, entre todas elas só uma o interessava, claro que se estivesse lá.
A sua persistência foi recompensada ao avistar o objeto do seu desejo bem ao lado onde estava. O seu coração disparou no instante em que a viu. Faltava coragem para se aproximar e puxar conversa, além desse detalhe havia outra questão, a moça, como era de se esperar, estava rodeada de amigos. Logicamente que toda mulher muito bonita é cercada de pessoas, principalmente rapazes interessados em namorá-la. Como se aproximar diante de tão grandes obstáculos? Faltou coragem a Pedro. Quando já estava desistindo, aconteceu o inesperado, pelo menos para ele. A moça virou o rosto em sua direção e lhe deu um sorriso que ele jamais esqueceria. Novamente não conversaram, apenas trocaram olhares. Ao ir embora, Pedro tinha uma única certeza, pela primeira vez na sua vida estava experimentando uma paixão avassaladora. A imagem daquela moça lhe sorrindo não saia mais dos seus pensamentos. A esperança começou a brotar, pois nas duas vezes em que a encontrou, sentiu que o seu interesse por elas tinha sido correspondido.

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