segunda-feira, 26 de julho de 2010

Texto publicado( Assunto delicado)

A cidade de Dourados/MS possui a segunda maior população do estado. Enviei o texto de minha autoria ( Fanático por Futebol)para o Jornal Diário MS com sede nesse município, para a minha surpresa foi publicado. Escrevo semanalmente para o Jornal Regional. Os textos são publicados uma vez por semana. O artigo "Assunto delicado" saiu no dia 26 de julho de 2010. Transcrevo abaixo o texto original.


Assunto delicado
O brasileiro adora falar de futebol, principalmente os homens. Na roda de amigos, o assunto é discutido com euforia, rir do fracasso do time adversário é algo prazeroso para muitas pessoas. As mulheres adoram falar de assuntos relacionados à estética. A relação amorosa e os seus desafios é outro assunto muito explorado pelo sexo feminino. Há algum tempo tenho notado que certos assuntos são evitados ao máximo, no geral, ambos os sexos não gostam de falar sobre a morte. Para alguns, a simples lembrança do fim da existência causa calafrios.
Gostaria de deixar bem claro que não tenho a pretensão de escrever um texto filosófico sobre um assunto tão sério, o meu comentário é mais de teor empírico.
Por que será que dialogar sobre a morte e suas implicações incomoda a tantas pessoas? Falamos abertamente sobre qualquer tema, mas quando a palavra ‘morte’ é pronunciada, o “tempo fecha”, apesar de ser algo comum a todos os seres vivos. Morrer é a única certeza absoluta, todo o resto se resume a possibilidades, ou seja, pode se tornar real ou não. Apesar de termos consciência da realidade da morte, não estamos preparados para recebê-la. Talvez você esteja pensando, que conversa mais estranha! Sei que para alguns estou sendo um pouco sinistro ao afirmar que a discussão sobre a morte e a nossa atitude diante dela deveria ser comentada com mais frequência.
O fim da existência pode chegar a qualquer momento, não temos nenhum controle sobre o dia em que iremos “partir”, exceção feita aos suicidas que tiram ou tentam tirar a própria vida. O suicida é alguém com sérios problemas pessoais e que precisa urgentemente de tratamento especializado. Uma pessoa saudável mentalmente jamais irá pensar em praticar um ato tão extremo de desespero.
Deixe-me explicar melhor o meu ponto de vista. Obviamente que a vida é muito curta, o tempo de que dispomos é escasso, dentro de alguns anos morreremos, a questão é: O que estou fazendo com o dom maravilhoso da vida que o Criador me deu? Como estou vivendo? Qual a marca que estou deixando nas pessoas? No meu funeral quais serão os comentários sobre a minha pessoa? Deixarei saudades?
As perguntas acima são oportunas e merecem uma séria reflexão. Apesar de falar sobre a morte, quero focar a vida. Viver é algo maravilhoso, desfrute desta benção com alegria e responsabilidade. O grande filósofo Séneca aconselha: “Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é por si só, uma vida”.
Apesar de vivermos bem menos do que gostaríamos, podemos impactar positivamente a vida de muitas pessoas com o nosso bom exemplo. Que tenhamos sabedoria para viver, sem nos esquecermos de que o fim se aproxima. Na morte todos se igualam; o rico e o pobre, o branco e o negro, o religioso e o ateu, os sábios e os tolos. Nenhum ser humano possui a imortalidade em si mesmo. Infelizmente, temos que reconhecer que somos seres finitos, por isso, ame e preserve a vida (a sua e a dos outros) acima de tudo, é só o que lhe resta a fazer no pouco tempo de vida que lhe resta. O grande escritor Érico Veríssimo foi muito sábio ao escrever: “Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente”. Quem você é deixará marcas que nem mesmo a morte poderá apagar. Essas marcas poderão ser boas ou ruins, você escolhe.




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