quinta-feira, 15 de abril de 2010

Uma visão sobre o trabalho

O caricaturista Scott Adams tornou-se famoso por suas tiras ''Dilbert". Também escreveu um livro nos anos 90 chamado O Princípio Dilbert. Ele zomba da tecnologia, das modas sobre as teorias de lideranças, e de gerentes incompetentes. Muitos caem na risada ao perceber as conexões do livro com o seu próprio dia-a-dia no trabalho.

A respeito da preguiça e da falsidade dos funcionários, o autor escreve: "Quando se trata de evitar o trabalho, é justo dizer que estudei com os mestres. Depois de nove anos... aprendi quase tudo o que há para se saber sobre parecer ocupado sem realmente estar.''

O pensamento geral das pessoas é fazer o mínimo possivel no seu trabalho. A preocupação maior é não sofrer punições, por isso, é preciso que o chefe acredite que estão empenhadas nas suas funções. Infelizmente, a simples menção da palavra ''chefe" afeta negativamente a muitos. No ambiente de trabalho podemos perceber que há duas visões distintas- de um lado o empregador, do outro o empregado. O empregador quer o máximo de empenho pagando o mínimo possivel. O empregado quer fazer o mínimo de esforço com a maior remuneração possivel.

Quando uma pessoa faz além do mínimo esperado no seu trabalho fatalmente será rotulada de "puxa saco" pelos outros. Há uma norma não declarada que precisa ser respeitada quando se entra numa organização, mas que norma é essa? Logo nos primeiros meses na nova função percebemos que se quisermos se dar bem com todos será preciso se adequar a forma como o trabalho é realizado. As pessoas já tem entre elas uma forma toda especial de avaliar o nosso desempenho. Se começarmos a agir de forma diferente podemos trazer problemas a elas. Não quero ser taxativo, mas me parece que o "chefe" deve ser evitado ao máximo, como se ele fosse um inimigo sempre pronto a nos prejudicar. É preciso mudar essa visão distorcida. Se todos fizessem o seu trabalho com dedicação não haveria a necessidade da figura do "chefe". Ele só existe porque ainda não aprendemos a trabalhar sozinhos. Quando ficamos sozinhos sem supervisão começamos a criar meios para aparentar que estamos trabalhando quando estamos apenas encobrindo a realidade. Quem vive só de aparência fatalmente será descoberto. As empresas precisam de funcionários que façam e não daqueles que aparentam fazer.

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