quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Uma questão controversa

Há vários anos, tenho pensado sobre como a vida surgiu na terra. O debate é acirrado. Existem dois pontos de vista muito divergentes. De um lado, os naturalistas que afirmam que a vida originou-se de processos naturais. Do outro, temos os religiosos que argumentam que existe um Criador, ao qual chamam de Deus. São duas tentativas de explicar o desconhecido. A humanidade busca incansavelmente descobrir as suas origens. Se formos obras do simples acaso, porque somos tão inclinados a adoração? Por que sentimos no intimo do nosso ser a necessidade de cultuar uma divindade?
Os céticos sempre afirmaram que a fé em um Deus é fruto da ignorância intelectual. Cria-se que no momento em que o homem se libertasse de certas crendices populares, a fé desapareceria dando lugar a razão.
O fato é que existem inúmeros argumentos de ambas as partes. Para os ateus, Deus não existe. Essa afirmação é inegociável. É uma verdade absoluta. Para os chamados criacionistas (crêem num Deus criador do universo), a existência de Deus é uma realidade facilmente percebida.
A mídia tem explorado esse assunto exaustivamente. A impressão que temos é que existe um duelo para ver quem está com a razão. Na verdade, esse tema tem um impacto tão grande sobre nós que toda a nossa percepção do mundo é resultado de se crer em Deus ou não.
Se Deus não existe, há pouca esperança para a humanidade. Quando a morte chegar, será literalmente o fim da existência. Nos momentos difíceis pelos quais passamos; na hora da angustia e do sofrimento, na hora da dor emocional, a crença em Deus faz todo o sentido.
Por mais que a ciência tenha ajudado a humanidade, ela precisa reconhecer que a fé é uma das necessidades básicas do ser humano.
Não há como você escapar dessa polêmica. Em algum momento da sua vida, haverá a necessidade de se posicionar em relação a esse assunto.
Se Deus é real para você, como está a sua vida nesse exato momento? Se Ele não existe- como alguns afirmam- o que você espera dessa vida?
Por que existimos? Somos obras de processos naturais de evolução?
Essas perguntas são antigas. Ao longo dos séculos, muitos procuraram respondê-las.
Qual é a sua resposta? O ensino oficial nas escolas é: A humanidade surgiu de processos naturais evolutivos. Você acredita num Deus criador e mantenedor da vida?
A resposta que você der a essa pergunta especifica é crucial para a sua compreensão da vida.
Temos um Pai, ou estamos sozinhos na imensidão do cosmos?
Quero ilustrar o meu ponto de vista com uma pequena ilustração.
Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:- Deus criou tudo o que existe?
Um aluno respondeu valentemente:
- Sim, Ele criou.
- Então Deus criou tudo?
Perguntou novamente o professor.
- Sim senhor! – Respondeu o jovem.
O professor respondeu:
- Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era um mito. Outro estudante levantou a mão e disse:
- Posso fazer uma pergunta, professor?
- Lógico! – Foi à resposta do professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
- Professor, o frio existe?
- Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?O rapaz respondeu:
- De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor! E, existe a escuridão?
Continuou o estudante.
O professor respondeu: Existe!
O estudante respondeu:
- Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não! Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz. Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim? Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.
Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
- Senhor, o mal existe?
O professor respondeu:
- Claro que sim, lógico que existe, como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.E o estudante respondeu:
- O mal não existe senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.
Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado…
Imediatamente o diretor, que estava presente, dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?
E ele respondeu:
- Me chamo ALBERT EINSTEIN.
Você decide no que acreditar. Parafraseando o gênio da literatura: Crer ou não crer, eis a questão.


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