domingo, 27 de dezembro de 2009

Os três últimos desejos



Quando, à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus 3 últimos desejos:

1. Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2. Que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...);
3. Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:
1. Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2. Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3. Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos.
O grande conquistador Alexandre o Grande entrou para a história como um dos grandes estrategistas de guerra. Sua sede de conquista era insaciável. Além de ser um homem que participou de muitas batalhas, Alexandre tinha o cuidado de refletir sobre as grandes questões existenciais. Apesar de todo o seu sucesso, ele sabia que tudo o que conquistou seria usufruído por pouco tempo, todas as suas conquistas teriam um fim. No fim da vida, o que importa todo o ouro do mundo? Nem todos os tesouros que há na terra podem nos tornar imortais. O poder militar, financeiro, ideológico é efêmero.
Seria muito bom se lembrássemos constantemente que o homem é limitado pelas circunstâncias. De nada adianta o sentimento de supremacia diante dos mais fracos, no final, todos se encontram na mesma situação e vão para o mesmo lugar. O lar é o mesmo para todos- o caixão. Não se esqueça disso!

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